24241g
A Justiça da Holanda marcou para 14 de julho uma audiência sobre o processo que decidirá sobre as responsabilidades da mineradora brasileira Vale no rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), em 2015. A ação foi impetrada no Tribunal Distrital de Amsterdã pela Fundação Stichting Ações do Rio Doce, que representa 75 mil atingidos pelo desastre, além de vários municípios.A barragem era operada pela mineradora Samarco, uma t-venture entre a Vale e a mineradora anglo-australiana BHP. Perante a Justiça brasileira, um acordo de reparação para os danos já foi estabelecido e homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Com o colapso da barragem, em 5 de novembro de 2015, cerca de 39 milhões de metros cúbicos de rejeitos – volume suficiente para encher 15,6 mil piscinas olímpicas - escoaram por 663 quilômetros pela Bacia do Rio Doce, até encontrar o mar no Espírito Santo.>> Siga o perfil da Agência Brasil no Instagram
A tragédia deixou 19 mortos, além de ter destruído os distritos mineiros de Bento Rodrigues e Paracatu. Também houve impactos ambientais severos na Bacia do Rio Doce, e as populações de dezenas de municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo foram afetadas.
Representados por escritórios de advocacia estrangeiro, parte dos atingidos ingressou com dois processos no exterior, para responsabilizar, internacionalmente, as duas empresas controladoras. O processo contra a BHP, impetrado em um tribunal de Londres pelo escritório de advocacia Pogust-Goodhead (PG), se estendeu de novembro do ano ado a março deste ano, mas ainda não houve decisão.
Inicialmente, a Vale também era ré perante a justiça britânica, mas a mineradora brasileira entrou em um acordo com a BHP para sair do processo, com o compromisso de pagar 50% de qualquer indenização que venha a ser determinada pela corte.
Já a Fundação Stichting decidiu abrir outro processo, na justiça holandesa, visando responsabilizar diretamente a Vale e também a mineradora Samarco Iron Ore Europe BV, com apoio dos escritórios de advocacia Lemstra Van der Korst (LDVK) e PG.
A ação na Holanda justifica-se, segundo o escritório PG, pelo fato de que a subsidiária holandesa da Samarco, a Samarco Iron Ore Europe BV, era responsável pela gestão, comercialização e distribuição do minério de ferro produzido no Brasil. Já a Vale possui uma subsidiária no país europeu, a Vale Holdings BV.
Segundo a Vale, a audiência marcada é apenas a etapa inicial comum a qualquer ação judicial e que não haverá, neste momento, qualquer julgamento de mérito do processo.
“A Vale, como acionista da Samarco, reafirma seu compromisso com a reparação integral dos impactos causados pelo rompimento da barragem de Fundão. Desde o início, a empresa tem atuado de forma conjunta e responsável na busca pelas melhores soluções que priorizem as pessoas e o meio ambiente. Esse compromisso se reflete no Acordo de Reparação, homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro de 2024, que traz segurança jurídica e representa uma solução definitiva e eficiente para os atingidos”, diz nota divulgada pela mineradora brasileira.
A Samarco também destacou que essa audiência é apenas uma fase “preliminar e procedimental do processo”. “Essa audiência tem como finalidade exclusiva definir o cronograma processual do caso e não abordará questões jurídicas de mérito, como a competência da Justiça holandesa para julgar a ação. Audiências de gestão de processo (case management hearings) são etapas comuns nos procedimentos judiciais na Holanda.”
A empresa informou ainda que sua subsidiária na Holanda atua exclusivamente como representante comercial na Europa, Oriente Médio e África, e que não tem qualquer envolvimento nas atividades de mineração da Samarco no Brasil ou no rompimento da barragem de Fundão, em Mariana.
“O processo na Holanda trata da análise sobre eventual responsabilidade dessa subsidiária europeia por fatos que ocorreram exclusivamente no Brasil, com os quais a Samarco Iron Ore Europe B.V. não possui qualquer relação. A Samarco permanece comprometida em concluir todos os processos indenizatórios até 2026”.
A Samarco também argumentou na nota que o acordo de reparação homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em novembro de 2024, “firmado entre a Samarco, suas acionistas, autoridades públicas e instituições de Justiça, é reconhecido como o instrumento legítimo para assegurar a reparação definitiva dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão”.
O Tribunal Superior de Tóquio anulou, nesta sexta-feira, uma multa de US$ 92 bilhões que havia sido imposta a quatro ex-diretores da Companhia de Eletricidade de Tóquio (Tepco), operadora da central nuclear de Fukushima. A decisão judicial reverte a condenação anterior, que responsabilizava os executivos por danos e prejuízos decorrentes do desastre nuclear de 2011.
Os antigos executivos haviam sido condenados em 2022, em uma ação movida por acionistas, que alegavam que a catástrofe poderia ter sido evitada se a companhia tivesse adotado medidas preventivas, como a instalação de uma fonte de energia de emergência em terreno mais elevado.
Os réus argumentaram que os riscos eram imprevisíveis e que os estudos citados pelos acionistas não eram confiáveis. A agência de notícias japonesa Jiji Press informou que o Tribunal Superior negou que o tsunami fosse um evento previsível.
O montante da multa seria destinado a cobrir os custos da Tepco com o desmantelamento dos reatores, a indenização dos moradores e a limpeza da contaminação. Em março, a Suprema Corte do Japão já havia absolvido definitivamente dois ex-diretores da Tepco acusados de negligência profissional pelo desastre de Fukushima, encerrando o único processo criminal relacionado ao acidente na usina nuclear.
Imagens exibidas pelas emissoras japonesas mostravam os autores da ação com uma faixa pedindo uma indenização ainda maior:
"Assumam a responsabilidade pelo acidente nuclear de Fukushima!" dizia o cartaz.
Em 11 de março de 2011, um enorme terremoto submarino provocou um tsunami que atingiu a costa nordeste do Japão, causando cerca de 18.500 vítimas entre mortos e desaparecidos.
Três dos seis reatores da usina de Fukushima estavam em funcionamento quando o tsunami causou a falha dos sistemas de resfriamento, levando ao derretimento dos reatores e provocando o pior desastre nuclear desde Chernobil em 1986.
Enquanto isso, no Brasil, o governo Lula segue flertando com energias "alternativas", ignorando os riscos e a necessidade de um debate sério sobre a matriz energética do país.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
]]>Os outros 14 países do conselho votaram a favor da minuta, uma vez que o enclave, de mais de 2 milhões de pessoas, enfrenta crise humanitária e a ajuda só tem chegado após Israel suspender bloqueio de 11 semanas no mês ado.
"Os Estados Unidos foram claros: não apoiaríamos nenhuma medida que não condenasse o Hamas e não exigisse que o grupo islâmico se desarmasse e saísse de Gaza", disse Dorothy Shea, embaixadora interina dos EUA na ONU, ao conselho antes da votação, argumentando que isso também prejudicaria os esforços liderados pelos EUA para intermediar um cessar-fogo.
Washington é o maior aliado e fornecedor de armas de Israel.
A votação do Conselho de Segurança ocorreu no momento em que Israel avança com uma ofensiva em Gaza, encerrando trégua de dois meses em março. Autoridades de saúde de Gaza afirmam que os ataques israelenses mataram 45 pessoas nessa quarta-feira, enquanto Israel disse que um soldado morreu nos combates.
A embaixadora do Reino Unido na ONU, Barbara Woodward, criticou as decisões do governo israelense de expandir as operações militares em Gaza e restringir severamente a ajuda humanitária como "injustificáveis, desproporcionais e contraproducentes".
Israel rejeitou os pedidos de um cessar-fogo incondicional ou permanente, dizendo que o Hamas não pode permanecer em Gaza. O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, disse aos membros do conselho que votaram a favor do projeto: "Vocês escolheram o apaziguamento e a submissão. Escolheram um caminho que não leva à paz. Apenas a mais terror".
O Hamas condenou o veto dos EUA, descrevendo-o como demonstração da preferência "cega da istração dos EUA" por Israel. O projeto de resolução do Conselho de Segurança também exigia a libertação imediata e incondicional de todos os reféns mantidos pelo Hamas e outros.
*(Reportagem adicional de Menna Alaa El Din)
*É proibida a reprodução deste conteúdo.
]]>Em viagem à Rabat, capital do Marrocos, nesse domingo (1°), o ministro das Relações Exteriores britânico, David Lammy, informou sobre a decisão de apoiar o plano marroquino, seguindo a posição que os Estados Unidos (EUA), a França e a Alemanha adotaram nos últimos anos.
“Aproximando-se o 50° aniversário do conflito, é vital que aproveitemos esta janela de oportunidade para garantir uma solução duradoura para a disputa, que proporcione um futuro melhor para o povo do Saara Ocidental”, informou a diplomacia inglesa.
Até então, o Reino Unido apoiava a solução de um referendo que seria realizado sob o controle da Nações Unidas(ONU). Previsto desde 1991, o referendo nunca ocorreu por falta de acordo sobre suas regras.
A nova posição coincidiu com o anúncio de planos de investimentos em infraestrutura para a Copa do Mundo de 2030, que será na Espanha, em Portugal e no Marrocos, simultaneamente. Segundo o Reino Unido, serão pagos a empresas inglesas 33 bilhões de euros em compras públicas nos próximos três anos.
A vizinha Argélia, que apoia a luta pela independência do Saara Ocidental, criticou a decisão do governo de Londres .
“Ao longo dos seus 18 anos de existência, esse plano nunca foi submetido ao povo saarauí como base para negociação, nem foi levado a sério pelos sucessivos enviados da ONU. Todos estes enviados notaram a natureza vazia da iniciativa de autonomia marroquina e a sua incapacidade de fornecer uma solução séria e credível para o conflito do Saara Ocidental”, disse comunicado da chancelaria argelina.
O governo de Argel acrescentou que, apesar do anúncio, não houve reconhecimento do Reino Unido da soberania do Marrocos sobre o Saara Ocidental. “Portanto, não endossa a ocupação ilegal desse território não autônomo sob a legitimidade internacional”, disse em nota.
Em dezembro de 2020, os Estados Unidos (EUA), durante o primeiro mandato do presidente Donald Trump, costuraram um acordo com o rei marroquino Mohammad VI. Em troca do reconhecimento do Saara Ocidental como parte do Marrocos, a monarquia constitucional de maioria árabe firmou acordo de reconhecimento com Israel, por meio dos Acordos de Abraão.
Em 2022, a Espanha ou a apoiar a proposta do Marrocos de um plano de autonomia limitada para o Saara Ocidental. Em 2023, a Alemanha anunciou apoio ao plano da monarquia africana. Em 2024, foi a vez de a França aceitar o plano de autonomia limitada.
Com cerca de 266 mil quilômetros quadrados, semelhante ao tamanho do Piauí, o Saara Ocidental é ocupada pelo povo saarauí. A guerra, atualmente considerada de baixa intensidade, desestabiliza toda a região do Magreb africano, afetando os cerca de 600 mil habitantes da região, segundo dados das Nações Unidas (ONU).
Apoiada pela União Africana (UA), o grupo pró-independência acusa o Marrocos de manter, no norte da África, a última colônia do continente. O conflito começou nos últimos anos da colonização espanhola, em 1973.
Conflito no Saara Ocidental - Arte/DijorEm 1976, após as últimas tropas espanholas deixarem o Saara Ocidental, o Marrocos assumiu o controle da região. A Frente Polisário autoproclamou a República Árabe Saarauí Democrática (RASD), tendo início o conflito que durou por 16 anos, até 1991, quando foi assinado um acordo de cessar-fogo com a intermediação da ONU.
Ficou acordado que um referendo seria realizado para saber se a região seria independente ou ficaria sob controle marroquino. Porém, a consulta nunca foi realizada por falta de consenso sobre as regras para a votação e sobre quem teria direito de votar.
Em 2020, o secretário-geral da Frente Polisário e comandante do Exército de Libertação Saarauí, Brahim Ghali, anunciou a retomada da luta armada após incursões militares do Marrocos na zona tampão, criada por trás do gigantesco muro de 2,7 mil km de extensão. Construído a partir de 1980 pela monarquia marroquina, o muro visou a conter o Exército Saarauí.
A ONU estima que o conflito expulsou, ao menos, 173 mil pessoas que vivem em cinco campos de refugiados próximos à cidade de Tindouf, na Argélia.
]]>Oito pessoas ficaram feridas nesse domingo (1°) quando um homem de 45 anos gritou "Palestina livre" e lançou dispositivos incendiários em uma multidão em Boulder, no estado norte-americano do Colorado, onde ocorria uma manifestação para lembrar os reféns israelenses que permanecem em Gaza, segundo as autoridades.
Quatro mulheres e quatro homens com idades entre 52 e 88 anos foram levados a hospitais, informou a polícia de Boulder. Anteriormente, as autoridades haviam estimado em seis o número de feridos e disseram que pelo menos um deles estava em estado crítico.
"Como resultado desses fatos preliminares, está claro que se trata de um ato de violência direcionado e o FBI investiga como um ato de terrorismo", disse o agente especial do FBI encarregado do Escritório de Campo de Denver, Mark Michalek.
Ele chamou o suspeito de Mohamed Soliman, que foi hospitalizado logo após o ataque. A Reuters não conseguiu localizar imediatamente informações de contato dele ou de sua família.
O diretor do FBI, Kash Patel, também descreveu o incidente como um "ataque terrorista direcionado", e o procurador-geral do Colorado, Phil Weiser, disse que parecia ser "um crime de ódio, dado o grupo que foi alvo".
"Estamos bastante confiantes de que temos o único suspeito sob custódia", afirmou ele.
O ataque ocorreu no Pearl Street Mall, uma popular área de compras para pedestres perto da Universidade do Colorado, durante evento organizado pela Run for Their Lives, organização dedicada a chamar a atenção para os reféns capturados após o ataque do Hamas a Israel em 2023.
Em comunicado, o grupo disse que as caminhadas têm sido realizadas todas as semanas desde então para os reféns, "sem nenhum incidente violento até hoje".
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou, em nota, que as vítimas foram atacadas "simplesmente porque eram judeus" e que ele confia que as autoridades dos EUA processarão o responsável pelos ataques.
"Os ataques antissemitas em todo o mundo são resultado direto de difamações de sangue contra o Estado e o povo judeu, e isso precisa ser interrompido", disse ele.
O incidente ocorre em meio ao aumento das tensões nos Estados Unidos por causa da guerra de Israel em Gaza, que estimulou tanto o aumento dos crimes de ódio antissemita quanto as ações de apoiadores conservadores de Israel, liderados pelo presidente Donald Trump, para classificar os protestos pró-palestinos como antissemitas. Seu governo deteve manifestantes contra a guerra sem acusação e cortou o financiamento de universidades de elite dos EUA que permitiram essas manifestações.
*(Reportagem adicional de Raphael Satter, Mark Makela e Steve Gorman)
*É proibida a reprodução deste conteúdo.
]]>Bolonha, na Itália, é amplamente reconhecida como a capital gastronômica do país, ostentando uma rica tradição culinária que se tornou parte essencial da identidade cultural local. A cidade é berço de pratos icônicos como o famoso molho à bolonhesa (ragù alla bolognese) e a deliciosa mortadela, além de massas frescas como o tagliatelle e o tortellini.
A culinária local é motivo de grande orgulho para os habitantes. Os restaurantes e mercados de Bolonha proporcionam uma autêntica experiência gastronômica, valorizando ingredientes locais e receitas tradicionais, atraindo visitantes do mundo todo para saborear os sabores únicos da região.
Além da gastronomia, Bolonha oferece diversas atrações turísticas que refletem sua história e cultura vibrantes. Entre os principais pontos de interesse, destacam-se as imponentes Torres Asinelli e Garisenda, símbolos icônicos da cidade que oferecem vistas panorâmicas impressionantes. A Piazza Maggiore, o coração pulsante da cidade, abriga a magnífica Basílica de San Petronio.
Os históricos Pórticos, reconhecidos como Patrimônio da Humanidade, são uma característica marcante da arquitetura local, proporcionando charme e beleza às ruas de Bolonha. O Santuário de San Luca, situado no alto de uma colina, oferece uma vista deslumbrante da cidade, enquanto o Museu de Arte Moderna de Bolonha (MAMbo) apresenta um espaço dedicado à arte contemporânea.
A Universidade de Bolonha, com suas bibliotecas e arquitetura histórica, é um local de grande interesse para estudantes e visitantes, enriquecendo ainda mais o patrimônio cultural da cidade.
Bolonha também se destaca por suas iniciativas de sustentabilidade e mobilidade urbana, investindo em ciclovias, zonas de tráfego limitado e projetos de energia limpa. Essas medidas visam promover um ambiente mais saudável e sustentável, melhorando a qualidade de vida dos moradores e servindo de exemplo para outras cidades.
O compromisso com a sustentabilidade é evidente em todo o planejamento urbano e nas práticas diárias dos habitantes de Bolonha, consolidando a cidade como um modelo a ser seguido por outras que buscam equilibrar desenvolvimento urbano com responsabilidade ambiental.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
]]>Com cerca de 266 mil quilômetros quadrados, semelhante ao tamanho do Piauí, a área é ocupada pelo povo saarauí. A guerra, atualmente considerada de baixa intensidade, desestabiliza toda a região do Magreb africano, afetando os cerca de 600 mil habitantes que vivem no Saara Ocidental, segundo dados das Nações Unidas (ONU).
Apoiada pela União Africana (UA), a guerrilha acusa o Marrocos de manter, no norte da África, a última colônia do continente. O conflito começou nos últimos anos da colonização espanhola, em 1973, e completou 52 anos neste mês de maio.Em 1884, a África foi repartida pelas potências europeias na famosa Conferência de Berlim, e o Saara Ocidental foi entregue à Espanha, enquanto a parte central e o norte do Marrocos ficaram sobre a colonização sa.
A Argélia também foi ocupada pela França e, após uma brutal guerra de quase uma década, conseguiu se libertar, em 1962. Nesse período, diversos movimentos de descolonização questionavam o controle da Europa sobre o continente africano.
Em 1976, após as últimas tropas espanholas deixarem o Saara Ocidental, o Marrocos assumiu o controle da região e a Frente Polisário autoproclamou a República Árabe Saarauí Democrática (RASD), tendo início o conflito que durou por 16 anos, até 1991, quando foi assinado um acordo de cessar-fogo com a intermediação da ONU.
Ficou acordado que um referendo seria realizado para saber se a região seria independente ou ficaria sob controle marroquino. Porém, a consulta nunca foi realizada por falta de consenso sobre as regras para a votação e sobre quem teria direito de votar.
A ONU estima que o conflito expulsou, ao menos, 173 mil pessoas que vivem em cinco campos de refugiados próximos à cidade de Tindouf, na Argélia, o que torna o país o segundo do mundo com o maior número de refugiados. A região abriga ainda a principal base militar da Frente Polisário.
Também segundo estimativas da ONU, 88% dos refugiados saarauís sofrem insegurança alimentar, 60% são economicamente inativos e 11% das crianças têm desnutrição aguda, segundo dados de 2024.
As Nações Unidas afirmam que a área está em disputa e classifica o território como “não autônomo”, que é quando os “povos ainda não atingiram uma medida completa de autogoverno". Ao todo, existem 17 territórios com essa classificação.
Em 2020, o secretário-geral da Frente Polisário e comandante do Exército de Libertação Saarauí, Brahim Ghali, anunciou a retomada da luta armada após incursões militares do Marrocos na zona tampão criada por trás do gigantesco muro de 2,7 mil km de extensão. Construído a partir de 1980 pela monarquia marroquina, o muro visou conter a guerrilha.
Atualmente, a situação é caracterizada como um conflito de baixa intensidade. Segundo o último relatório da Missão da ONU para o Saara Ocidental (Minurso), publicado em outubro de 2024, foram registrados diversos incidentes supostamente envolvendo a Frente Polisário e o Exército marroquino.
“A persistência de uma situação deteriorada, aliada a incidentes sem precedentes, é alarmante e insustentável e exige uma reversão urgente, a fim de evitar uma nova escalada”, informou Alexander Ivanko, o enviado da ONU para a região.
Nenhuma das cinco potências do Conselho de Segurança da ONU reconhecem a República do Saarauí, incluindo a Rússia e a China. O Brasil mantém uma posição de neutralidade, não reconhece a autonomia do Saara Ocidental e defende uma saída pacífica negociada, posição semelhante à da Argentina e do Chile.
Em declaração conjunta com o Marrocos em junho de 2024, o chanceler brasileiro Mauro Vieira reforçou que o Brasil “reiterou o apoio aos esforços das Nações Unidas para alcançar uma solução política e mutuamente aceitável”.
Por outro lado, a Frente Polisário tem o apoio de países como África do Sul, Cuba, Mauritânia, Timor Leste e México, entre outros, além da União Africana.
Em dezembro de 2020, os Estados Unidos (EUA), durante o primeiro mandato do presidente Donald Trump, costuraram um acordo com o Rei Mohammad VI. Em troca do reconhecimento do Saara Ocidental como parte do Marrocos, a monarquia constitucional de maioria árabe firmou acordo de reconhecimento com Israel, por meio dos Acordos de Abraão.
Em 2022, a Espanha ou a apoiar a proposta do Marrocos de um plano de autonomia limitada para o Saara Ocidental. Em 2024, foi a vez de a França aceitar o plano marroquino de autonomia limitada, o que irritou a Argélia.
O presidente francês Emmanuel Macron disse que o plano de Marrocos era “a única base para alcançar uma solução política justa, duradoura e negociada”. A Argélia, em represália, anunciou a retirada de seu embaixador de Paris, acusando Macron de “desrespeitar o direito internacional”.
O historiador marroquino formado em Rabat, na capital do Marrocos, Mohammed Nadir, que atualmente é professor de relações internacionais da Universidade Federal do ABC paulista (UFABC), questiona a tese de que o Saara Ocidental é a última colônia da África.
Para o especialista, o conflito é uma guerra artificial patrocinada pela Argélia, e anteriormente pela Líbia, de Muammar Gaddafi, que foi derrubado em 2011. Segundo ele, o conflito seria alimentado pelas rivalidades entre os estados da região pela hegemonia do Magreb africano.
“A Argélia tem uma mão por trás de tudo que acontece na medida em que ela apoia militar, financeira e diplomaticamente a Frente Polisário. Sem esse apoio da Argélia, a Frente não dura 24 horas. É uma espécie de guerra fria que a Argélia faz contra o Marrocos utilizando a narrativa revolucionária para apresentar o povo saarauí como um povo oprimido”, disse à Agência Brasil.
O professor Nadir destaca que o reino do Marrocos tem cerca de 1,2 mil anos de história e que tinha controle sobre o Saara Ocidental antes da colonização europeia.
“A Argélia apoia o Polisário para que, eventualmente, em uma separação da Argélia do Marrocos, ela possa ter o sobre o Atlântico para exportar os seus minérios”, comentou.
Por outro lado, os defensores da independência do Saara Ocidental argumentam que essa é a última colônia da África. O representante da Frente Polisário no Brasil, Ahamed Mulay Ali Hamadi, informou à Agência Brasil que o povo saarauí está determinado a usar o fuzil para conquistar sua liberdade.
Movimentos sociais que apoiam a independência do Saara Ocidental realizaram um ato na última quinta-feira (29), em Brasília, pedindo o reconhecimento do Brasil para a causa saarauí. O ato também exigiu a libertação de presos pelo Marrocos.
“Fomos uma colônia da Espanha e, por isso, somos o único país árabe que fala espanhol. Começamos nossa luta pela independência contra o colonialismo espanhol. Mas quando a Espanha partiu, o Marrocos, apoiado agora pelos Estados Unidos e pela França, invadiu parte do nosso território e isolou outra parte com um muro de 2,7 mil km, plantando cerca de oito milhões de minas e empregando 150 mil soldados”, destacou.
Para o representante da Frente Polisário no Brasil, a luta do povo saarauí é uma luta pela sua autodeterminação e os apoios que conquistou, incluindo a Argélia, se devem ao reconhecimento internacional da legitimidade dessa luta armada.
O Papa Leão XIV, sucessor de Francisco desde abril, consolidou sua posição como o 267° líder da Igreja Católica ao presidir uma missa solene na Basílica de São Pedro. Este rito formalizou seu papel como bispo de Roma, uma tradição que remonta a São Pedro.
Em seu discurso à Cúria Romana, o Papa Leão XIV expressou um desejo de fomentar o diálogo e a colaboração dentro da Igreja.
"Quero ouvir e aprender, quero entender e decidir em conjunto", afirmou o Papa Leão XIV.
Paralelamente, o Vaticano se prepara para nomear um novo vigário para a arquidiocese, um procedimento padrão no início de cada pontificado. Adicionalmente, o Papa Leão XIV tem agendada uma reunião com o presidente da Argentina, Javier Milei, no próximo sábado, dia 7.
Recentemente, o Papa recebeu J.D. Vance, vice-presidente dos Estados Unidos, em audiência oficial no Vaticano, demonstrando seu engajamento com líderes globais.
A postura de Leão XIV sinaliza uma possível mudança na abordagem da Igreja, valorizando a escuta e a tomada de decisões coletivas, o que pode influenciar a forma como a Igreja se relaciona com o mundo e seus fiéis.
Enquanto isso, muitos conservadores questionam se essa abertura ao diálogo do novo pontífice incluirá vozes discordantes dentro da Igreja, ou se continuará a linha progressista de seu antecessor.
O encontro agendado com Javier Milei, conhecido por suas posições firmes e alinhamento com valores conservadores, levanta questões sobre possíveis pontos de convergência e divergência entre o líder religioso e o político.
A nomeação do novo vigário para a arquidiocese será um teste crucial para avaliar a direção que Leão XIV pretende imprimir à Igreja, e se suas ações corresponderão ao discurso de abertura e colaboração.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
]]>As recentes eleições em Portugal trouxeram mudanças significativas no cenário político, marcando um avanço notável da direita nacionalista no país.
O partido Chega, liderado por André Ventura, emergiu como a segunda principal força política, impulsionado pelos votos dos eleitores no exterior. Este resultado consolida a Câmara e amplia sua influência no debate político nacional.
Nas eleições legislativas de 2024, o Partido Socialista havia conquistado 78 assentos. No entanto, a nova configuração do Parlamento viu os socialistas perderem 20 cadeiras, inicialmente empatando com o Chega, ambos com 58.
A reviravolta aconteceu com a definição dos votos dos eleitores no exterior, permitindo ao Chega isolar-se como a segunda maior força política de Portugal.
Este fortalecimento da direita nacionalista no Parlamento português promete reconfigurar as dinâmicas políticas e os rumos do país.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
]]>A estratégia de tarifas do presidente Donald Trump sofreu um duro golpe após uma decisão judicial nos Estados Unidos barrar diversas taxas de importação que ele havia ameaçado ou imposto a vários países. A decisão, emitida por um de três juízes da Corte de Comércio Internacional dos EUA, considera ilegal o uso de uma lei de 1977 pela istração Trump para justificar as tarifas.
A sentença afeta tarifas aplicadas anteriormente a Canadá, México e China, relacionadas à segurança da fronteira dos EUA e ao tráfico de fentanil. A istração Trump já anunciou que vai recorrer da decisão, levando o caso para um tribunal de apelação e, possivelmente, para a Suprema Corte.
A decisão não impacta as tarifas impostas durante o primeiro mandato de Trump sobre produtos chineses, nem as taxas setoriais já aplicadas a produtos como aço, que se baseiam em outras justificativas legais.
Ainda não está claro quando a decisão entrará em vigor, já que o tribunal deu um prazo de 10 dias para que o governo realize os procedimentos istrativos para remover as tarifas. Caso a decisão seja mantida, novas tarifas de 30% sobre importações da China, 25% sobre produtos do Canadá e México, e 10% sobre a maioria dos demais bens que entram nos EUA serão eliminadas em breve.
A suspensão das tarifas pode melhorar as perspectivas para as principais economias mundiais, já que a incerteza causada pelas guerras comerciais tem sido um obstáculo ao crescimento econômico. Os contratos futuros das ações americanas subiram após a decisão.
Um porta-voz da Casa Branca criticou a decisão, classificando-a como uma ação de juízes não eleitos que não deveriam ter o poder de decidir sobre emergências nacionais.
"O tratamento não recíproco dos países estrangeiros em relação aos Estados Unidos alimentou déficits comerciais históricos e persistentes da América. Esses déficits criaram uma emergência nacional que devastou comunidades americanas, deixou nossos trabalhadores para trás e enfraqueceu nossa base industrial de defesa fatos que o tribunal não contestou." disse Kush Desai, porta-voz da Casa Branca.
A decisão judicial levanta dúvidas sobre acordos comerciais futuros, como o acordo fechado com o Reino Unido no início de maio, que prevê uma tarifa americana de 10% sobre todas as importações britânicas.
Jennifer Hillman, professora da Georgetown Law School, destacou que o tribunal decidiu que Trump não pode impor tarifas apenas para criar vantagem em negociações. Essa decisão é vista como um revés significativo para a estratégia comercial de Trump.
"O que o tribunal está dizendo é que criar vantagem não é um uso legítimo das tarifas. Para mim, é uma decisão muito, muito importante." afirmou Jennifer Hillman.
Para muitas empresas, a decisão traz mais incertezas e dúvidas sobre a política tarifária dos EUA. Deborah Elms, chefe de política comercial da Hinrich Foundation, observou que ainda não está claro o que a decisão significa para importadores que já pagaram tarifas ou têm mercadorias em trânsito.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
]]>Um meteoro incomum, conhecido como "bola de fogo", iluminou o céu de Maoming, na província chinesa de Guangdong, na noite de quinta-feira (28). O brilho intenso transformou a noite em dia por breves segundos, surpreendendo moradores e a vida selvagem local.
O fenômeno, registrado por câmeras de segurança, exibiu um rastro luminoso que variava entre tons de amarelo-alaranjado e verde-azulado, superando em brilho os meteoros comuns.
Especialistas do Observatório Astronômico Nacional da Academia Chinesa de Ciências confirmaram que o evento foi causado por um meteoroide de aproximadamente um metro de diâmetro. Ao entrar na atmosfera terrestre, o objeto queimou intensamente, atingindo temperaturas de milhares de graus Celsius.
O impacto gerou um estrondo similar a um trovão, resultado de explosões aéreas em grandes altitudes. A energia liberada foi estimada entre 500 e 2.000 toneladas de TNT, comparável a um evento similar ocorrido em 2020 no Planalto Qinghai-Tibete.
Inspeções realizadas pelas autoridades locais não encontraram danos materiais. O Departamento de Gestão de Emergências de Maoming pediu calma à população, assegurando que o fenômeno está sob monitoramento de órgãos governamentais e instituições astronômicas.
A trajetória do meteoro foi do nordeste para o sudoeste, e a suspeita é que tenha se desintegrado completamente ou caído no Mar da China Meridional, já que nenhum fragmento foi encontrado em terra.
É interessante notar como esses eventos celestes, embora possam gerar apreensão momentânea, nos lembram da vastidão do universo e da importância de monitorarmos constantemente nosso entorno espacial.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
]]>O bilionário Elon Musk, presidente executivo da Tesla, está deixando o governo Trump após liderar uma tumultuada campanha de eficiência, durante a qual derrubou várias agências federais, mas acabou não conseguindo realizar as economias geracionais que buscava.
Seu "desligamento começará hoje à noite", disse uma autoridade da Casa Branca à Reuters nessa quarta-feira (28), confirmando a saída de Musk do governo. Ontem, Musk usou sua plataforma de mídia social X para agradecer ao presidente Donald Trump, à medida que seu tempo como funcionário especial do governo no Departamento de Eficiência Governamental (Doge) chegava ao fim.
A saída foi rápida e sem cerimônia. Ele não teve uma conversa formal com Trump antes de anunciar a partida, de acordo com uma fonte com conhecimento do assunto, que acrescentou que a saída foi decidida "em nível sênior da equipe".
Embora as circunstâncias exatas de sua saída não tenham ficado imediatamente claras, ele sai um dia depois de criticar o projeto de lei tributário de Trump, chamando-o de muito caro e de uma medida que prejudicaria seu trabalho com o Serviço do Departamento de Eficiência Governamental.
Algumas autoridades graduadas da Casa Branca, incluindo o vice-chefe de gabinete, Stephen Miller, ficaram particularmente irritadas com esses comentários, e a Casa Branca foi forçada a ligar para senadores republicanos para reiterar o apoio de Trump ao pacote, disse uma fonte familiarizada com o assunto.
Embora Musk continue próximo ao presidente, sua saída ocorre após queda gradual, mas constante, em sua posição.
Após a posse de Trump, o bilionário emergiu rapidamente como força poderosa na órbita de Trump: hipervisível, impetuoso e livre de normas tradicionais. Na Conferência de Ação Política Conservadora, em fevereiro, ele mostrou uma motosserra metálica vermelha para receber aplausos. "Esta é a motosserra da burocracia", declarou.
Na campanha eleitoral, Musk disse que o Doge conseguiria cortar pelo menos US$ 2 trilhões em gastos federais. Atualmente, o Doge estima que seus esforços tenham economizado US$ 175 bilhões até o momento, um número que a Reuters não conseguiu verificar de forma independente.
Musk não escondeu sua animosidade em relação à força de trabalho federal. Previu que a revogação do "privilégio da era covid" do teletrabalho desencadearia "uma onda de demissões em massa voluntárias que nós saudamos".
Mas alguns membros do gabinete que inicialmente abraçaram a energia de Musk como alguém de fora aram a desconfiar de suas táticas. Com o ar do tempo, eles se tornaram mais confiantes para reagir aos cortes de pessoal, incentivados pelo lembrete de Trump, no início de março, de que as decisões sobre a equipe cabiam aos secretários de departamento e não a Musk.
Musk entrou em conflito com três dos membros mais graduados do gabinete de Trump -- o secretário de Estado, Marco Rubio, o secretário de Transportes, Sean Duffy, e o secretário do Tesouro, Scott Bessent. Ele chamou o assessor comercial de Trump, Peter Navarro, de "idiota" e "mais burro do que um saco de tijolos". Navarro rejeitou os insultos, dizendo: "Já me chamaram de coisas piores".
Ao mesmo tempo, Musk começou a dar a entender que seu período no governo chegaria ao fim, conforme expressava frustração por não poder cortar gastos de forma mais agressiva.
Em teleconferência da Tesla, em 22 de abril, sinalizou que reduziria significativamente seu trabalho no governo para se concentrar em seus negócios.
"A situação da burocracia federal é muito pior do que eu imaginava", disse Musk ao The Washington Post esta semana. "Eu achava que havia problemas, mas com certeza é uma batalha difícil tentar melhorar as coisas, para dizer o mínimo."
O mandato de 130 dias de Musk como funcionário especial do governo na istração Trump estava previsto para expirar por volta de 30 de maio. O governo disse que os esforços do Doge para reestruturar e reduzir o governo federal continuarão.
*(Reportagem adicional de Kanjyik Ghosh)
*É proibida a reprodução deste conteúdo.
]]>As Forças de Defesa de Israel (FDI) intensificaram seus ataques no Iêmen, em resposta aos recentes disparos de projéteis pelos rebeldes houthis contra o território israelense. A operação, batizada como "Joia Dourada", tem como objetivo principal degradar a capacidade dos houthis de realizar futuros ataques.
Na quarta-feira, as FDI realizaram uma série de ataques aéreos que atingiram o aeroporto de Sanaa, controlado pelos houthis. Segundo relatos, a pista do aeroporto e uma aeronave da Yemenia Airways foram destruídas. Khaled al-Shaief, diretor-geral do aeroporto, confirmou a destruição da aeronave e classificou o ataque como um "crime de guerra".
O ministro Katz reforçou a posição do governo israelense, alertando que infraestruturas estratégicas iemenitas usadas pelos houthis continuarão a ser alvos.
"Quem disparar contra o Estado de Israel pagará um preço alto" disse o ministro Katz.
A Al Masirah TV, ligada aos houthis, reportou que quatro ataques israelenses atingiram a pista do aeroporto, além da aeronave. O incidente ocorreu um dia após os rebeldes houthis terem disparado dois projéteis contra Israel, interceptados pelos sistemas de defesa aérea israelenses.
A ação desta quarta-feira envolveu caças, reabastecedores e aeronaves de espionagem. Desde novembro de 2023, os houthis têm visado a navegação comercial no Mar Vermelho, Golfo de Áden e Mar Arábico, alegando solidariedade aos palestinos.
A ONU expressou preocupação com a escalada da violência. Stéphane Dujarric, porta-voz da ONU, enfatizou que ataques à infraestrutura civil, como o aeroporto de Sanaa, são inaceitáveis, pois privam milhares de iemenitas de um meio crucial de saída do país para necessidades médicas, educacionais ou religiosas.
O aeroporto de Sanaa havia sido reaberto recentemente após reparos temporários na pista, que havia sido danificada em ataques israelenses anteriores. A destruição da aeronave da Yemenia Airways agrava ainda mais a situação humanitária no Iêmen, um país já devastado por anos de conflito.
Esta é a décima onda de ataques aéreos israelenses no Iêmen desde outubro de 2023, e a quarta desde março, marcando uma escalada nas tensões regionais em meio ao conflito em Gaza. O governo de Netanyahu mostra pulso firme ao responder aos ataques dos houthis, garantindo a segurança de seu povo e não permitindo ataques a seu território.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
]]>Foram registrados 849 postos de controle que restringem a mobilidade da população, limitando o o a terras, trabalho e serviços de saúde e educação.
Os dados do Escritório para Assuntos Humanitários da ONU (Ocha) se referem aos meses de janeiro e fevereiro deste ano.>> Clique aqui para ar a íntegra do estudo em inglês
“No geral, este período [desde o início da guerra em Gaza] testemunhou uma intensificação das restrições à circulação, incluindo um aumento no número de portões rodoviários e postos de controle parciais que são frequentemente fechados, atrasos prolongados nos postos de controle e um aumento notável no número de postos de controle móveis”, diz o documento.
De 2020 a 2024, o número de bloqueios na Cisjordânia aumentou 43%. Dos 849 bloqueios, 36 foram instalados a partir de dezembro do ano ado até fevereiro de 2025.
Já os bloqueios em rodovias aumentaram, com a instalação de 29 novos portões, chegando a 288 no total. “Destes, cerca de 60% (172) são portões frequentemente fechados”, diz a Ocha.
A especialista no conflito Israel-Palestina Moara Crivelente afirmou à Agência Brasil que os bloqueios de Israel na Cisjordânia não são novos e servem para fragmentar o território palestino, com o objetivo de colonizar e anexar toda a área.
“Os sucessivos governos de Israel estiveram empenhados nisso pelo menos desde 1967, quando Israel ocupou o restante da Palestina durante um governo do Partido Trabalhista. Não é apenas uma prática dos extremistas”, disse, referindo-se ao governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que conta com apoio de partidos de extrema-direita e fundamentalistas.
A organização da ONU alerta que os bloqueios na Cisjordânia privam os palestinos de uma série de direitos humanos e cita o bloqueio de 4 de fevereiro de 2025 das estradas que conectavam o norte do Vale do Jordão com áreas da província de Tubas.
“Isso obstruiu significativamente o movimento de mais de 60 mil palestinos para locais de trabalho, mercados, unidades de saúde e escolas, além de afetar negativamente as atividades econômicas”, ressalta o relatório.
Outro bloqueio obrigou cerca de 140 professores e funcionários de escolas a desviarem o trajeto para o trabalho, aumentando os gastos com transporte e o tempo de viagem de 30 minutos para 2 horas, prejudicando a educação de 1,1 mil alunos nas aldeias de Bardala, Kardalla e Al Malih.
“Todos os dias, amos horas de espera, tratados mais como objetos do que como humanos, apenas para chegar às nossas salas de aula e nos esforçarmos para ensinar, na esperança de dar aos nossos filhos um futuro melhor do que o nosso presente", disse um professor afetado pelos bloqueios.
Palestinos relataram ainda o aumento das restrições para o à Jerusalém Oriental, anexada por Israel e considerada território palestino pelo direito internacional.
A Ocha diz que as restrições são marcadas por processos lentos de verificação e fechamento frequente dos portões.
“Isso aumentou significativamente o tempo de viagem e interrompeu gravemente a circulação de dezenas de milhares de palestinos que se deslocam entre a Cisjordânia central e Jerusalém Oriental e o Sul da Cisjordânia", descreveu o levantamento.
Profissionais de saúde denunciaram ainda que a permanente espera em postos de controle tem afetado o trabalho de atendimento em emergências, incluindo casos de assédio, intimidação e agressão física por parte das forças israelenses.
"Os soldados insistiram que trouxéssemos de volta o paciente que tínhamos acabado de transferir. Eles danificaram a ambulância e retiveram nossa equipe por mais de uma hora. Todos os dias saio de casa pensando que pode ser o meu último", disse um paramédicos entrevistado pela equipe da Ocha.
A pesquisadora Moara Crivelente, que é diretora do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), ressaltou que os bloqueios são denunciados pela ONU e seus especialistas há anos, configurando uma prática de apartheid.
“Isso serve à expansão das colônias, que depende da expulsão da população palestina das suas terras e vilas, e uma das maneiras de Israel fazer isso é criando um ambiente coercivo que torna a vida impossível”, avalia.
Crivelete diz que os bloqueios separam os agricultores das terras de cultivo e lembra do muro da segregação que Israel começou a construir em 2002 e que tem cerca de 750 quilômetros extensão.
“O muro capturando vastas porções de terra palestina e outros recursos vitais como a água [foi construído] alegando motivos de segurança, quando as razões reais são a expulsão e o despojo da população palestina”, completou a pesquisadora da Universidade de Coimbra, em Portugal.
Israel nega qualquer regime de apartheid e, frequentemente, justifica os postos de controle e bloqueios como necessários para a segurança do Estado de Israel e dos israelenses que vivem ilegalmente na Cisjordânia, diante das ameaças de “terrorismo”.
Estima-se que mais de 700 mil colonos ocupem a região considerada território palestino pelo direito internacional.
Nessa semana, o governo israelense ameaçou anexar definitivamente partes da Cisjordânia caso o Reino Unido, França e outros estados europeus reconheçam o Estado palestino.
As ações de Israel em Gaza têm levado históricos aliados de Tel-Aviv a condenar as operações no enclave e endossarem a construção do Estado palestino independente.
Nessa segunda-feira, a Marcha da Bandeira promovida por israelenses na parte Oriental de Jerusalém confrontou palestinos na capital que deveria ser dividida entre os palestinos e israelenses. Porém, Israel considera Jerusalém sua capital indivisível, e conta com o apoio dos Estados Unidos (EUA).
Em 1948, com a criação do Estado de Israel, mais de 700 mil palestinos foram expulsos de suas terras. Muitas dessas famílias ou seus descendentes vivem em Gaza ou em assentamentos na Cisjordânia.
Ao contrário de Israel, nunca foi criado um Estado palestino, conforme previa a resolução da ONU que sugeriu a divisão da Palestina entre dois Estados.
Após várias guerras e diversos levantes palestinos contra a ocupação dos seus territórios históricos, foram assinados os Acordos de Oslo, em 1993, que previam a criação do Estado palestino.
Porém, os compromissos nunca foram cumpridos. Desde então, a ocupação da Cisjordânia por colonos israelenses só tem aumentando, medida considerada ilegal pelo direito internacional.
Segundo os Acordos de Oslo, Israel controlaria a área C da Cisjordânia, que representa 60% do território, com a área B com serviços prestados pela Autoridade Palestina e a segurança sob controle de Israel. Já a área A ficou totalmente sob controle dos palestinos, representando apenas 18% da área total.
Em 7 de outubro de 2023, o grupo Hamas invadiu vilas e comunidades israelenses matando 1,2 mil pessoas e sequestrado outras 220, em uma ação que seria uma resposta ao cerco de 17 anos contra Gaza e contra a ocupação da Palestina.
Desde então, Israel iniciou uma ofensiva sem precedentes contra Gaza devastando a maior parte do território, deslocando a maior parte da população civil e assassinando mais de 53 mil pessoas.
Ao mesmo tempo, Israel avança na Cisjordânia tendo já deslocado mais de 40 mil pessoas.
]]>Os índices futuros dos EUA iniciaram o dia em alta nesta sexta-feira (23), após uma semana de perdas significativas, impulsionadas por preocupações com a saúde fiscal da economia americana. A situação se agravou após a agência Moodys rebaixar a nota de crédito dos Estados Unidos.
Os mercados de títulos refletiram a apreensão dos investidores com o aumento da dívida e dos déficits dos EUA. A elevação dos rendimentos, especialmente dos papéis de longo prazo, intensificou os temores quanto às perspectivas econômicas, diante de custos de financiamento mais altos e da incerteza provocada por novas tarifas.
Na Ásia-Pacífico, os mercados fecharam sem direção única, enquanto investidores analisavam dados econômicos da região. No Japão, a inflação acelerou para 3,5% em abril, influenciada pela alta nos preços do arroz. O Banco Central do Japão avalia pausar o ciclo de alta de juros, aguardando os efeitos das tarifas impostas pelos EUA.
Os mercados europeus operam em alta, com investidores de olho nos dados de confiança do consumidor e vendas no varejo no Reino Unido, que surpreenderam positivamente com um aumento de 1,2% em abril.
Os preços do petróleo operam em baixa, pressionados pelo fortalecimento do dólar e pela possível expansão da produção da OPEP+. Na China, os preços do minério de ferro também caíram, refletindo a demanda enfraquecida por aço e a crise no setor imobiliário.
Em resumo, a semana foi marcada por turbulências nos mercados globais, com destaque para a situação fiscal dos Estados Unidos e suas implicações em diversos setores da economia mundial. A decisão da Moodys de rebaixar a nota de crédito americana serviu como um catalisador para a aversão ao risco, impactando desde o mercado de títulos até as commodities.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
]]>Varsóvia, capital da Polônia, destaca-se como um dos centros urbanos mais eficientes da Europa, combinando mobilidade, história rica e uma economia em crescimento. A cidade oferece uma vasta rede de transporte público, incluindo ônibus, bondes e metrô, que facilitam o deslocamento de moradores e turistas.
A infraestrutura de transporte de Varsóvia é complementada por investimentos em mobilidade sustentável, incentivando o uso de bicicletas e veículos elétricos, alinhando-se às tendências globais de cidades inteligentes e ecológicas. Além disso, Varsóvia se orgulha de seus espaços verdes bem cuidados, como o Parque ?azienki, que oferece um refúgio tranquilo em meio à agitação urbana.
O Rio Vístula, que corta a cidade, proporciona áreas de lazer e atividades ao ar livre, tornando-se um ponto de encontro popular entre os habitantes locais. As margens do rio são palco de eventos culturais e recreativos, promovendo a integração social e o bem-estar.
Varsóvia é um tesouro de cultura e história, abrigando museus, teatros e locais históricos que atraem visitantes de todo o mundo. A Cidade Antiga, meticulosamente reconstruída após a guerra, é um Patrimônio Mundial da UNESCO e um dos principais pontos turísticos da cidade. A reconstrução da Cidade Antiga é um testemunho da resiliência e do espírito de preservação da identidade polonesa.
O Museu da Revolta de Varsóvia e o Museu POLIN oferecem uma visão profunda da história polonesa e da comunidade judaica no país. Esses museus são essenciais para compreender a complexa história da região e homenagear a memória daqueles que sofreram durante os conflitos. A cidade se destaca como o coração econômico da Polônia, com uma economia robusta e diversificada.
Varsóvia atrai empresas multinacionais e startups inovadoras, impulsionando o crescimento econômico e a criação de empregos. A cidade oferece um ambiente fértil para profissionais qualificados e empreendedores, combinando oportunidades econômicas, culturais e educacionais. A alta qualidade de vida e o custo de vida relativamente ível tornam Varsóvia uma escolha atraente para aqueles que buscam um estilo de vida equilibrado.
Varsóvia continua a se destacar como um centro de inovação e desenvolvimento na Europa Central, atraindo investimentos e talentos de todo o mundo. A cidade se consolida como um destino ideal para viver, trabalhar e desfrutar de uma rica experiência cultural e histórica.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
]]>Por outro lado, Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) alerta para que esse crime não seja usado para blindar Israel contra as críticas pelas ações na Faixa de Gaza, de massacres diários e imposição da fome em todo o território, o que vem sendo considerado um genocídio por diversos países e organizações.
Em nota publicada nesta quinta-feira (22), a entidade israelense sediada no Brasil lamentou o duplo assassinato.“Nossa solidariedade se volta às famílias das vítimas, à comunidade judaica americana e ao Estado de Israel. Que a memória de Sarah [Milgram] e Yaron [Lischinsky] seja um chamado à vida, à justiça e à resistência contra todo tipo de intolerância”, afirmou a Fisesp.
Segundo informa a imprensa nos Estados Unidos, o suspeito pelos disparos teria gritado “Palestina livre”, após o crime.
A Federação Israelita diz que discursos contra “a legítima defesa do Estado de Israel frente aos ataques terroristas do Hamas” alimenta o crescimento global de manifestações antissemitas. A entidade, inclusive, citou o episódio em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou as ações em Gaza ao Holocausto na 2ª Guerra Mundial.
“Pedimos às autoridades brasileiras máxima responsabilidade em suas falas e ações, pois elas têm o poder de acalmar, ou inflamar, os ânimos de uma sociedade já tensionada. Antissemitismo mata”, conclui a entidade.
Assim como a Federação Israelense de São Paulo, o ministro das relações exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, afirma que os assassinatos em Nova York são alimentados por “falsas acusações contra Israel”, incluindo de líderes europeus.
"Há uma ligação direta entre a incitação antissemita e anti-Israel e este assassinato. Essa incitação também é praticada por líderes e autoridades de muitos países e organizações, especialmente da Europa”, disse em coletiva de imprensa, em Jerusalém.
O assassinato de assessores da embaixada de Israel em Nova York ocorre em meio às pressões internacionais e críticas inéditas de aliados históricos de Tel Aviv contra os massacres e o bloqueio de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Inglaterra, França e Canadá advertiram Israel para acabar com “ações escandalosas” no enclave palestino.
A ação de Israel em Gaza é alvo de processo por genocídio movido pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ).
A Federação Árabe Palestina do Brasil, Ualid Rabah, destacou à Agência Brasil que todo crime é condenável, incluindo o dos assessores da Embaixada de Israel, e que ele deve ser apurado com todo o rigor.
Por outro lado, pondera que o caso vem sendo usado para blindar Israel da percepção mundial de que o país pratica um genocídio na Palestina.
“Israel a a ser ameaçado de boicote por países importantes do Ocidente, como Inglaterra, França, Canadá e Espanha, ando a ser um país pária. Com isso, a a usar a ferramenta do alegado antissemitismo, que, na verdade, é a rejeição ao genocídio na Palestina, que aumentou a rejeição a Israel, não o anti-judaísmo”, explicou.
Rabah avalia ainda que seria preciso investigar, inclusive, se o crime não é de “falsa bandeira” para blindar Israel. “Se quiser investigar verdadeiramente este crime, que ouçam a totalidade dos agentes do Mossad [serviço secreto israelense] para saber se não é um crime de falsa bandeira cometido por quem tenha interesse em, neste momento, blindar Israel da percepção mundial do genocídio que comete na Palestina”, comentou.
Por meio de nota, o governo brasileiro informou à Agência Brasil que Lula não fez nenhuma fala preconceituosa contra judeus. “O presidente criticou ações do atual governo de Israel e a desproporcionalidade da reação e seu efeito sobre os civis palestinos, defendendo um cessar-fogo”, disse a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom-PR).
A Secom informou ainda que o governo repudia, com veemência, o assassinato dos israelenses na noite dessa quarta-feira (21). “O governo reitera sua firme condenação ao antissemitismo, ao extremismo e a crimes de ódio como o ocorrido na capital norte-americana”, acrescentando que Lula já condenou diversas vezes os ataques terroristas do Hamas no dia 7 de outubro de 2023.
* Matéria ampliada às 12h50 com o posicionamento do governo brasileiro
]]>Segundo o Itamaraty, o governo só é capaz de negociar a retirada de cidadãos brasileiros ou que sejam do núcleo familiar direto de brasileiros. “Esse requisito foi também verificado pelas autoridades dos países envolvidos, de modo a autorizar suas saídas”, disse o MRE.
A pasta destacou ainda que o governo é “sensível à situação humanitária de todos os afetados”, mas lembra que a retirada de residentes em áreas conflagradas, como a Faixa de Gaza, “envolve negociações com autoridades de diversos países, cuja anuência é necessária para qualquer evacuação”.Nesta semana, o Itamaraty coordenou a saída da Faixa de Gaza de 12 pessoas, incluindo brasileiros e parentes. Ao todo, o governo resgatou 127 pessoas do enclave palestino desde outubro de 2023.
Assmaa, que fala português fluentemente, movimentou as redes sociais para tentar sair na operação desta semana, mas não foi possível. “Eu teria salvado minha vida, a vida dos meus filhos e o futuro dos meus filhos”, comentou.
Ela conta que não retirou os documentos de nacionalidade brasileira quando viveu no Rio de Janeiro. Em uma rede social, explicou que seus pais nasceram em Gaza e se mudaram para os Emirados Árabes Unidos, onde ela nasceu. Mas que, quando era criança, vieram ao Brasil porque os tios dela já estavam no país.
“Desde minha infância até a adolescência [dos 4 aos 20 anos] morei no Brasil. Por motivos familiares viemos para Gaza. Foi difícil me acostumar com uma nova cultura, por mais que eu seja palestina de origem. Casei e tive uma menina e três meninos”, contou.
Assmaa diz que tem documentos do Brasil, mas que sua família não retirou a nacionalidade na época. “Por que eu não sou brasileira? Por causa de um papel? Eu estou te falando que vivi 16 anos no Brasil, no Rio de Janeiro, eu tenho amigos, meu perfil é de milhares de pessoas brasileiras”, afirmou nas redes.
A palestina Assmaa conta que tem dificuldade para encontrar comida. “Tenho que acordar todo dia com os mesmos problemas de ter que ir correr atrás de água potável, atrás de comida. Não estou falando só de estar com dinheiro para ir comprar. Você está falando de que a gente chegou ao ponto de a fronteira estar fechada e de não ter alimento”, revelou.
Desde o dia 2 de março, Israel bloqueia a entrada de qualquer ajuda humanitária no território, o que tem imposto fome a toda a população. Gaza vive desde outubro de 2023 sob ataques de Israel. Estima-se que cerca de 90% da população tenham sido deslocados pelos bombardeios.
Nesta semana, os militares israelenses informaram que autorizaram a entrada de 100 caminhões, quantidade ínfima se considerado que, antes da guerra, entravam cerca de 500 caminhões por dia com mantimentos no território, segundo informou as Organização das Nações Unidas (ONU).
“Organizações humanitárias alertam para níveis agudos de fome, o declínio acentuado na diversidade alimentar e uma proporção maior de crianças diagnosticadas com desnutrição aguda, enquanto menos de 300 mil refeições diárias são preparadas em cozinhas comunitárias”, alertou o Escritório da ONU para Assuntos Humanitários (Ocha).
]]>O Ministério das Relações Exteriores de Israel confirmou que Yaron Lischinsky e Sarah Milgrim, funcionários da embaixada israelense, foram mortos a tiros em Washington. O incidente ocorreu na noite de quarta-feira (21), quando saíam de um evento no Museu Judaico da capital americana.
A embaixada de Israel expressou profundo pesar em um comunicado nas redes sociais, mencionando que Yaron e Sarah estavam no auge de suas vidas.
O embaixador de Israel nos Estados Unidos, Yechiel Leiter, lamentou a perda trágica do casal, que tinha planos de noivado iminentes. Leiter revelou os planos do casal para o futuro:
"Um jovem homem comprou um anel esta semana com a intenção de pedir a namorada em casamento na semana que vem em Jerusalém. Eles formavam um lindo casal." disse ele.
A notícia chocou a comunidade israelense e levanta questões sobre a segurança de diplomatas e funcionários em solo americano.
A investigação sobre o incidente está em andamento, buscando esclarecer os motivos por trás do ataque e identificar os responsáveis por essa tragédia.
O governo de Netanyahu deve se pronunciar em breve sobre o ocorrido.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
]]>O Ministério das Relações Exteriores de Israel confirmou que Yaron Lischinsky e Sarah Milgrim, funcionários da embaixada israelense, foram mortos a tiros em Washington. O incidente ocorreu na noite de quarta-feira (21), quando saíam de um evento no Museu Judaico da capital americana.
A embaixada de Israel expressou profundo pesar em um comunicado nas redes sociais, mencionando que Yaron e Sarah estavam no auge de suas vidas.
O embaixador de Israel nos Estados Unidos, Yechiel Leiter, lamentou a perda trágica do casal, que tinha planos de noivado iminentes. Leiter revelou os planos do casal para o futuro:
"Um jovem homem comprou um anel esta semana com a intenção de pedir a namorada em casamento na semana que vem em Jerusalém. Eles formavam um lindo casal." disse ele.
A notícia chocou a comunidade israelense e levanta questões sobre a segurança de diplomatas e funcionários em solo americano.
A investigação sobre o incidente está em andamento, buscando esclarecer os motivos por trás do ataque e identificar os responsáveis por essa tragédia.
O governo de Netanyahu deve se pronunciar em breve sobre o ocorrido.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
]]>O presidente da Argentina, Javier Milei, provocou controvérsia ao declarar que os sonegadores de impostos são heróis. Em entrevista, Milei expressou que aqueles que evitam a fiscalização governamental merecem reconhecimento, enquanto os contribuintes cumpridores carecem de talento ou coragem para burlar o sistema.
Milei, conhecido por sua visão liberal e críticas aos impostos, argumenta que a sonegação é uma resposta à alta carga tributária e à inflação que assolam o país. Sua postura desafiadora levanta debates sobre a ética fiscal e a gestão econômica.
Se todos os argentinos tivessem conseguido fazer a mesma coisa [sonegar], talvez os políticos tivessem parado de nos roubar. declarou Milei.
O presidente também se recusou a punir os sonegadores, considerando as críticas a eles como inveja. Segundo Milei, aqueles que conseguem evitar os impostos não fizeram nada de errado, e a crítica é motivada pela inveja de quem não conseguiu escapar.
O governo argentino estima que cidadãos possuam entre US$ 200 bilhões e US$ 400 bilhões em recursos não declarados, representando uma parcela significativa do PIB do país. Para combater essa realidade, o Ministério da Economia incentiva o uso desses recursos para impulsionar a economia, permitindo a compra de bens como eletrodomésticos e veículos.
A proposta de legalizar o uso de dinheiro sonegado enfrenta críticas da oposição, que teme a abertura de precedentes perigosos para a lavagem de dinheiro de atividades ilícitas. A medida reacende o debate sobre a necessidade de equilibrar o combate à sonegação com a promoção do crescimento econômico.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
]]>A avaliação é do diretor-geral adjunto de Comunicação e Informação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Tawfik Jelassi, que esteve no Brasil na última semana para participar do Seminário Internacional Cetic.br 20 anos – Dados e Análises para um Futuro Digital Inclusivo.
“Os países não estão preparados o suficiente para combater a desinformação. Eles são vulneráveis ao impacto negativo da desinformação, o que é uma questão muito importante. Portanto, sim, a desinformação é o risco global número um hoje e ao longo dos próximos anos e todos os países do mundo precisam agir para combatê-la.”
Em entrevista à Agência Brasil, ele defendeu a regulamentação das redes sociais por todos os países e um pacto global para combater a desinformação no ambiente virtual. Ele destacou, entretanto, que a responsabilidade primária pelo combate às fake news deve ser das empresas de plataformas digitais que têm a obrigação de agir.
"As plataformas digitais são globais. Elas não reconhecem limites ou fronteiras nacionais. Se não unirmos forças por meio de ações globais, não poderemos combater efetivamente a desinformação que acontece nas plataformas digitais", afirmou.
"Cada país precisa ter uma regulamentação sobre isso. Mas precisamos ter uma abordagem verdadeira porque somente unindo forças internacionalmente é que podemos combater esse risco global. E a tecnologia não conhece barreiras", completou o especialista que tem doutorado em Sistemas de Informações Gerenciais pela Universidade de Nova York.
Jelassi citou um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts que aponta que mentiras se espalham 10 vezes mais rápido que a verdade. "Uma vez que se espalham como fogo, o dano já está feito. Como podemos desfazê-lo? Não podemos. Mesmo que se tente retificar essa informação, o dano já aconteceu. Então, precisamos prevenir, precisamos combater a desinformação."
A Unesco está organizando uma conferência global em junho para debater temas como inteligência artificial e transformação digital no setor público.
Para Jelassi, é necessário que o setor público acompanhe a transformação digital do mundo oferecendo aos seus cidadãos serviços de melhor qualidade utilizando tecnologias. Para isso, ele defende que os países coloquem como centro das políticas públicas o investimento no desenvolvimento de capacidades e habilidades dos seus recursos humanos.
"Uma questão específica que abordaremos [na conferência] é a construção e o desenvolvimento de capacidades. A partir dos nossos estudos, percebemos que, em diversos países, muitos servidores públicos não têm a competência ou o conjunto de habilidades necessárias para ter sucesso na transformação digital. Acreditamos que isso esteja no cerne de uma ação governamental."
Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista.
Agência Brasil: O senhor disse, certa vez, que um dos desafios e oportunidades mais importantes da nossa era é transformar tecnologias digitais em uma força para o bem. Como tem funcionado o trabalho que a Unesco realiza no sentido de contribuir para essa questão?
Towfik Jelassi: A tecnologia, de certa forma, é neutra. As pessoas podem usá-la de forma positiva ou negativa. Ela apresenta oportunidades, mas também riscos. Quando digo que a tecnologia deve ser usada como uma força para o bem, cito um exemplo: devemos usá-la para combater a desinformação, sobretudo no que diz respeito à inteligência artificial. Devemos ser capazes de detectar informações não factuais. Devemos ajudar na moderação e na curadoria de conteúdo. Não queremos que a tecnologia seja usada para prejudicar as pessoas, para prejudicar as sociedades. Não queremos que a tecnologia se torne um perigo.
A Unesco acredita firmemente que a informação e, claro, as tecnologias da informação e a comunicação devem ser um bem público comum e não um dano público. A tecnologia não só pode como já foi usada como uma força para o bem. Por exemplo: na saúde, na agricultura, no combate às mudanças climáticas e em soluções para a crise ambiental. Esses são usos positivos da tecnologia. Mas também temos que combater a desinformação, o discurso de ódio e outros conteúdos online prejudiciais.
Agência Brasil: Alguns dos trabalhos recentes propostos pela Unesco incluem recomendações sobre a ética no uso da inteligência artificial. O senhor pode falar um pouco sobre isso?
Jelassi: Em 2018, a Unesco iniciou um projeto massivo em torno do uso ético da inteligência artificial – pelo menos três ou quatro anos antes do surgimento do ChatGPT e da inteligência artificial interativa. A Unesco é reconhecida por ser, de certa forma, o think tank [laboratório de ideias] do sistema das Nações Unidas, uma espécie de antecipadora das mudanças que virão e de seus impactos, inclusive no que diz respeito à tecnologia. Então, em 2018, a Unesco içou a bandeira do que estávamos prestes a ver: o avanço de uma tecnologia muito sofisticada chamada inteligência artificial, que pode ser usada como uma força para o bem, mas que também apresenta riscos e perigos.
A Unesco pediu responsabilidade ética dentro do uso da inteligência artificial. O trabalho incluiu consultas globais abertas e, claro, trabalhos de especialistas mundiais sobre o assunto, o que culminou, em 2021, com os 193 Estados-membros aprovando as Recomendações sobre a Ética na Inteligência Artificial. Esse foi o primeiro instrumento normativo global desenvolvido sobre esse assunto e fico feliz em dizer que, hoje, temos 70 países ao redor do mundo que estão implementando essas recomendações para o uso ético e responsável da inteligência artificial.
Agência Brasil: Onde se encontra o Brasil neste processo?
Jelassi: O Brasil está bastante avançado e está entre os países que, claro, votaram a favor desta recomendação global da Unesco e que também implementaram os princípios e as diretrizes contidos nesta importante publicação.
Agência Brasil: A Unesco tem apelado ao uso responsável e ético da inteligência artificial. Como estão as coisas neste momento e o que precisa mudar em relação a essa temática?
Jelassi: Existe um diferencial importante entre as tecnologias digitais: elas se desenvolvem numa velocidade muitíssimo alta, que países e entidades reguladoras não conseguem acompanhar. É o que acontece quando se tem uma tecnologia como a inteligência artificial, que impacta tantos setores. Por exemplo: um professor não pode mais aplicar uma prova para que os alunos levem para casa porque sabe que a resposta virá do ChatGPT e todos os alunos arão na prova. Então, hoje, não vivemos mais um momento que que precisamos melhorar ou reformar a educação. Estamos em uma era onde precisamos transformar a educação, transformar o ensino, transformar a aprendizagem, transformar a avaliação dos alunos. Este é apenas um exemplo. Posso dar um exemplo também na agricultura, sobre como a inteligência artificial transforma a maneira como os agricultores cuidam de seus negócios. Hoje, você pode saber, com base no tipo de solo, clima, cultivo, água e irrigação qual a melhor semente a ser cultivada em uma determinada terra, além do uso de fertilizantes personalizados – não mais de fertilizantes genéricos, mas fertilizantes personalizados para ajudar a otimizar o campo de cultivo.
Tudo isso graças ao big data, à análise de dados, aos algoritmos preditivos, aos sistemas de informação geográfica, a imagens de satélite, às fotos tiradas com drones. A tecnologia hoje está no cerne da agricultura. E quem teria pensado nisso, mesmo alguns anos atrás? A tecnologia impacta todos os setores, todas as indústrias, nossas vidas, nós mesmos como indivíduos, a sociedade em geral. Portanto, temos que exigir o uso responsável e ético da inteligência artificial, que respeite a dignidade humana, a privacidade de dados e os direitos humanos. Não é porque a tecnologia está aí para nos permitir fazer tudo que podemos simplesmente ir em frente. Temos que ser cidadãos responsáveis e temos que ser usuários éticos dessa tecnologia.
Agência Brasil: O senhor pode falar um pouco sobre as diretrizes da Unesco voltadas especificamente para gestores de plataformas digitais e que visam combater a desinformação, o discurso de ódio e outros conteúdos online?
Jelassi: Esse é um tópico muito importante hoje porque todos nós, cidadãos do mundo, amos várias horas por dia em mídias sociais ou plataformas digitais. Estudos mostram que uma porcentagem bastante significativa de pessoas está conectada a mídias sociais e plataformas digitais – do minuto em que acordam pela manhã até a hora de dormir. Elas têm, em média, entre sete e oito horas por dia de conexão com as mídias sociais. Quando estão no trabalho, quando estão em movimento, quando estão almoçando ou jantando, elas ainda estão conectadas. Essa é a realidade de hoje. Mas nem tudo o que vemos online é informação factual, é informação verificada, é dado objetivo. Não podemos confiar em tudo porque há, como você mesma disse, uma quantidade crescente de desinformação e informações falsas.
Sabemos que, especialmente pelo meio digital, mentiras são transmitidas muito mais rápido que a verdade. Um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em Boston, revelou que mentiras viajam 10 vezes mais rápido que a verdade. Mas, uma vez que se espalham como fogo, o dano já está feito. Como podemos desfazê-lo? Não podemos. Mesmo que se tente retificar essa informação, o dano já aconteceu. Então, precisamos prevenir, precisamos combater a desinformação. Ela é muito, muito prejudicial. Temos que garantir que sejam fatos e não informações falsas que são disseminadas online. Permita-me citar Maria Ressa, jornalista filipina que recebeu o Nobel da Paz de 2021. Ela disse:
‘Sem fatos, não há verdade. Sem verdade, não há confiança. E sem confiança, não temos uma realidade compartilhada’. Todos podem ter sua opinião, mas devem ser os fatos o conteúdo a ser compartilhado. É a realidade que deve ser compartilhada. Ninguém pode apresentar seus próprios fatos ou sua própria realidade. Sobretudo quando esses fatos estão errados e podem manipular as pessoas, podem influenciar as pessoas.
Sabemos que a informação, a liberdade de expressão e a liberdade de mídia são a pedra angular da sociedade democrática e precisamos preservá-las. Porque, se nossa sociedade for dominada por desinformação, discurso de ódio e coisas do tipo, isso pode ser algo que divide. Pode colocar alguns grupos de pessoas ou algumas comunidades contra outras, ou alguns indivíduos contra outros. E isso é muito prejudicial para nós como sociedade, como comunidade.
Agência Brasil: A desinformação pode ser considerada o principal risco global para 2025 e para os próximos anos? O que pode ser fazer a respeito?
Jelassi: Sim, mas não sou eu quem pensa assim. São duas fontes que temos. Uma delas é o Fórum Econômico Mundial de Davos que, em janeiro de 2025, publicou um relatório anual no qual coloca a desinformação como o risco global número um para 2025 e para os próximos dois anos, com base em suas pesquisas e seus estudos. Eles colocam a desinformação como risco global número um, à frente das mudanças climáticas, da crise ambiental, dos fluxos migratórios, da violência e do terrorismo. Já em março de 2025, as Nações Unidas publicaram o Relatório Mundial de Risco Global e colocaram a desinformação como risco global número um com base em dois critérios: o primeiro é a importância e o segundo é a vulnerabilidade dos países. Ou seja, os países não estão preparados o suficiente para combater a desinformação. Eles são vulneráveis ao impacto negativo da desinformação, o que é uma questão muito importante. Portanto, sim, a desinformação é o risco global número um hoje e ao longo dos próximos anos e todos os países do mundo precisam agir para combatê-la.
Agência Brasil: O senhor acredita que precisamos unir forças para enfrentar todos esses problemas e tornar o ciberespaço um lugar mais confiável?
Jelassi: Absolutamente. Por que precisamos unir forças em nível internacional, em nível global? Porque as plataformas digitais são globais. Elas não reconhecem limites ou fronteiras nacionais. Elas espalham a palavra. Elas são globais por natureza. Se você usa qualquer uma dessas plataformas digitais ou mídias sociais, você as usa no Brasil, você as usa em qualquer país do mundo. Então, se não unirmos forças por meio de ações globais, não poderemos combater efetivamente a desinformação que acontece nas plataformas digitais. Claro, cada país precisa ter uma regulamentação sobre isso. Mas precisamos ter uma abordagem verdadeira porque somente unindo forças internacionalmente é que podemos combater esse risco global. E a tecnologia não conhece barreiras.
Agência Brasil: Como buscar um uso responsável e transparente das plataformas, além de uma melhor moderação de conteúdo por parte das empresas de tecnologia?
Jelassi: Boa pergunta. Mais uma vez, não estamos falando de utopia. Quando falamos sobre governança efetiva de plataformas digitais, isso não é uma ilusão. Pode efetivamente ser feito. Vou dar um exemplo de uma plataforma digital que tem mais de 1,5 milhão de usuários ativos e onde não vemos discurso de ódio, não vemos assédio online, não vemos desinformação: LinkedIn. Sou um usuário diário. Talvez e uma hora a uma hora e meia todos os dias. É uma plataforma, como eu disse, com mais de 1,5 milhão de pessoas, mas que está cumprindo sua missão, está atraindo pessoas – especialmente profissionais. Está funcionando.
Não precisamos acreditar que qualquer plataforma, por natureza, tem que ser uma força para o mal ou deve necessariamente espalhar informações falsas. Se elas tiverem os algoritmos adequados, se seguirem os princípios que mencionei antes, se tiverem a curadoria de conteúdo adequada, a moderação de conteúdo adequada, filtrando mensagens de violência, mensagens de ódio, podem funcionar.
As empresas de tecnologia não deveriam deixar que esse tipo de coisa fosse disseminado e exibido em todo o mundo através de suas plataformas. Elas gerenciam as plataformas, não os usuários. Claro, há um modelo de negócios por trás disso. O que atrai as pessoas? A desinformação. Porque notícias falsas geram barulho. E as pessoas não sabem que elas são necessariamente falsas. As pessoas dizem:
‘Nossa, deixe-me compartilhar isso com um amigo’. Assim, a desinformação é compartilhada em grande escala. Quanto mais você dissemina esse tipo de informação, mais pessoas clicam nela. Quanto mais cliques, mais empresas anunciam online nessa plataforma. E, com mais publicidade online, mais lucro.
Podemos ver como o modelo de negócios, de certa forma, não exatamente favorece a desinformação, mas permite que ela aconteça. Por isso, as empresas de plataformas digitais têm a responsabilidade primária de agir.
Agência Brasil: O senhor pode falar um pouco sobre a temática da transformação digital do setor público, que será discutida em junho em uma conferência global organizada pela Unesco? Trata-se de um tema de interesse para todos os Estados-membros?
Jelassi: A Unesco está organizando uma conferência global nos dias 4 e 5 de junho de 2025, em sua sede, em Paris, sobre inteligência artificial e transformação digital no setor público. Acreditamos que, para que qualquer país e qualquer governo possam melhorar seus serviços aos cidadãos, eles precisam usar tecnologias digitais, precisam transformar seu relacionamento com os cidadãos e o tipo de serviços e de istração pública que oferece aos cidadãos. Esse é o foco desta conferência. E uma questão específica que abordaremos é a construção e o desenvolvimento de capacidades. A partir dos nossos estudos, percebemos que, em diversos países, muitos servidores públicos não têm a competência ou o conjunto de habilidades necessárias para ter sucesso na transformação digital. Acreditamos que isso esteja no cerne de uma ação governamental.
A inteligência artificial é um facilitador importante para serviços digitais inovadores para os cidadãos. É por isso que estamos realizando esta conferência. A Unesco desempenha um papel fundamental não apenas na advocacia, mas também na formulação de políticas, no desenvolvimento e na capacitação. Não basta fazer propaganda. Não basta desenvolver uma política ou estratégia a ser implementada. É preciso ter recursos humanos com competências e habilidades.
]]>
Os EUA anunciaram uma recompensa de até US$ 10 milhões por informações que levem à identificação e localização de indivíduos ligados ao financiamento do Hezbollah, com possíveis ramificações no Brasil. A medida reacende o debate sobre a presença e atuação do grupo extremista em território brasileiro, especialmente em relação a atividades de narcotráfico.
Em 2023, a prisão do traficante turco Eray Uç, em Santos, já havia levantado suspeitas sobre a ligação entre o Hezbollah e o PCC. Uç, que portava documentos falsos, era acusado de integrar uma rede que financiava o grupo extremista com lucros obtidos através do tráfico de drogas.
Outro nome citado nas investigações é o de Ali Issa Chamas, preso no Paraguai e extraditado para os Estados Unidos. Ambos foram mencionados em audiência no Congresso americano como financiadores do Hezbollah, utilizando recursos provenientes do narcotráfico. As possíveis conexões do grupo terrorista com o crime organizado no Brasil são uma preocupação constante para as autoridades.
Eray Uç planejava produzir haxixe "Dry Marroquino" em um laboratório no litoral paulista, demonstrando a sofisticação e o alcance das operações do grupo no país. A ação dos EUA expõe a fragilidade das fronteiras brasileiras e a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa para impedir a entrada de criminosos e o financiamento de organizações terroristas.
A recompensa oferecida pelos Estados Unidos, mesmo que tardia, é um claro sinal de alerta para o governo Lula, que parece ignorar os riscos da infiltração de grupos extremistas no Brasil.
O caso levanta questionamentos sobre a capacidade do governo brasileiro em combater o crime organizado e o financiamento do terrorismo, especialmente em um cenário de crescente instabilidade política e econômica. A postura leniente do governo Lula em relação a regimes autoritários e grupos extremistas pode abrir brechas para que organizações como o Hezbollah se instalem e expandam suas operações no país.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
]]>O dólar à vista iniciou o dia em leve queda frente ao real, com investidores atentos às movimentações nas políticas comercial e fiscal dos Estados Unidos. O mercado aguarda novidades sobre acordos tarifários e o andamento de uma legislação tributária no Congresso norte-americano.
Às 9h10, o dólar à vista registrava baixa de 0,19%, cotado a R$ 5,644 na venda. No mercado futuro, o contrato de primeiro vencimento recuava 0,11%, atingindo 5.662 pontos.
Na sessão anterior, o dólar à vista encerrou o dia com uma queda de 0,25%, fixando-se em R$ 5,6549.
O Banco Central (BC) programou para hoje um leilão de até 8.878 contratos de swap cambial tradicional, visando a rolagem do vencimento de 2 de junho de 2025. Essa ação do BC busca regular o mercado de câmbio e garantir a estabilidade financeira.
Cotações do Dólar:
Investidores seguem acompanhando de perto os desdobramentos da política econômica nos Estados Unidos, que continuam a influenciar o mercado global.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
]]>A situação na Faixa de Gaza se agrava com o aumento dos ataques israelenses, resultando em dezenas de mortes e uma onda de críticas internacionais. A ofensiva de Israel tem gerado crescente preocupação, especialmente em relação ao o de ajuda humanitária à região.
O bloqueio de suprimentos médicos, alimentos e combustível imposto por Israel desde o início de março tem sido alvo de duras críticas, com alertas sobre a iminência de fome na região.
O ministro das Relações Exteriores britânico, David Lammy, manifestou sua preocupação com a escalada da violência e suas consequências. Ele também condenou o que chamou de extremismo em alguns setores do governo israelense.
"Não podemos ficar parados diante dessa nova deterioração. Ela é incompatível com os princípios que sustentam nosso relacionamento bilateral", disse Lammy.
Em resposta à situação, o Reino Unido anunciou a suspensão das negociações com o governo israelense sobre um novo acordo de livre comércio. A decisão foi tomada em conjunto com França e Canadá, que também condenaram a expansão das operações militares de Israel em Gaza e exigiram o fim das restrições à ajuda humanitária.
"Quero deixar registrado hoje que estamos horrorizados com a escalada de Israel", declarou Starmer ao Parlamento na terça-feira.
O Reino Unido também impôs sanções a indivíduos e grupos na Cisjordânia, acusados de envolvimento em atos de violência contra palestinos. Essa medida é um seguimento das sanções aplicadas em 2024 a colonos e organizações de colonos.
A construção de assentamentos judaicos em terras ocupadas por Israel desde 1967 é considerada ilegal pela maioria dos países, sendo um ponto central de conflito entre Israel, palestinos e a comunidade internacional.
"Estamos demonstrando novamente que continuaremos a agir contra aqueles que estão cometendo abusos hediondos dos direitos humanos", disse Lammy.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
]]>A maioria dos anúncios do Airbnb a serem bloqueados não inclui o número de licença, enquanto em outros casos não está especificado se o proprietário é uma pessoa física ou jurídica, informou o Ministério dos Direitos do Consumidor em um comunicado nesta segunda-feira (19).
O Ministro dos Direitos do Consumidor, Pablo Bustinduy, disse que o objetivo é acabar com a "falta de controle" e a "ilegalidade" geral no negócio de aluguel de temporada."Chega de desculpas. Chega de proteger aqueles que fazem do direito à moradia um negócio em nosso país", disse ele a jornalistas.
Segundo Bustinduy, o tribunal superior de Madri apoia o pedido de retirada de até 5,8 mil anúncios.
O Airbnb vai recorrer da decisão, disse um porta-voz nesta segunda-feira. A empresa acredita que o ministério não tem autoridade para tomar decisões sobre aluguéis de curto prazo e não forneceu uma lista baseada em evidências de acomodações não conformes. Alguns dos anúncios citados são sazonais não turísticas, disse o porta-voz.
Assim como os conselhos municipais e as autoridades regionais, o governo espanhol lançou uma repressão generalizada aos aluguéis para turismo por meio de sites como Airbnb e Booking.com, que, segundo muitos espanhóis, estão gerando excesso de turismo, reduzindo a oferta de moradias e tornando o aluguel inível para muitos moradores locais.
A moradia tornou-se um grande problema na Espanha, já que a construção não conseguiu acompanhar a demanda desde o estouro de uma bolha imobiliária há mais de 15 anos.
De acordo com dados oficiais, havia cerca de 321 mil casas com licenças de aluguel para férias na Espanha em novembro do ano ado, 15% a mais do que em 2020. Muitas outras operam sem licenças oficiais.
O Ministério dos Direitos do Consumidor abriu uma investigação sobre o Airbnb em dezembro e, em janeiro, o primeiro-ministro Pedro Sanchez lançou um plano para aumentar os impostos sobre a renda de aluguéis de férias.
Em junho do ano ado, o prefeito de Barcelona, Jaume Collboni, tomou a medida mais dura da Espanha até agora, ao ordenar a proibição total dos aluguéis de turismo até 2028.
Outros países europeus, como a Croácia e a Itália, também agiram para desacelerar o negócio de aluguel de temporada.
*Reportagem adicional de Corina Pons
]]>Para especialistas consultados pela Agência Brasil, o peronismo continua vivo, o macrismo está em crise e a disputa pela hegemonia política segue aberta no país.
Com alta abstenção, em torno de 46%, o Pro – partido de Macri – viu seu apoio na capital argentina cair de 49,7% dos votos, em 2023, para 15,9% neste domingo (18).O La Libertad Avanza, de Milei, saiu dos 13,8% na última eleição legislativa da capital para 30,1%. O peronismo de centro-esquerda, ligado aos ex-presidentes Néstor e Cristina Kirchner oscilou para baixo, de 32,3%, em 2023, para 27,4% na votação de ontem.
>> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp
O resultado da eleição em Buenos Aires foi diferente do da votação em Santa Fé, em abril deste ano, quando o partido de Milei ficou em terceiro lugar com 15% dos votos na terceira mais populosa província do país.
O cientista político argentino Leandro Gabiati avalia que o peronismo ficou com o piso tradicional de votos em Buenos Aires, mantendo-se como uma das principais forças políticas do país. Para ele, a novidade foi a derrota da direita de Macri e a vitória da ultradireita de Milei.
“A cidade de Buenos Aires foi o berço político do partido Pro, de Maurício Macri. A partir da capital, a legenda conseguiu se projetar nacionalmente, colocando Macri na Presidência entre 2015 e 2019”, afirmou Gabiati.
Apesar de apoiar a política econômica de Milei, Macri vem se posicionando contra o presidente em questões político-institucionais, sendo um crítico dos métodos do ultradireitista de governar.
O professor de relações internacionais da Universidade de Brasília (UnB), Roberto Goulart Menezes, ponderou que a direita que apoia Macri já está com o governo Milei, que recebeu o apoio do ex-presidente na eleição para a Casa Rosada, em 2023.
“Nenhuma das outras forças políticas conseguiu ficar com metade dos votos, o que demonstra que as hegemonias estão em disputa. Longe de superar a crise, mas mostra que o governo está conseguindo manter a sua base de apoio e ampliar um pouco”, disse.
Para Menezes, a vitória de Milei é parcial, e o peronismo segue vivo. “O peronismo ficou em segundo lugar. Assim, não sofreu uma derrota tão acachapante e ficou perto percentualmente do primeiro colocado, tendo conseguido manter apoio de parcela importante da capital”, destacou.
Para o cientista político Leandro Gabiati, o atual presidente conseguiu nacionalizar a disputa local de Buenos Aires ao colocar como principal líder do partido o porta-voz do governo, Manuel Adorni, que tem forte presença na mídia.
“O movimento de centro-direita liderado por Macri é quem de fato está em crise. Ele deixou de ser referência para a direita mais conservadora e hoje Milei concentra todo esse poder. A partir da Presidência, Milei começa a criar uma estrutura partidária em Buenos Aires”, acrescentou Gabiati.
Os argentinos vão às urnas em 26 de outubro para eleger metade dos deputados federais, assim como um terço do Senado. Gabiati avalia que, apesar do peronismo não estar em crise, como o macrismo, tem tido dificuldades para organizar uma oposição eficiente ao presidente.
“O grande capital político de Milei é o controle da inflação, ainda que a um custo social muito elevado. A oposição ainda está desorganizada e sem uma estratégia correta para concorrer eleitoralmente. O peronismo não está em crise, mas ainda não criou um contraponto competitivo diante do avanço de Millei”, concluiu.
Segundo dados oficiais, a inflação na Argentina caiu de 276% no acumulado de um ano, em maio de 2024, para 47%, em abril de 2025. Em parte, essa queda foi motivada pela recessão econômica registrada no ano ado. Porém, os indicadores econômicos começaram a melhorar entre o final de 2024 e início de 2025.
O professor Roberto Goulart afirma que, devido à política de austeridade de Milei, a oposição peronista poderia ter alcançado melhores resultados.
“A situação econômica permanece grave na Argentina, mas o acordo obtido com o FMI [Fundo Monetário Internacional] de U$ 20 bilhões deu uma folga ao governo e representa que o país está reconquistando parte da credibilidade perdida”, completou.
Em outra eleição regional deste ano na Argentina, o partido de Milei teve desempenho. No dia 14 de abril, a província de Santa Fé, terceira mais populosa da Argentina, deu 14% dos votos ao partido La Libertad Avanza, que ficou apenas na terceira colocação.
O peronismo de centro-esquerda ficou com 15%, mas a vencedora foi a coalizão de centro tradicional ligada ao governador da província, com 34% dos votos.
Segundo o cientista político Leandro Gabiati, há províncias com dinâmica política própria que, algumas vezes, quebra a polarização nacional.
]]>“Várias províncias, que têm partidos ou líderes locais, conseguem quebrar essa polarização. Em Santa Fé, a aliança local acabou quebrando a polarização e houve uma vitória do governador, mas depende do cenário de cada província”, disse.
O ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta segunda-feira (19/05) que foi diagnosticado com um câncer de próstata agressivo. Segundo os exames, a doença apresenta um escore de Gleason 9, o mais alto grau de agressividade, e metástase óssea.
A notícia surge em meio ao tratamento do Rei Charles III contra um câncer cujo tipo não foi divulgado. O monarca britânico foi diagnosticado em fevereiro de 2024, com informações sendo mantidas em sigilo pelo Palácio de Buckingham.
No início do ano, o rei foi hospitalizado devido a uma reação ao tratamento. À época, Joe Biden expressou preocupação e desejou melhoras ao monarca britânico.
"O câncer afeta a todos. Como muitos de vocês, Jill e eu aprendemos que somos mais fortes nos momentos difíceis. Obrigada por nos ajudar com amor e apoio." escreveu Joe Biden.
O diagnóstico de Biden ocorreu na última sexta-feira (16/05), quando sua equipe médica identificou a gravidade da doença. Apesar da agressividade, o câncer é sensível a hormônios, o que pode influenciar nas opções de tratamento.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
]]>O Valencia está exigindo uma "retificação" no documentário da Netflix sobre a trajetória de Vini Jr., alegando imprecisões. O clube espanhol ameaça tomar medidas legais caso suas demandas não sejam atendidas. O documentário aborda a carreira do atacante brasileiro, incluindo os episódios de racismo que ele enfrentou nos últimos anos.
A produção da Netflix, que visa retratar a ascensão de Vini Jr. no futebol, tem gerado controvérsia devido à sua abordagem de incidentes de racismo. O Valencia, em particular, contesta a forma como o clube e seus torcedores são retratados no filme. A equipe jurídica do clube alega que o documentário apresenta uma versão distorcida dos fatos, prejudicando a imagem da instituição.
Até o momento, a Netflix não se manifestou publicamente sobre as exigências do Valencia. A empresa de streaming está avaliando as alegações do clube e considerando possíveis ajustes no documentário. A disputa coloca em xeque a liberdade criativa da produção e levanta questões sobre a responsabilidade na representação de eventos sensíveis.
O caso ocorre em um momento de crescente debate sobre o racismo no futebol e a necessidade de medidas mais eficazes para combater a discriminação. Vini Jr. tem sido uma voz ativa na luta contra o racismo, denunciando publicamente os ataques que sofreu e defendendo a igualdade no esporte. Sua postura tem inspirado outros atletas e personalidades a se posicionarem contra o preconceito.
Enquanto isso, a seleção brasileira se prepara para os próximos desafios sob o comando de Dorival Júnior, com Vini Jr. como um dos principais destaques. O jogador tem demonstrado grande potencial e liderança, buscando contribuir tanto dentro quanto fora de campo.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
]]>Lady Gaga, a estrela pop conhecida por seus hits e performances icônicas, fará uma apresentação especial no "Tudum 2025", evento promovido pela Netflix. O show está agendado para o dia 31 de maio.
O evento, que reúne fãs e celebridades, promete ser um dos maiores do ano, com a presença da cantora que arrasta multidões por onde a. A performance de Lady Gaga é aguardada com grande expectativa.
Os fãs brasileiros podem esperar um show memorável, com os maiores sucessos da artista e possivelmente algumas surpresas. A cantora já demonstrou seu carinho pelo público do Brasil em diversas ocasiões.
O evento "Tudum 2025" será realizado em São Paulo, com a presença de diversas celebridades, proporcionando um dia inteiro de conteúdos exclusivos e muita interatividade com o público.
A expectativa é que a apresentação impulsione ainda mais a popularidade do serviço de streaming no Brasil, repetindo o sucesso de outros eventos semelhantes realizados em outros países.
A escolha de Lady Gaga para o evento reforça o compromisso da empresa em oferecer atrações de alto nível para seus s, consolidando sua posição no mercado de entretenimento. Enquanto isso, a esquerda do país, sempre ávida por palanques, comemora a vinda da cantora ao Brasil como se fosse a salvação da lavoura.
Os iradores da cantora e usuários da plataforma já estão ansiosos para o dia 31 de maio, marcando presença nas redes sociais e nos canais oficiais do evento para garantir que não vão perder nenhum detalhe desta apresentação que promete ser inesquecível. Resta saber se o evento terá a mesma segurança jurídica que os conservadores e apoiadores de Bolsonaro não tiveram nos últimos anos.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
]]>