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A deputada Erika Hilton disse que é uma honra participar do evento, que considerou uma oportunidade de contar a história de Manicongo. “Nós sempre estivemos no carnaval, pessoas trans e travestis, comunidade LGBTQIA+, mas faltava ter nossos heróis e heroínas’, disse. “Vai ser grandioso fazer o povo conhecer essa história e cantar ‘eu travesti’," completou, em referência a trecho do samba-enredo.
“Eu espero que o maior recado seja dado: basta de preconceito, intolerância e ódio. Outras Xicas não podem mais ir para fogueira”, ressaltou Erika Hilton.
Entre as ativistas, está Indianarae Siqueira, fundadora da CasaNem, um centro de cidadania e acolhimento para pessoas LGBTQIA+. Ela disse que o convite da Tuiuti reconhece uma trajetória de lutas e destaca a responsabilidade da comunidade, no Brasil, em defender políticas públicas, como um farol para o mundo, em meio aos ataques do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra transgêneros.
Nos últimos dias, o mandatário tomou medidas para restringir direitos de pessoas trans, como o banimento delas das Forças Armadas e a proibição de mulheres trans cumprirem pena em prisões femininas, apesar de dados do próprio governo mostrarem que essas mulheres têm mais chances de sofrer crimes sexuais na cadeia.
“Quando o presidente dos Estados Unidos faz ataques à nossa comunidade, ele declara ao mundo que reconhece a nossa existência, porque você só ataca o que existe”, declarou. Indianarae lembrou a importância de organizações como Minha Criança Trans, a RedTransBrasil e a própria Casa Nem, que faz atendimento noturno às LGBTQIA+ em situação de rua ou qualquer outra forma de vulnerabilidade.
Ao lado de Indianarae desfilarão Keila Simpson, ativista e 1ª travesti doutora honoris causa do país pela UERJ; Gilmara Cunha, ativista LGBTQIA+; Megg Rayara, 1ª travesti negra a alcançar o título de doutorado no país, pesquisadora, professora da UFPR e Symmy Larrat, 1ª travesti secretaria nacional LGBTQIA+ do governo federal.
Ao homenagear Xica Manicongo, a Paraíso do Tuiuti populariza a história da escravizada trans que trabalhou como sapateira em Salvador. Os relatos históricos indicam que ela não aceitava o nome masculino, tampouco, os trajes masculinos e se vestia de acordo com sua identidade de gênero, como mulher, com um pano amarrado ao corpo.
Xica foi violentamente reprimida pela época, acusada de sodomia e condenada à morte pelo Tribunal do Santo Ofício, queimada viva em praça pública, o que mostra as raízes coloniais da violência contra essa população e que se perpetua até os dias de hoje.
O Brasil permanece na lista dos países que mais mata pessoas trans. Ao todo, 122 indivíduos desse grupo foram assassinados no país, em 2024, sendo cinco defensores de direitos humanos, segundo a mais recente edição do dossiê da Associação Nacional de Trans e Travestis (Antra). O levantamento foi divulgado na última segunda-feira (27). O número difere pouco de levantamento dos anos anteriores, quando a média de assassinatos de pessoas trans foi de 125, entre 2008 e 2024, segundo a Antra.
Assim, o enfrentamento à violência é um ponto central das reivindicações de políticas públicas contra a transfobia. Em entrevista recente à Agência Brasil, a presidenta da Antra, Bruna Benevides, disse ser evidente que a desigualdade social e a restrição às políticas públicas “são fatores de risco” de morte para a comunidade de pessoas travestis e transexuais. “Quanto menos políticas públicas, mais retrocesso”.
Fabián Algarth, coordenador nacional do Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (IBRAT) e representante do Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ lembrou que o direito à vida consta da Constituição Federal.
Em respostas aos ativistas, a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, assinalou que “o Estado não é um bloco só” e que é necessário a atuação de parlamentares comprometidos com direitos humanos para “transformar a cultura política tão autoritária". Ela reforçou que esta agenda deve ser de toda a sociedade.
Fonte: EBC