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A Grande Teresina tem um potencial muito grande para achados paleontológicos, alguns deles únicos no mundo, disse o professor Juan Cisneros, da Universidade Federal do Piauí
A Assembleia Legislativa do Piauà aprovou, nesta terça-feira (17), o Projeto de Lei de criação da Rota TurÃstica da Paleontologia na Região da Grande Teresina que visa a valorização dos achados fósseis como indutores do turismo, ampliação das pesquisas cientÃficas e fortalecimento das diversas cadeias produtivas.
Para o deputado Fábio Novo (PT), autor do Projeto de Lei, Teresina e outros municÃpios da região são destaques com importantes achados fósseis que vão trazer grandes benefÃcios para as pesquisas cientÃficas, para o turismo, cultura, economia e para a educação ambiental. A rota vai ajudar na criação de museus e de parques ambientais, facilitando o o dos turistas e estudiosos às informações relacionadas aos sÃtios.
"O nosso projeto, que foi aprovado e segue agora para a sanção do governador, visa transformar Teresina em porta de entrada para este tipo de atrativo turÃstico, gerando trabalho e renda e estimulando a evolução nas pesquisas sobre fósseis. Nesta região foram encontrados fósseis por pesquisadores da Universidade Federal do Piauà que são mais antigos que os dinossauros", disse Fábio Novo.
O deputado estadual Fábio Novo fala sobre o seu novo projeto de lei, o da Rota TurÃstica da Paleontologia, que coloca Teresina em posição de destaque no cenário das novas pesquisas sobre fósseis na capital e na região da Grande Teresina.
Nesta rota que inclui Teresina, Altos, Nazária, Monsenhor Gil, Demerval Lobão, União e José de Freitas há sÃtios paleontológicos de elevado valor cientÃfico, social, histórico, cultural e educacional, comprovado por paleontólogos da Universidade Federal do Piauà (UFPI), dentre eles, os professores Juan Cisneros e Willian Matsumura.
Com a rota, Fábio Novo avalia que haverá uma melhoria na economia dos munÃcipios, além do fomento do trabalho e renda, valorização do potencial turÃstico na área da paleontologia, fortalecimento da ciência e das pesquisas sobre fósseis. Com a movimentação turÃstica, a tendência é haver um estÃmulo às diversas cadeias produtivas, especialmente da gastronomia, da agricultura familiar e do artesanato.
Segundo o professor e paleontólogo da Universidade Federal do PiauÃ, Juan Cisneros, todas as descobertas relacionadas a fósseis nesta região abrangida pela Rota TurÃstica da Paleontologia do Piauà são mais antigas que os dinossauros e possuem um grande valor do ponto de vista cientÃfico, cultural, educacional e turÃstico.
"A Grande Teresina tem um potencial muito grande para achados paleontológicos, alguns deles únicos no mundo, e que com o avanço das pesquisas e com investimentos em divulgação e conservação do seu patrimônio esta região tem chances de ser tão valorizada quanto a da Serra da Capivara pelos turistas e estudiosos de todo o mundo", afirma o professor Juan Cisneros.
O professor e paleontólogo Juan Cisneros, da Universidade Federal do PiauÃ, que estuda uma nova floresta fóssil na Zona Rural de Teresina que é muito rica em árvores fossilizadas que ainda estão na posição vertical. O grande destaque desta floresta fóssil são as árvores gigantes com os troncos ainda firmes. É uma raridade, o que desperta a atenção dos pesquisadores desta área.
"Os sÃtios paleontológicos encontrados na região têm uma importante riqueza de materiais fósseis, como árvores e animais petrificados, que foram encontrados em terra-firme, sendo que Teresina é o destaque nacional por ser a única capital brasileira detentora de uma floresta fóssil em plena área urbana e ainda com a ocorrência de ramificações sÃtios em localidades da Zona Rural", explicou Juan Cisneros.
Os fósseis encontrados no municÃpio de José de Freitas, representados principalmente por invertebrados marinhos, reforçam a tese de que houve uma mudança no curso do mar há milhões de anos. Os achados apontam, por exemplo, que o municÃpio era coberto pelo mar que vinha da região amazônica em uma extensa bacia sedimentar.
Os estudos apontam que o oceano de Pantalassa banhava o Brasil pela Amazônia, chegando aos estados do Piauà e Maranhão. Após milhares de anos, esse mar recuou e extinguiu-se. Com a movimentação das placas tectônicas e separação dos continentes Sul-americano e Africano, houve a abertura do Oceano Atlântico e a formação atual da região litorânea do PiauÃ.
A Reconstrução artÃstica de Piratata rogersmithii, o Peixe de Fogo que viveu na região de Nazária há 280 milhões de anos, por meio de ilustração de Nato Gomes; publicada pela revista CHC - Ciência Hoje das Crianças.
Em Nazária, foram encontrados fósseis que colocam o Piauà numa posição de destaque no universo da paleontologia. Dentre os achados estão o Peixe de Fogo, já extinto, e o fóssil de um réptil e vários anfÃbios extintos. O réptil foi identificado como uma nova espécie para a ciência e recebeu o nome de Karutia Fortunata. Uma espécie nova de anfÃbio também foi descoberta, e recebeu o nome de Procuhy nazariensis que significa, em lÃngua Timbira, "AnfÃbio de Fogo de Nazária".
O Peixe de Fogo, com cerca de um metro e pesando 30 quilos, viveu há 280 milhões de anos (perÃodo permiano). Quando este peixe viveu, o nordeste e o Piauà eram muito diferentes do que são hoje. O peixe, batizado como Piratata, é conhecido até hoje unicamente por suas escamas com várias ocorrências na bacia sedimentar do ParnaÃba.
Também em Nazária foram achados fósseis do maior anfÃbio do mundo. Este anfÃbio media aproximadamente 6 metros de comprimento. Esta espécie foi originalmente descoberta no Maranhão nos anos 1940, mas ossos maiores e mais completos foram encontrados nos últimos anos em Nazária. Estes animais foram descobertos numa camada de rochas conhecidas como Pedra de Fogo.
No municÃpio de Altos, próximo à Floresta Nacional de Palmares, existem concentrações de troncos gimnospérmicos de grandes dimensões, alguns chegando a 1,80 m de diâmetro, com o registro de tronco petrificado de maior diâmetro encontrado no Brasil.
Até o momento foram mapeados mais de 60 troncos petrificados neste sÃtio e tudo indica que se trata de uma floresta petrificada tão grande como a que aflora dentro da cidade de Teresina, e que nessa época pretérita, teria sido parte do mesmo bioma.
Da mesma forma, em União, na Grande Teresina, também foram registrados novas ocorrências de troncos fossilizados em várias regiões do municÃpio.
Em Teresina, há a ocorrência fossilÃfera bastante relevante, que é a do Parque Floresta Fóssil do Rio Poti. A presença de troncos fósseis em Teresina foi, primeiramente, notada em 1914. Os troncos inserem-se no pacote rochoso denominado Formação Pedra de Fogo.
A principal caracterÃstica do sÃtio é que alguns troncos se apresentam em posição de vida (vertical), ou seja, não foram carregados para a área analisada, nasceram e viveram no local exato de fossilização, um aspecto importantÃssimo para os estudos cientÃficos.
A Floresta Fóssil do Rio Poti é também o único sÃtio paleontológico localizado dentro de uma capital, sendo comparável, pelo seu contexto urbano, ao sÃtio paleontológico de Rancho La Brea, no centro de Los Angeles, nos Estados Unidos.
Este tronco imenso é um dos importantes achados fósseis da nova floresta fóssil encontrada na zona rural de Teresina. Para o professor Juan Cisneros, a região de Teresina tem achados únicos no mundo, o que destaca a nossa capital e vários municÃpios, dentre eles, Nazária, onde foram encontrados os fósseis de um anfÃbio e vestÃgios do Peixe de Fogo já extinto.
O Parque Municipal da Floresta Fóssil do Rio Poti constitui um acervo paleontológico raro que guarda informações importantes e que representam fontes de pesquisas para estudiosos por fornecer dados como a paisagem e o clima que foi modificado ao longo do tempo no PiauÃ.
Há indÃcios de fósseis de grande importância nos municÃpios de União, Demerval Lobão e Monsenhor Gil, sendo eles atualmente objeto de pesquisas pela Universidade Federal do Piauà (UFPI).
O estudo dos fósseis é um caminho importante para a compreensão da evolução da vida na terra e da nossa própria história. Graças aos fósseis, a ciência pode explicar muitos fatores que definem a vida no Estado do Piauà e em outras regiões do planeta.
A Rota TurÃstica da Paleontologia da Grande Teresina, além de servir de atrativo para turistas interessados em paleontologia e arqueologia do Brasil e de vários paÃses, vai impulsionar a economia dos munÃcipios por meio do turismo e das pesquisas cientÃficas. A rota vai fortalecer o conhecimento e a apreciação local pelos fósseis, assim como o sentimento de identidade e orgulho pelo patrimônio local.