{ "@context": "https://schema.org", "@type": "NewsMediaOrganization", "name": "Portal O Piauí ", "alternateName": "Portal O Piauí ", "url": "/", "logo": "/imagens/120x100/layout/logo_7e16f5c2926e22716deb6c9327d0653a.png", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/portalopiaui", "https://twitter.com/portalopiaui" ] }.gettr_icon { background-position: center center !important; background-color: #cc0000 !important; background-image: url("data:image/svg+xml,%3Csvg xmlns='http://www.w3.org/2000/svg' xmlns:xlink='http://www.w3.org/1999/xlink' version='1.1' id='Layer_1' x='0px' y='0px' viewBox='0 0 512 512' style='enable-background:new 0 0 512 512;' xml:space='preserve'%3E%3Cstyle type='text/css'%3E .st0%7Bfill:%23CC0000;%7D .st1%7Bfill:%23FFFFFF;%7D %3C/style%3E%3ath class='st0' d='M415.3,0c-1.6,0-3.1,0-4.7,0.1h-309C100.1,0,98.5,0,96.9,0C43.5,0,0.2,43.3,0.2,96.7v318.6 c0,53.4,43.3,96.7,96.7,96.7c1.6,0,3.1,0,4.7-0.1h309c1.6,0.1,3.1,0.1,4.7,0.1c53.4,0,96.7-43.3,96.7-96.7V96.7 C512,43.3,468.7,0,415.3,0z'%3E%3C/path%3E%3ath id='path833' class='st1' d='M423.5,110.5c-3.8,21.2-13.8,38.7-29.6,54.1c6.5,1.4,14.1-1.7,18.9-6.2 c-1.7,8.6-4.5,16.8-8.9,24.7c-7.6,13.7-19.6,25-32.7,32.9c-18.9,11-40.3,14-63,17.8c-15.1,2.4-31,4.8-40.6,15.1 c-4.8,5.1-8.3,12.3-10.3,19.5c-18.6-26.4-32-57.2-28.6-83.2c4.8-36.6,42.7-64.4,85-81.2C357.5,86.1,406.4,80,438,56 c-3.8,12-8.6,24-15.1,34.6c-6.5,11-14.8,20.9-23.7,29.8C409.1,119.7,416.3,116.3,423.5,110.5z'%3E%3C/path%3E%3ath class='st1' d='M256.6,297.2h-0.3H115v14.8c6.2,0.2,51.1,2.5,70.2,35.1c2.7,4.6,5.3,10.6,6.9,18.3c21.4,0,42.9,0,64.3,0 c0.1,0,0.2,0,0.3,0c21.4,0,42.9,0,64.3,0c1.5-7.6,4.2-13.7,6.9-18.3c19.1-32.6,64-34.9,70.2-35.1v-14.8H256.6z'%3E%3C/path%3E%3ath class='st1' d='M317.6,374.6c-3.9-0.7-7.9,2-8.9,6.1c-2.7,16.4-5.5,32.7-8.2,49.1h-12.9l5.8-45.1c1.2-4.9-2.3-9.7-6.9-10.2 c-4.3-0.5-8.6,2.8-9.1,7.5c-0.8,16.1-1.6,31.3-2.4,47.4h-13.2c0.7-16.8,1.2-30.7,1.9-47.5c0-4.2-3.5-7.6-7.6-7.6 c-4,0.1-7.3,3.4-7.3,7.4c0.7,16.8,1.5,30.8,2.1,47.6h-13.2c-0.8-16.1-1.2-31.3-2-47.4c-0.5-4.7-4.8-8.1-9.1-7.5 c-4.6,0.6-8,5.3-6.9,10.2l5.4,45.1h-12.9c-2.7-16.4-5.5-32.7-8.2-49.1c-1-4.2-5-6.8-8.9-6.1c-4.3,0.7-7.3,5.3-6.1,9.9 c3.3,15.2,6.7,30.4,10,45.6h6l3.7,20.8h11.5l6,61l30.1,0.1h6.2l23.8-0.1l6-61H304l3.7-20.8h6c3.3-15.2,6.7-30.4,10-45.6 C325,379.9,321.9,375.3,317.6,374.6z'%3E%3C/path%3E%3C/svg%3E ") !important; background-repeat: no-repeat !important; }
BANNER FESTIVAL P2 (JUNHO)

Nenhum país eliminou desigualdade entre homens e mulheres, diz ONU

Trinta anos após Declaração de Pequim, nenhum país conseguiu eliminar completamente as desigualdades entre homens e mulheres e cumprir todas as medidas estabelecidas no compromisso internacional, diz a ONU Mulheres, entidade das Nações Unidas destinada a promover o empoderamento de mulheres e a igualdade de gênero.

Por Portal O Piauí em 18/02/2025 às 17:40:49

Trinta anos após Declaração de Pequim, nenhum país conseguiu eliminar completamente as desigualdades entre homens e mulheres e cumprir todas as medidas estabelecidas no compromisso internacional, diz a ONU Mulheres, entidade das Nações Unidas destinada a promover o empoderamento de mulheres e a igualdade de gênero. Ao todo, 189 países, entre os quais o Brasil, se comprometeram, em 1995, a reduzir tais desigualdades.

“Nenhum país do mundo alcançou a plena igualdade de gênero, mesmo aqueles que a gente vê como sendo os mais avançados, que estão no topo dos índices de igualdade de gênero”, afirmou a representante interina de ONU Mulheres no Brasil, Ana Carolina Querino.

Segundo Ana Carolina, o principal impedimento para que os países desenvolvam ações efetivas e consistentes é o orçamento.

“A primeira e grande, e que segue sendo a principal barreira para se alcançar a igualdade de gênero, é a questão do financiamento. Não basta ter políticas, não basta ter sistemas, não basta ter uma estrutura se não se alimenta essa estrutura com os insumos adequados, com recursos humanos adequados e com o financiamento”, afirmou.

Ela ressaltou ainda que o tema precisa se tornar uma política de Estado, que não esteja sujeita às alternâncias de governo.

“Não é um governo específico que vai ser capaz de resolver os problemas de todas as mulheres que estão naquele país. É preciso que haja uma continuidade, um compromisso contínuo e um compromisso de estado. Só isso pode garantir a eficiência e a eficácia.”

Ana Carolina participou nesta terça-feira (18) do lançamento do relatório Revisão de Políticas Públicas para Equidade de Gênero e Direitos das Mulheres, elaborado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O relatório reúne as diversas iniciativas, programas, políticas públicas, estudos e auditorias realizados no Brasil ao longo dos últimos 30 anos, com o objetivo de garantir os direitos das mulheres.

O relatório, que foi lançado em webinário no canal do TCU no YouTube, é parte do monitoramento no Brasil da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim firmados na 4ª Conferência Mundial sobre as Mulheres, realizada em 1995. A Declaração de Pequim é um marco global de políticas e um plano de ação para alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento de mulheres e meninas em todo o mundo.

Na Plataforma de Ação de Pequim, são definidas 12 áreas, com estratégias e objetivos para serem cumpridos. Entre as áreas estão: educação, saúde, meio ambiente, violência contra as mulheres, mulheres no poder e mulheres e pobreza.

Desafios brasileiros

O relatório do TCU mostra que o o Brasil tem “amplo arcabouço legal, incluindo diversas convenções internacionais ratificadas pelo país, além de dispositivos constitucionais e infraconstitucionais”, que garantem o direito das mulheres. Na prática, porém, há ainda diversos desafios para colocar as normativas em vigência.

Entre os desafios, estão a continuidade das políticas públicas voltadas para as mulheres e o monitoramento da execução e dos resultados delas, assim como a produção de dados sobre as desigualdades de gênero, para que as ações desenvolvidas sejam aprimoradas.

O relatório aponta a necessidade de as políticas voltadas para mulheres serem transversais, ou seja, abranger diversas áreas, e interseccionais, levando em consideração as muitas realidades socioeconômicas, raciais, entre outras, das mulheres brasileiras.

O orçamento também é uma das questões destacadas. Os dados do documento mostram que, em 2022, ocorreu a menor alocação de recursos federais para o enfrentamento da violência contra a mulher, havendo também baixa execução orçamentária e redução do escopo das ações implementadas.

Entre 2019 e 2022, foram autorizados R$ 68,22 milhões para enfrentamento da violência contra a mulher, no entanto, apenas R$ 35,34 milhões (51,8%) foram de fato liquidados. Apenas no exercicio de 2022, o credito autorizado foi de R$ 950 mil, mas não houve nenhuma liquidação de recursos.

Ao longo dos últimos anos, o TCU aponta a criação do Ministério das Mulheres, em 2023, como fato positivo, já que as políticas voltadas para as mulheres abrangem várias áreas, como educação, saúde, justiça, segurança e outras, necessitando de um órgão que possa centralizar a articulação e fomentar as ações. Antes da criação do ministério, esse papel coube a pastas mais amplas,como o Ministério dos Direitos Humanos, criado em 2017, que era voltado para diversas outras ações.

A assessora especial do Ministério das Mulheres, Isís Taboas, que também participou do lançamento do relatório, disse que é preciso lutar para que, em tempos de crise, os direitos das mulheres não retrocedam.

“Hoje, 30 anos após a Declaração de Pequim, é preciso cuidar e lutar para que a crise ideológica que enfrentamos no mundo, crise que tem seus representantes e seus líderes questionando a igualdade entre homens e mulheres, questionando a necessidade das mulheres estarem equitativamente nos espaços de poder, questionando o reconhecimento da nossa diversidade, da nossa pluralidade, questionando a linguagem inclusiva, não retroceda em diretos que já foram conquistados. Não só não podermos retroceder, como precisamos avançar e avançar rápido”, ressaltou.

Rankings internacionais

As mulheres representam 51,2% da população brasileira, de acordo com dados do terceiro trimestre de 2024 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ainda assim, a desigualdade de gênero é um problema estrutural que se manifesta em várias dimensões da vida social, econômica, política e cultural, refletindo em discriminação, violência, o limitado a recursos econômicos e disparidades em participação política, salários, emprego, educação e saúde.

Quanto à diferença salarial entre homens e mulheres, o Brasil fica em 117° lugar no ranking do Global Gender Report, em um total de 146 países. Segundo a Pnad Contínua 2019, as mulheres recebem cerca de 77,7% da renda dos homens.

O país ocupa ainda a 94ª posição em um ranking de 191 países no Indice de Desigualdade de Gênero (GII), medida que reflete a desigualdade de realização entre mulheres e homens em três dimensões: saude reprodutiva, capacitação e mercado de trabalho. Esse indicador é usado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Os dados são de 2021/2022.

Para o Pnud, alem de ser um direito humano basico, acabar com todas as formas de discriminação contra as mulheres e meninas “e fundamental para acelerar o desenvolvimento sustentavel, tendo em vista que o empoderamento feminino tem efeito multiplicador e ajuda a promover o crescimento econômico e o desenvolvimento em nivel mundial”, diz o relatório.

No Global Gender Gap Index (Indicador Global de Desigualdade de Gênero), do Forum Econômico Mundial, dentre 146 países, o Brasil ocupa as seguintes posições nos aspectos analisados: 94° em participação e oportunidade econômica; 85° em atingimento educacional; 85° em saude e sobrevivência e 104° em empoderamento politico.

Fonte: Agência Brasil

Comunicar erro
BANNER ADAPI (JUNHO)

Comentários