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De janeiro de 2021 a janeiro de 2023, a filial brasileira da Universal Leaf mandou o fumo adquirido pela empresa a produtoras de cigarros em 52 países, segundo dados alfandegários ados pela Repórter Brasil. O principal destino foi a Bélgica, maior consumidor do tabaco brasileiro, seguido pela Indonésia e Estados Unidos.
A reportagem entrou em contato com o produtor Torcato Tatim e com a Universal Leaf, que não responderam até o fechamento deste texto. O espaço segue aberto para manifestações futuras.
Os outros dois fumicultores citados na “lista suja” do trabalho escravo são de propriedades localizadas no município gaúcho de Venâncio Aires, o quarto maior produtor de fumo do país. O primeiro caso foi de um trabalhador resgatado em 2019. A segunda ocorrência, também com um trabalhador libertado, é do ano seguinte.
Leia mais: Fumo produzido no Sul do país usa agrotóxicos banidos internacionalmente
Durante dez anos, entre 2011 e 2021, foram realizadas apenas seis fiscalizações em propriedades de fumo – quatro no Rio Grande do Sul e duas em Santa Catarina. Nessas operações, 41 trabalhadores foram resgatados, de acordo com dados do Ministério do Trabalho sistematizados pela Repórter Brasil e pela Comissão Pastoral da Terra (T).
Durante dez anos, entre 2011 e 2021, foram realizadas apenas seis fiscalizações em propriedades de fumo – quatro no Rio Grande do Sul e duas em Santa Catarina. Nessas operações, 41 trabalhadores foram resgatados, de acordo com dados do Ministério do Trabalho sistematizados pela Repórter Brasil e pela Comissão Pastoral da Terra (T).
No Brasil, as indústrias do tabaco encontraram um vantajoso modo de aquisição de matéria-prima por meio de contratos de integração. Nesse esquema, a tabageira fornece os insumos necessários no início de cada safra, como sementes e agrotóxicos, e estima a quantidade necessária de fumo a ser entregue ao final para pagar esse adiantamento. O que sobra é lucro para as famílias. O problema é que nem sempre há sobras e o fantasma da dívida perturba o sono das famílias fumicultoras.
“Sempre deu pra se escapar. Meio apertado, mas sempre deu e sobrou um pouco para ar o ano”, explica João, fumicultor dono de 87 mil pés de tabaco em Santa Cruz do Sul (RS). Na última safra, ele e os dois filhos, de 23 a 26 anos, venderam a produção para a China Brasil Tabacos, que pagou quase R$ 300 pela arroba de fumo seco, o equivalente a 15 quilos do produto. O valor pago foi alto – e atípico. Por conta das chuvas em Santa Catarina, a oferta do produto diminuiu e os produtores gaúchos e paranaenses receberam mais que o esperado. Na safra anterior, o preço mínimo pago pelo fumo de melhor qualidade foi de R$ 188 a arroba.
João é um nome fictício. O verdadeiro nome do fumicultor e de todos os demais trabalhadores e produtores entrevistados pela reportagem foram ocultados neste texto para evitar represálias, como o cancelamento do contrato de venda de fumo.
Para Joaquim, produtor com contrato com a Philip Morris no município de Vale do Sol (RS), a última safra “deu esperança” para muitos fumicultores. “Ano ado a compra do fumo não dava pra reformar um galpão, não sobrava pra manter as outras coisas. Com o valor pago pela arroba esse ano muita gente conseguiu ao menos sair das dívidas, conseguiu dar uma estabilizada. Tinha muito colono endividado”.
A esperança de que “ano que vem vai ser melhor” tem mantido as famílias na atividade, avalia Luiza Damigo, orientadora da Associação Agricultura Familiar e Agroecologia (AS-PTA) em Palmeira (PR). “A gente sempre escuta: "ah, mas ano que vem vai ser melhor assim, mas ano que vem vai recuperar". Às vezes, vem um ano que dá muito bom, e a família decide continuar, porque sente que equilibrou.”
Emerson Rech, 30 anos, é filho de fumicultores e vive em Rio Pardo (RS), onde produz hortaliças e frutas orgânicas na praça central do município. A facilidade de escoamento da produção em áreas distantes dos centros urbanos e a garantia de compra – ainda que a classificação da qualidade do fumo seja definida apenas pela indústria – são fatores que fixam os produtores no setor, avalia. “No sistema integrado, a empresa fornece os insumos, garante a compra e o caminhão vem buscar na propriedade. Acaba acomodando o produtor nesse sistema”.
É comum ouvir fumicultores e ex-fumicultores dizendo que “não fazem as contas” do lucro exato obtido com a produção de fumo. Saber quanto vale a sua hora trabalhada, então, é dado que nenhum deles tem na cabeça. “Eles acham que se pegou o dinheiro no final da safra, é lucro. Mas e todos os dias que você trabalhou, não conta") { $('.carousel-item').eq(i).appendTo('.carousel-inner'); } else { $('.carousel-item').eq(0).appendTo('.carousel-inner'); } } } } }); $(function(){ $('.carousel-control').click(function(e){ e.preventDefault(); $('#blogsecolunas').carousel( $(this).data() ); }); });