Eita Saudade do Piauí! 8723v Portal O Piauí /blog/eitasaudadedopiaui Blog Eita Saudade do Piauí! no site Portal O Piauí /blog/eitasaudadedopiaui /hf-conteudo/s/layout/blog_17_515b4c.jpg Eita Saudade do Piauí! 8723v Portal O Piauí pt-BR HOTFIX PRESS hourly 1 Copyright 2025 portalopiaui.piauiconectado.com http://press.hotfix.com.br/ Arqueóloga piauiense do Centro Nacional de Arqueologia 5fd6z em Brasília, fala sobre qual a maior saudade que sente do Piauí /blog/eitasaudadedopiaui/43-arqueologa-piauiense-do-centro-nacional-de-arqueologia-em-brasilia-fala-sobre-qual-a-maior-saudade-q.html <![CDATA[Eita Saudade do Piauí!]]> /blog/eitasaudadedopiaui/43-arqueologa-piauiense-do-centro-nacional-de-arqueologia-em-brasilia-fala-sobre-qual-a-maior-saudade-q.html Mon, 22 May 2023 05:33:49 -03 <![CDATA[<div class="materia"><p><span style="font-size: 18px;">?</span><b><span style="font-size: 18px;">A emoção &eacute; uma marca registrada do projeto EITA SAUDADE DO PIAUÍ criado pelo portal. Desta vez, &eacute; o depoimento da piauiense Dinoelly Soares Alves, de 32 anos, que traz este sentimento tão nosso, do povo do Piauí. Somos emotivos por natureza. Porque não?</span></b><br></p><p>Pois bem! Ao ler o depoimento da Dinoelly, o leitor será levado a muitas emoções, a mem&oacute;rias e a coisas boas do nosso Estado.</p><p>Ela &eacute; uma piauiense da gema. Não esquece suas raízes. Quando fez concurso e escolheu Brasília para morar e trabalhar, tomou uma decisão de cunho estrat&eacute;gico do ponto de vista familiar. Queria uma cidade que fosse fácil visitar sua terra natal e sua família no Parque Piauí, Zona Sul de Teresina.</p><p>Hoje, Dinoelly trabalha no Centro Nacional de Arqueologia do Instituto do Patrim&ocirc;nio Hist&oacute;rico e Artístico Nacional, em Brasília. &Eacute; arque&oacute;loga formada pela Universidade Federal do Piauí. E mestre em Antropologia e Arqueologia tamb&eacute;m pela Universidade Federal do Piauí(UFPI).</p><p>"Lembro que no concurso eu escolhi Brasília por ter uma ponte a&eacute;rea direta para Teresina, desde sempre pensei na logística para estar "perto" de casa e da minha família." Que dica de eio ela daria a algu&eacute;m que vem pela primeira vez ao Piauí? <u>Para saber isso e muito mais, c</u><u>onfira a entrevista que está excelente. Emoção do início ao fim!</u></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2022/05/5523_3aadf015bd01302534725e6ad834d899.41"><b>A foto da Dinoelly que durante visita &agrave; Serra da Capivara tem a ver com a dica que dá a quem vem ao Piauí pela primeira vez</b><br></p><p><span style="color: rgb(0, 0, 255); font-weight: bold;"><span style="font-size: 18px;">Qual sua maior saudade do Piauí?</span><u></u></span></p><p>Minha maior saudade do Piauí, mais precisamente de Teresina, &eacute; a saudade de casa, da rotina que eu tinha na cidade, com a cidade, com as pessoas. Com a proximidade em que as relações acontecem e se firmam, com a naturalidade de se tornar íntimo de qualquer desconhecido, com a falta de pressa em ar o troco (talvez disso eu não tenha tanta saudade).<u></u><u></u></p><p>Eu sinto saudade do conforto que &eacute; estar onde conheço bem. Eu sempre fui meio desorientada em termos de direção, dirijo muito bem, mas sou desorientada, então, uma das coisas que eu lembro &eacute; da confiança em dirigir em qualquer lugar de Teresina, e caso eu me perdesse era s&oacute; ir em direção ao Rio Parnaíba, pegar a Avenida Maranhão at&eacute; o Saci e chegar ao Parque Piauí, onde vivi a vida inteira. Hoje a cidade tá diferente, sem GPS eu s&oacute; chego at&eacute; o mercado do parque.<u></u><u></u></p><p>A maioria dos meus amigos de fora de Teresina foram crianças que cresceram em apartamentos, que brincavam nos pilotis, no playground do pr&eacute;dio "empinando pipa no ventilador". Então, uma das saudades que gosto de compartilhar são as mem&oacute;rias de uma infância em uma capital que ainda era considerada pequena, uma infância com brincadeiras na rua, uma rua repleta de casas, antes do "boom" da verticalização da nossa capital.<u></u><u></u></p><p>Eu não consigo contar quantas vezes arranquei o tampo do dedão do p&eacute; porque jogava futebol no calçamento da rua, dividia o quintal com metade do bairro para brincar, madrugava em ensaios de quadrilha de festa junina do col&eacute;gio, do bairro, da rua, da família. Tenho lembranças fortes da &eacute;poca em que ajudava enfeitar a quadra com bandeirinhas de seda para a Copa do Mundo (quando o verde e amarelo ainda era algo possível). Lembro de ver as pipas no c&eacute;u de junho com a seda que sobrava das bandeirinhas - eu já falei que junho &eacute; meu mês preferido? Pois &eacute;. Vem a lembrança do creme de galinha e absolutamente de todas as festas, ocasiões e ajuntamentos sociais, at&eacute; hoje &eacute; minha comida preferida. E acreditem! Creme de galinha s&oacute; existe no Piauí!<u></u><u></u></p><p>De Teresina eu tenho saudades da rotina, do que acontecia por perto, de como a gente ia vivendo sem pretensão de que essa vida poderia deixar saudade. No fim das contas, a saudade &eacute; do simples, do &oacute;bvio.<u></u><u></u></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2022/05/5523_44480250cd3e7d754862659dd354ed84.59"><br></p><p><span style="color: rgb(0, 0, 255); font-size: 18px; font-weight: bold;">Se você pudesse, neste momento, estar em algum "canto" do Piauí, qual seria?</span><u></u></p><p>Estou relutante em responder algo extremamente particular sobre isso, mas o que vem a minha cabeça, ainda mais pensando em "canto", &eacute; um c&ocirc;modo da minha casa que chamamos de "beco", e o beco &eacute; provavelmente o lugar mais habitado pela família e amigos, &eacute; a nossa sala de estar. Mas ok! Vou tentar ampliar melhor essa referência.<u></u><u></u></p><p>A gente sempre acha que a nossa &eacute;poca foi a melhor de todas. &Eacute; uma tendência saudosista e fácil de ter. Eu não julgo quem tem. Para mim, a "era de ouro teresinense" começou por volta de 2007, e "na minha &eacute;poca" a cidade tinha muitas possibilidades culturais. Mas, apesar do gosto meio ecl&eacute;tico para música, os lugares que eu frequentava eram sempre os ditos "alternativos": inferninhos de rock, quintais comprometedores, trilhos de trem, galpões da ferrovia e casas abandonadas. As bandas misturavam rock progressivo com forr&oacute;, os vocalistas ainda cantavam com a voz para fora, bandas cover vendiam mais que a original, e sempre dava para encontrar todos os ex-namorados e namoradas na mesma rodinha de conversa. Parece ca&oacute;tico, mas era bom (essa última parte ainda deve acontecer). Mas, o que vinha antes e depois de cada um desses lugares? O beco. Sempre o beco. Era o esquenta e o <i>after</i> (antes de existir "<i>after</i>").<u></u><u></u></p><p>Cabe dizer que o beco &eacute; um corredor da casa que dá o &agrave; distribuidora de bebidas dos meus pais, logo, fica entendido que eu sempre tive muitos amigos e que eles costumavam não ir embora. Por sorte, isso nunca foi um problema na minha casa, e no beco, eu pude, inúmeras vezes, reunir as pessoas mais importantes da minha vida. &Eacute; certo que metade da população teresinense já ou por lá, mas, se você voltou mais de uma vez, significa que você foi importante.<u></u><u></u></p><p>O beco já viu de um tudo: começo de amores, ensaio de desamores, DR familiares e amorosas, despedidas, reencontros, serenatas, batucadas, buchadas, sarapat&eacute;is, Torquatos, filhos e netos, repentes, hist&oacute;rias, lágrimas, cervejas, campares, cajuínas, festas, colos, mormaços, coriscos, chapadas, chapados, bêbados, baiões... de dois... de três, Marias, as Quatro Marias, mães, gentes... gentes de todos os tipos de gente.<u></u><u></u></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2022/05/5523_69d2423fff34c8359a96d2b00b8635a5.41"><br></p><p><span style="font-size: 18px; color: rgb(0, 0, 255); font-weight: bold;">Que dica de eio você daria a algu&eacute;m que vem pela primeira vez ao Piauí?</span></p><p>Não vou negar minha formação, &eacute; claro que eu indicaria, como, aliás, sempre indico, o Parque Nacional da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato e Coronel Jos&eacute; Dias. O parque &eacute; único, &eacute; uma experiência que se vive em poucos lugares, vai al&eacute;m do seu prop&oacute;sito científico e possibilita boas ligações, seja com a natureza, com as pessoas que fazem o local, seja com o ado mais distante representado pela estrutura do parque e dos sítios arqueol&oacute;gicos, o que garante um turismo de altíssima qualidade. A pr&oacute;pria cidade de São Raimundo &eacute; muito acolhedora, eu tenho &oacute;timas mem&oacute;rias com a cidade em diversos momentos da minha vida.<u></u><u></u></p><p>Tamb&eacute;m gosto muito do nosso litoral minimalista, dá para fazer em 12 braçadas e a água &eacute; morninha. &Eacute; lindo!<u></u><u></u></p><p><span style="font-size: 18px; color: rgb(0, 0, 255); font-weight: bold;">Que coisas do Piauí você não trocaria jamais?</span></p><p>Não trocaria nossa hist&oacute;ria, a forma como chegamos aqui. &Eacute; &oacute;bvio que poderia ser uma hist&oacute;ria socialmente menos dolorosa, politicamente mais digna. E claro, poderíamos não ter sido o estere&oacute;tipo de mis&eacute;ria no Brasil. De todo modo, acho que o Piauí tem uma hist&oacute;ria muito bonita, e em muitos aspectos com escolhas e rumos que nos diferenciam de outros lugares.<u></u><u></u></p><p>Há várias coisas do Piauí que eu não troquei e não trocaria. Tento ter um pouco sempre por perto, al&eacute;m do que já carrego em mim. Minha casa tem muito do estado, tenho apego a coisas que nem são dignas das melhores decorações, mas seguem lá, na estante.<u></u><u></u></p><p>Teresina tem um tipo de boteco que eu gosto muito: o chão batido, um cajueiro dando sombra, cerveja gelada em um isopor de isopor, p&ocirc;r do sol entrando em algum rio, um reggae local tocando na rádio enquanto a gente reclama do calor? esse boteco eu não troco jamais; e não &eacute; fácil de achar, viu?<u></u><u></u></p><p><span style="font-size: 18px; color: rgb(0, 0, 255); font-weight: bold;">O que levou você a morar em outro lugar?</span><br></p><p>Em 2015, eu ei em um concurso público para minha área de formação, arqueologia, e desde então moro em Brasília. Mas, antes disso, eu tive algumas oportunidades de trabalho no Piauí. O estado tem campo de trabalho para arqueologia e foi importante para o meu início profissional. Lembro que no concurso eu escolhi Brasília por ter uma ponte a&eacute;rea direta para Teresina, desde sempre pensei na logística para estar "perto" de casa e da minha família.<u></u><u></u></p><p>&Eacute; engraçado pensar que eu conheço e tenho muitos amigos que sempre quiseram sair de Teresina, ir para uma cidade maior e que não fosse tão "provinciana" em alguns aspectos. Quanto a mim, não tinha a menor vontade de sair de Teresina. Eu reconhecia as críticas, mas tudo bem, fazia parte e eu queria continuar ali. Sair de casa foi algo zero planejado, inesperado e rápido, quando eu vi estava de mala e cuia no aeroporto protelando entrar no avião. Eu já trabalhava viajando, mas sair definitivamente de Teresina foi algo doloroso, nunca foi um plano.<u></u><u></u></p><p>Minha dica para quem quer sair do Piauí &eacute;: "não pensem em sair do Piauí", rs. Quando você menos esperar estará procurando uma quitinete enquanto lida com epis&oacute;dios da vida adulta. Você vai chorar em algum ponto de &ocirc;nibus em um outubro chuvoso, torcendo para encontrar um parente ou um conhecido, e quando não encontrar, vai sentir saudade de Teresina, rs. Mas &eacute; isso! &Eacute; a vida!<u></u><u></u></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2022/05/5523_a49caa3955425185b74f07ac3a18b120.35"><br></p><p><span style="font-size: 18px; font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 255);">Qual sua percepção sobre o povo piauiense?</span></p><p>Falar do povo piauiense &eacute;, sobretudo, falar de mim. Eu me orgulho muito das características culturais que carrego: o sotaque que ainda canta, o chiado antes do "T", as expressões que causam curiosidades, referências particulares que obviamente cada lugar possui, mas, que eu tenho muito carinho daquelas que carrego; do lugar de onde vim.<u></u><u></u></p><p>Há alguns entendimentos unânimes sobre n&oacute;s, de modo geral, coisas boas. O piauiense &eacute; um povo aberto, puxador de assunto, caçador de conversa. Tenho lembranças de muitas amizades que fiz s&oacute; porque tocou uma música boa no bar e eu saí brindando com metade das mesas, alguns desses estranhos são meus amigos at&eacute; hoje, os que não perduraram, contribuíram para uma boa noitada e já estava &oacute;timo.<u></u><u></u></p><p>Mas tem uma parte nossa, não tão exuberante, que eu nunca deixei de pensar. Eu acho que o piauiense, por muito tempo, foi carente de uma representação positiva em larga escala. Não por falta de talento, claro, mas talvez por falta de incentivo, oportunidade ou autoestima. N&oacute;s fomos, reiteradas vezes, carimbados como referência de algo menor, pobre, de baixa relevância para o contexto nacional, e &eacute; inevitável que isso afete nossa identidade, nossa postura.<u></u><u></u></p><p>Em termos culturais, por exemplo, o pr&oacute;prio Torquato Neto, nossa maior referência no audiovisual, na literatura e na música, era um artista de "bastidor", não tinha a cara estampada na cultura de massa, não subia no palco. Certamente muitos piauienses não sabem que cantam músicas compostas por Torquato, que são interpretadas por cantores famosos. Pode parecer bobo, mas eu sempre senti essa ausência de referências culturais em larga escala, principalmente quando eu saí de Teresina. A falta de referência te coloca em um não-lugar.<u></u><u></u></p><p>Hoje a coisa mudou, sobretudo por conta das redes e mídias sociais. Mesmo em Brasília, eu estou sempre descobrindo bandas novas de Teresina, sempre mando para os conterrâneos que moram em outros estados. Vejo produções de altíssima qualidade, amigos que estão tocando a carreira com mais afinco, o surgimento dos influencers, e, claro, não dá para não mencionar o absolutismo do Whinderson Nunes. O Piauí demora, mas quando cria, cria monstros, rs. Acho que a tendência agora &eacute; deslanchar, girar a chave da autoestima e das referências. São outros e necessários tempos.<u></u><u></u></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2022/05/5523_777b699d9b10f0f7bd62c2d16729cbc4.35"><br></p><p><span style="font-size: 18px; color: rgb(0, 0, 255); font-weight: bold;">Pretende voltar a morar no Piauí ou vem mesmo s&oacute; a eio?</span></p><p>Por enquanto não tenho expectativa de voltar, muito por conta do trabalho e da burocracia para transferir de um local para outro, mas, a ideia de voltar para Teresina &eacute; uma ideia que me agrada. Enquanto isso, eu sigo indo a eio, tento manter alguma regularidade por conta da saudade de casa e da família, mas os anos de pandemia e agora os altos preços de agens tem atrapalhado um pouco a frequência.<u></u><u></u></p><p><span style="color: rgb(0, 0, 255); font-weight: bold;"><span style="font-size: 18px;">O que &eacute; o Piauí para você?</span><br></span></p><p><span style="color: rgb(0, 0, 255); font-weight: bold;"><u></u></span></p><p>O Piauí para mim &eacute; origem, casa, saudade, retorno. Estrada. Meu pai foi caminhoneiro por alguns anos, então, eu sempre ouvi e várias vezes vivi hist&oacute;rias ao longo das andanças no estado. Em uma de suas viagens, ele me levou de caminhão de Teresina a Floriano, mais de 500 quil&ocirc;metros de ida e volta. &Eacute;ramos eu, ele, uma mamadeira de leite e muitos potes de seriguelas da árvore em que minha rede estava armada enquanto o caminhão era recarregado. Quando ando nas estradas do Piauí, gosto de pensar que todos os postes de luz das pequenas cidades foram colocados pelo meu pai, quando ele atravessou o estado levando o posteamento para o interior.<u></u><u></u></p><p>Quando me tornei arque&oacute;loga, pegar a estrada era algo corriqueiro, a profissão raramente sobrevive sem deslocamento, sem estrada. Com isso tive a oportunidade de conhecer muitas cidades, povoados, localidades pequeníssimas e muitas vezes carentes. O Piauí, como boa parte do Nordeste, tem uma longa hist&oacute;ria de descaso político que s&oacute; recentemente foi amenizada, ainda assim, sempre houve uma rede armada, um dedo de prosa, uma criança correndo para ver o comboio das caminhonetes, uma sombra de umbuzeiro, um gibão cortando a mata cinzenta. O Piauí para mim &eacute; isso, &eacute; gente dentro de paisagem, ambos resistindo a aridez do tempo.<u></u><u></u></p><p><u></u><u></u></p><p><span style="color: rgb(0, 0, 255); font-size: 18px; font-weight: bold;">Hoje, como &eacute; sua vida fora do Piauí?</span><u></u><u></u></p><p>Como arque&oacute;loga, que contribuição você pode dar ao Piauí, já que &eacute; o berço do homem americano e que ainda tem muito o que descobrir nesta área?<u></u></p><p><u></u></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2022/05/5523_cba21661b6de413898506329e83a9620.59"><u></u></p><p><span style="color: rgb(0, 0, 255); font-size: 18px; font-weight: bold;">Como &eacute; sua vida fora do Piauí?</span><u></u></p><p>Em Brasília eu moro sozinha, &eacute;, na verdade, uma rotina bem diferente da que eu tinha em Teresina, com a casa sempre cheia, apesar da família pequena. Brasília não &eacute; uma cidade fácil, seja pela pr&oacute;pria disposição da cidade, seja pela fama de ser "fria" e pouco sociável. Pessoalmente eu nunca senti isso, em pouco tempo eu já gostava da cidade e, para minha sorte, encontrei bons amigos com quem construí relações de afeto, o que minimiza algumas ausências familiares. A cidade &eacute; uma confluência de pessoas que chegaram e chegam por motivações diversas, acho que isso cria um pertencimento, um ponto em comum.<u></u><u></u></p><p>Eu vim a Brasília para trabalhar, para assumir um concurso, que, diga-se de agem, &eacute; um clichê da capital. Então, pela rotina do dia a dia, sempre usei o ambiente de trabalho para socializar e gastar a energia, sei que &agrave;s vezes ningu&eacute;m me aguenta com tanta falação!<u></u><u></u></p><p>No fim de semana eu costumo sair algum dia, mas nunca fui muito de balada, sou mais do boteco. Tamb&eacute;m gosto muito de fazer coisas em casa, receber amigos etc. Ultimamente eu tenho tentado manter uma rotina de andar de bicicleta, a cidade &eacute; bem propícia a isso, e o clima tamb&eacute;m.<u></u><u></u></p><p>Ao mesmo tempo que gosto de estar entre amigos, estar sozinha nunca foi uma questão, eu gosto da minha companhia (e dos meus gatos), tenho alguns rituais caseiros que já são tradição e não abro mão.<u></u><u></u></p><p>Eu ei parte da pandemia sozinha em Brasília, foi quando percebi que estar sozinha s&oacute; &eacute; bom quando &eacute; uma opção, ou quando você tem controle do tempo em que estará s&oacute;. Eu consegui dar conta da maior parte do tempo, mas, em algum momento eu comecei a sentir falta de ter gente em casa. A solidão não &eacute; &oacute;bvia, ela te pega sem muito contexto, &agrave;s vezes &eacute; no corredor da casa enquanto está indo tomar água.</p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2022/05/5525_13698be077ca3a10b403e359ebdc0a5e.jpg"><br><u></u><u></u></p><p><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 255);"><span style="font-size: 18px;">Como arque&oacute;loga, que contribuição você pode dar ao Piauí, já que &eacute; o berço do homem americano e que ainda tem muito o descobrir nesta área?</span><u></u><u></u></span></p><p>Eu devo muito &agrave; Serra da Capivara na minha formação, estagiei algumas vezes enquanto estudante e voltei outras vezes enquanto profissional, esses fechamentos de ciclos são importantes. O trabalho que &eacute; feito na Serra &eacute; referência na arqueologia dentro e fora do país.<u></u><u></u></p><p>Tanto o meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), como minha dissertação de mestrado tiveram como objetos de pesquisa o Piauí. No primeiro eu trabalhei arqueologia e mem&oacute;ria com o grupo indígena Cariris, de Queimada Nova/PI. Depois, ainda com mem&oacute;ria (arqueologia pública), escrevi sobre a relação da col&ocirc;nia de pescadores de Cajueiro da Praia/PI com os sítios arqueol&oacute;gicos da localidade. Foram experiências &oacute;timas, eu gosto da arqueologia que tem gente viva.<u></u><u></u></p><p></p><p></p><p></p><p>Hoje eu sou servidora do Iphan, que &eacute; o &oacute;rgão que cuida do patrim&ocirc;nio cultural brasileiro, incluindo o patrim&ocirc;nio arqueol&oacute;gico. Então, eu gosto de pensar que de alguma forma estou contribuindo para a gestão e proteção da arqueologia, e claro, a arqueologia do estado do Piauí, que &eacute; um importante referencial de pesquisas, inclusive com datações bem recuadas, contando com os sítios mais antigos do país. E os mais bonitos tamb&eacute;m. </p></div>]]> <![CDATA[&lt;div class=&quot;materia&quot;&gt;&lt;p&gt;&lt;span style=&quot;font-size: 18px;&quot;&gt;?&lt;/span&gt;&lt;b&gt;&lt;span style=&quot;font-size: 18px;&quot;&gt;A emo&ccedil;&atilde;o &amp;eacute; uma marca registrada do projeto EITA SAUDADE DO PIAU&Iacute; criado pelo portal. Desta vez, &amp;eacute; o depoimento da piauiense Dinoelly Soares Alves, de 32 anos, que traz este sentimento t&atilde;o...]]> <![CDATA[Dinoelly Alves px61 a piauiense que mora em Brasília, dá depoimento emocionante]]> JORGE MELLO 393d4g PIAUIENSE E EX-PARCEIRO DO BELCHIOR, FALA SOBRE A MAIOR SAUDADE QUE SENTE DO PIAUÍ /blog/eitasaudadedopiaui/40-jorge-mello-piauiense-e-ex-parceiro-do-belchior-fala-sobre-a-maior-saudade-que-sente-do-piaui.html <![CDATA[Eita Saudade do Piauí!]]> /blog/eitasaudadedopiaui/40-jorge-mello-piauiense-e-ex-parceiro-do-belchior-fala-sobre-a-maior-saudade-que-sente-do-piaui.html Mon, 27 Dec 2021 08:13:50 -03 <![CDATA[<p><span style="font-size: 18px;">Natural de Piripiri, o cantor, compositor, instrumentista, maestro e advogado Jorge Mello, que foi s&oacute;cio e principal parceiro do Belchior, mora hoje em um sítio no município de Embu-Guaçu, interior de São Paulo. Um verdadeiro paraíso entre lagos e a atmosfera da Serra do Mar. </span></p><p><span style="font-size: 18px;">No local, planta boa parte do que ele e sua esposa, Teca Melo, consomem. Convive em harmonia com a natureza. Sua casa vive cheia de animais selvagens, como quatis e macacos-guaribas, já que a residência fica no meio do mato e não tem muro de proteção. Alguns dormem sobre o teto de seu carro e outros assistem TV junto com ele na sala. </span></p><p><span style="font-size: 18px;">Direto desse paraíso, Jorge concedeu a entrevista ao projeto <b>Eita Saudade do Piauí!</b> e revelou qual a maior saudade que sente de sua terra. Disse que tem saudade do Açude Caldeirão, de ficar matutando com os amigos de Piripiri, da comida típica e das pescarias nos rios. </span></p><p><span style="font-size: 18px;">Disse que já adotou o local onde mora como seu Piauí, mas enfatiza que tem raízes profundas na terra natal, fazendo referência a um bilhete que recebeu das mãos de seu pai quando estava indo embora para Fortaleza com 15 anos de idade.</span></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/12/2314_a8e76bde7e19b87275489d59d73bc484.jpg" style="width: 100%;"><span style="font-size: 18px;"><br></span></p><p><span style="font-size: 18px;"> </span></p><p><span style="font-size: 18px;"><b>Jorge Mello e Belchior, quando estiveram em Teresina</b></span></p><p><span style="font-size: 18px;"><br></span></p><p><span style="font-size: 18px;">O pai pediu para que s&oacute; abrisse o bilhete quando parasse em algum lugar. Lá estava escrito: </span><b style="font-size: 18px;">"Meu filho Jorge, não esqueça nunca tua terra, tua gente, e seja bom"</b><span style="font-size: 18px;">. Ele carrega a mensagem at&eacute; hoje na bagagem, na contracapa de álbum premiado, e na maneira de encarar a vida.</span><br></p><p><span style="font-size: 18px;">A hist&oacute;ria do Jorge Mello se confunde com a de muitos garotos do Nordeste que começaram a trabalhar cedo e tiveram uma infância rica e cheia de incentivos para que pudessem andar com as pr&oacute;prias pernas. Confira, então, a entrevista. &Eacute; emoção, do início ao fim!</span></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/12/2314_3ad0426d273a8b2a6978d8e2fe8cd37f.17" style="width: 701px;"><span style="font-size: 18px;"><br></span></p><p><span style="font-size: 18px;"> </span></p><p><span style="font-size: 18px;"> </span></p><p><b><span style="font-size: 18px;"><span style="font-size: 24px; color: rgb(0, 0, 255);">Qual sua maior saudade do Piauí?</span> </span></b></p><p><span style="font-size: 18px;">A maior saudade do Piauí que sinto &eacute; das pessoas e, tamb&eacute;m, dos lugares que fazem parte da minha mem&oacute;ria infantil. O Açude Caldeirão, rio dos Matos, onde eu pescava e tomava banho. Eu e papai íamos para a beira do rio pescar a noite inteira. Era uma aventura, brincar como todo moleque. Outra grande saudade que tenho &eacute; da bodega do meu papai, na Praça do Mercado. </span></p><p><span style="font-size: 18px;">Eu era aquele menino que, desde os quatro anos de idade, já trabalhava na bodega, o que foi muito bom para a minha música, pois o papai vendia instrumentos musicais e quando ele saía, eu ficava tocando sanfona. Era um violãozinho ali, uma sanfona aqui e um bandolim acolá. Virei músico porque o papai tinha a bodega que vendia os instrumentos musicais. </span></p><p><span style="font-size: 18px;">Levava essa vida, at&eacute; que um dia, eu, com oito anos, ei a ser um demonstrador. O papai falou: não trabalhe mais atrás de balcão não, meu filho. Bote esse tamborete lá fora e chame a freguesia, tocando. </span></p><p><span style="font-size: 18px;">Aí, eu ia lá e tocava das seis e meia da manhã at&eacute; &agrave;s cinco da tarde, concorrendo com os vendedores de cordel, com um monte de gente chegando e saindo, aqueles &ocirc;nibus, caminhões; e eu naquele tamborete o dia inteiro tocando sanfona, at&eacute; ir embora. Depois disso, fui embora muito cedo, buscando força e futuro para a minha música.</span></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/12/2314_3fe65621068ff50e20e947916b5c4c0b.13" style="width: 100%;"><span style="font-size: 18px;"><br></span></p><p><span style="font-size: 18px;"> </span></p><p><span style="font-size: 18px;"> </span></p><p><span style="font-size: 18px;"><span style="font-size: 24px; color: rgb(0, 0, 255); font-weight: bold;">Você pretende voltar a morar no Piauí ou s&oacute; virá a eio?</span> </span></p><p><span style="font-size: 18px;">Não! Eu voltarei sempre como visitante, como uma pessoa que vem para rever amigos, para mostrar a música e divulgar meu material. Eu já encontrei a minha paz aqui no mato onde moro, no interior de São Paulo. Já tenho isso aqui, desde 2004.</span></p><p><span style="font-size: 18px;"> Convivo com os animais selvagens o dia inteiro. Eles entram em casa e sentam comigo na frente da TV. Minha casa não tem muro, não tem cerca, &eacute; s&oacute; a mata e a casa. Aí vêm muitos quatis, jacus. Chegam bandos de 20 a 30 jacus. Nossa! Hoje, chegou uma tropa de macacos. Tem uns pequenos que vêm para comer minhas bananas. </span></p><p><span style="font-size: 18px;">O maiorzinho, que &eacute; conhecido como Guaribas aí no Piauí, aqui a gente chama de Bugio. O bugio dorme em cima do meu carro. Eles sobem e se abraçam uns aos outros e dormem. Têm muitos lagartos. Aqui atrás do meu acervo há lagartos de um metro e pouco. </span></p><p><span style="font-size: 18px;">Então, eu digo que já me aquietei por aqui. Aqui será o meu Piauí! Trabalhar, sim, eu vou, tantos shows apareçam que irei ao Piauí. A verdade &eacute; que aqui encontrei a paz. &Eacute; onde planto tudo que como. Não como enlatados há muitos anos. Planto e colho a berinjela, a macaxeira, o tomate, o pimentão e as verduras.</span></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/12/2314_44e7701948c59bf8c5c7510b4484d293.17" style="width: 100%;"><span style="font-size: 18px;"><br></span></p><p><span style="font-size: 18px;"> </span></p><p><span style="font-size: 18px;"> </span></p><p><b><span style="font-size: 18px;"><span style="font-size: 24px; color: rgb(0, 0, 255);">Você tem uma hist&oacute;ria interessante envolvendo seu pai sobre o dia em que foi embora para Fortaleza. &Eacute; uma hist&oacute;ria de muito significado em sua vida e para a relação com sua terra. O que o Piauí representa para você?</span> </span></b></p><p><span style="font-size: 18px;">Bem, toda minha obra revela isso. Em 1976, eu recebi o prêmio de melhor disco do ano, no mesmo ano em que Belchior fez a música "Alucinação". O prêmio foi meu e de toda imprensa, dentre eles, o jornal O Pasquim, Estadão. O Belchior foi o cantor revelação do ano, o que significa um título maravilhoso. </span></p><p><span style="font-size: 18px;">O meu prêmio foi pelo melhor álbum do ano da revista Homem, da revista Amiga. Na contracapa desse disco tem um recado de meu pai para mim lá em Piripiri. O recado foi dado quando eu saí de Teresina e fui embora para Fortaleza, ando por Piripiri para avisar ao meu pai. </span></p><p><span style="font-size: 18px;">Eu tinha entre 14 e 15 anos de idade e falei: pai, estou indo embora para Fortaleza. Aí, ele disse: mas meu filho, você já saiu daqui para Teresina, e nesse tempo todo lá, você já quer se afastar mais da sua família?. Respondi a ele que estava indo em busca do meu caminho. E fui. Entrei na universidade, virei artista. </span></p><p><span style="font-size: 18px;">Naquele dia, meu pai colocou em minha mão um bilhete, e pediu para que eu não o lesse em sua presença, mas sim, quando eu parasse em algum lugar. Fui para Fortaleza, o bilhetinho enrolado, at&eacute; que eu desenrolei o cordãozinho, e nele estava escrito: "Meu filho Jorge, não esqueça nunca tua terra, tua gente, e seja bom". Que coisa incrível!</span></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/12/2314_5a71b09aa689161dc143e6216ca9216e.00" style="width: 100%;"><span style="font-size: 18px;"><br></span></p><p><span style="font-size: 18px;"> </span></p><p><span style="font-size: 18px;">Nesse meu álbum, dezenas de palavras que fazem parte das composições são sobre minha terra. "Trovão", "Novena", "Velho Vadio" e "A Chuva". Eu faço isso nas minhas obras sempre. Curtindo e reforçando essa saudade. No meu LP seguinte, uma das músicas chama-se "Moda Nova", que o refrão &eacute; "...no troca-troca lá de Teresina...". Eu morava na Casa dos Estudantes, aos 14 anos, quando vi os barcos embaixo da ponte Metálica. </span></p><p><span style="font-size: 18px;">Com isso veio a inspiração para escrever a música "Marinheiro", que trata sobre os navios do rio Parnaíba: "...foi no olhar da ponte que eu sonhei / e vi a cor barrenta da água do rio / at&eacute; parece estrada de piçarra e barro / que em lugar de carro / s&oacute; se vê navio...". Tem tamb&eacute;m as músicas "Embolada" e "o da Ema". Por isso, digo que as minhas obras revelam meu respeito e minha imensa saudade do Piauí. </span></p><p><span style="font-size: 18px;">Eu procuro cumprir o conselho do meu pai, seu Raimundo Borges, de nunca esquecer minha terra, minha gente, e de ser bom. </span></p><p><span style="font-size: 18px;"> </span></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/12/2314_c2bf56ccdd390de3b078ce7d8cea4484.13" style="width: 100%;"><b><span style="font-size: 24px;"><br></span></b></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/12/2314_c035a6fee9976ca98568c20568d09e43.50" style="width: 100%;"><b><span style="font-size: 24px;"><br></span></b></p><p><b><span style="font-size: 24px; color: rgb(0, 0, 255);">Tem outra saudade do Piauí que &eacute; marcante para você? A culinária do Piauí, por exemplo, ainda lhe cativa?</span></b><br></p><p><span style="font-size: 18px;">Outra grande revelação em relação ao Piauí &eacute; o est&ocirc;mago, o sabor, a comida. Eu não consigo comer as comidas daqui. Pizza, por exemplo, que &eacute; muito consumida em São Paulo, não &eacute; comigo. Por isso eu tenho meu sítio. Planto macaxeira, tomate, e tudo o que eu comia lá em Piripiri tirado do quintal da mamãe e do papai. Aqui tenho p&eacute; de Carambola e p&eacute; de Bacuri. </span></p><p><span style="font-size: 18px;">Quando vou &agrave; minha cidade, pego sementes, trago e planto aqui. O est&ocirc;mago não se trai, &eacute; sempre a comida da sua terra. Eu adoro ada, adoro carne de sol. Não consigo comer coxinha de frango que vende em bar, que nem frango &eacute;, e sim uma massaroca. Não consigo comer massa, que &eacute; o tipo de comida paulistana mais popular. Não consigo. </span></p><p><span style="font-size: 18px;">Se trouxerem essas comidas aqui para casa, sirvo ao pessoal, peço desculpas e digo que comerei minhas comidas favoritas, que &eacute; bucho, buchada, baião de dois, que eu como todo dia. Adoro p&eacute; de frango, miúdos de todos os animais. O sarapatel do bode ou do boi. &Eacute; isso o meu est&ocirc;mago, ele não se trai. Ele &eacute; da minha terra, sempre. O prazer de comer me acompanha quando tem o cheiro e o gosto do meu Piauí. </span></p><p><span style="font-size: 18px;"> </span></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/12/2314_b704b3e1332b0ebc3d995a358aaab2ed.13" style="width: 100%;"><b><span style="font-size: 24px;"><br></span></b></p><p><b><span style="font-size: 24px; color: rgb(0, 0, 255);">Como se sente no palco quando faz shows no Piauí?</span></b></p><p><span style="font-size: 18px;">Quando me chamam para cantar na região Nordeste e, principalmente no Piauí, em boa parte do meu show eu choro. Estou cantando para minha gente. Independente do local, seja no Theatro 4 de Setembro, Palácio da Música, casas noturnas, ou no Teatro João Cláudio Moreno, em Piripiri, me emociono ao ver minha gente sentada na plateia, e eu mostrando meu trabalho, minha obra, minha poesia e a minha música. </span></p><p><span style="font-size: 18px;">&Eacute; uma saudade imensa. Se eu pudesse, estaria aí todo mês me apresentando, vendo as pessoas, conversando, matutando com o pessoal de rádio, matutando com os amigos e colegas, dos quais eu sei o nome completo de cada um da minha cidade. </span></p><p><span style="font-size: 18px;">Tenho muita saudade do time de futebol 4 de Julho e das brincadeiras. Muitas pessoas da minha terra ficam de longe me olhando, e perguntando se eu lembro quem ele &eacute;. Eu digo: "que &eacute; isso, cara? Lembro sim. Vem cá". Lembro-me de cada um como se fosse hoje, e &eacute; importante lembrar que saí de Piripiri há cerca de 60 anos. </span></p><p><b><span style="font-size: 18px;"> </span></b></p><p><b><span style="font-size: 24px; color: rgb(0, 0, 255);">Tem músicas dedicadas a sua terra?</span></b></p><p><span style="font-size: 18px;"> </span></p><p><span style="font-size: 18px;">Bem, falando de Piripiri, tenho dezenas de músicas gravadas. "Eu amo as noites de Piripiri, de Piripiri, de Piripiri / as tardes quentes de Piripiri, de Piripiri, de Piripiri...". Algumas canções românticas: "Numa cidade do interior", por exemplo, que foi gravada em um dos meus últimos CDs. Então, minha obra inteira &eacute; acompanhando a relação que tenho com o meu ado, minha terra, minha gente, como pediu meu pai. Tenho mais de 300 músicas gravadas, e feitas, mais de 2.000. (Mas esta parte está em outra reportagem)</span></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/12/2314_d1c87b1022837e46b3eea1ec007ed7fa.jpg" style="width: 701px;"><span style="font-size: 18px;"><br></span></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/12/2314_98b90a2547d56e586e513f1db5e0c2b5.17" style="width: 701px;"><span style="font-size: 18px;"><br></span></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/12/2314_01b5cd3a4628250d8538d80c2ce94d7a.17" style="width: 100%;"><span style="font-size: 18px;"><br></span> </p>]]> <![CDATA[&lt;p&gt;&lt;span style=&quot;font-size: 18px;&quot;&gt;Natural de Piripiri, o cantor, compositor, instrumentista, maestro e advogado Jorge Mello, que foi s&amp;oacute;cio e principal parceiro do Belchior, mora hoje em um s&iacute;tio no munic&iacute;pio de Embu-Gua&ccedil;u, interior de S&atilde;o Paulo. Um verdadeiro para&iacute;so entre lagos e a atmosfera da Serra do Mar. &lt;/span&gt;&lt;/p&gt;&lt;p&gt;&lt;span...]]> Estudante piauiense que mora em Roraima diz que a maior saudade é da família e do litoral do Piauí 486o3c /blog/eitasaudadedopiaui/39-estudante-piauiense-que-mora-em-roraima-diz-que-a-maior-saudade-e-da-familia-e-do-litoral-do-piaui.html <![CDATA[Eita Saudade do Piauí!]]> /blog/eitasaudadedopiaui/39-estudante-piauiense-que-mora-em-roraima-diz-que-a-maior-saudade-e-da-familia-e-do-litoral-do-piaui.html Wed, 15 Dec 2021 19:52:18 -03 <![CDATA[<p><span style="font-size: 18px;">Alice Maria &eacute; uma estudante piauiense, 16 anos, que, por conta do trabalho do seu pai, hoje mora em Boa Vista, Roraíma, na região Norte do Brasil. Mas sente aquela saudade do Piauí, de sua culinária, família e, principalmente, do mais lindo litoral do mundo que, para ela, &eacute; o do Piauí. </span></p><p><span style="font-size: 18px;">Se você &eacute; piauiense e, tamb&eacute;m, sente aquela saudade, converse um pouco com o <span style="font-style: italic;">Eita Saudade do Piauí!</span> e venha aquecer o coração conosco e matar um pouco essa saudade arretada!</span><br></p><p><br></p><p><span style="font-size: 24px; color: rgb(0, 0, 255); font-weight: bold;">Qual sua maior saudade do Piauí? </span><br></p><p><span style="font-size: 18px;">A minha maior saudade do Piauí &eacute;, sem dúvida, a que sinto da minha família que ficou em Teresina. Mas eu tamb&eacute;m não poderia deixar de destacar o litoral piauiense, a cultura piauiense que envolve as comidas típicas, o sotaque, as pessoas, os pontos turísticos, tudo o que envolve essa raiz piauiense, que foi o meio em que eu cresci, e que eu não trocaria por nada. Foi onde eu vivi at&eacute; os meus 16 anos de vida. </span><br></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/12/2073_ae462715eb4eb43a47cae3d0ab30a63e.53" style="width: 100%;"><br></p><p><br></p><p><span style="font-size: 24px; color: rgb(0, 0, 255); font-weight: bold;">O que levou você a deixar o Piauí? </span><br></p><p><span style="font-size: 18px;">Bom, o motivo que me levou a morar em outro estado foi por conta do trabalho do meu pai. Ele foi transferido e assim, consequentemente, tivemos que acompanhá-lo para Roraima. </span><br></p><p><br></p><p><span style="font-size: 24px; color: rgb(0, 0, 255); font-weight: bold;">Conte um pouco sobre sua experiência com essa mudança de estado. </span><br></p><p><span style="font-size: 18px;">Minha experiência inicial não foi das melhores, por ter sido muito difícil compreender a ideia de você vir para um lugar onde você não conhece absolutamente nada e nem ningu&eacute;m, numa cultura totalmente diferente da sua. Então, bateu aquele desespero, você fica deprimido, fica mal, mas conforme você vai conhecendo o lugar, os costumes, as pessoas em si, você vai se adaptando e percebendo que o diferente, muitas vezes, nos surpreende, entendeu? </span><br></p><p><span style="font-size: 18px;">&Eacute; a questão de adaptação mesmo. E o local &eacute; muito bom, as pessoas são muito receptivas, a comida aqui &eacute; muito boa, me adaptei muito com essa questão. Os pontos turísticos são lindos. &Eacute; uma cultura muito única, &eacute; uma cultura que você vem e fala: &eacute; região Norte. &Eacute; muito forte a cultura aqui. E por aqui &eacute; tudo muito bonito, tudo muito cuidado, entendeu? Tudo remete &agrave; cultura indígena. Aquela coisa única, sabe? Você vê que faz parte da cultura do seu país. Então, &eacute; sempre bom você estar conhecendo novos lugares para você quebrar aquele desconhecimento existente, consequentemente ficando com receio de conhecer o novo. Mas &eacute; uma das melhores experiências da minha vida estar morando em Roraima. </span><br></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/12/2073_07c47d139bd4a41ec72da2916cf988e7.53" style="width: 100%;"><br></p><p><span style="font-size: 24px; color: rgb(0, 0, 255); font-weight: bold;">Você pretende volta ao Piauí para morar ou vem s&oacute; a eio? </span><br></p><p><span style="font-size: 18px;">Por incrível que pareça, essa questão de voltar a morar no Piauí me deixa muito entre a cruz e a espada, porque eu tenho minha família lá, que eu tanto amo, assim como eu amo o estado em si, mas eu não sei se voltaria. Eu sentia muito a vontade de regressar ao Piauí assim que cheguei a Boa Vista, mas com o tempo, fui percebendo que o melhor para mim &eacute; aqui, por mais que minha família esteja lá. Eu prezo muito pela minha família, e estar perto dela &eacute; super importante. Mas, de verdade, eu prefiro aqui. Eu acho que em Roraima, sou mais feliz. Agora, se eu pudesse, e se a agem não fosse tão cara, visitaria o Piauí todo mês. Pela minha família e pelo litoral mais lindo do mundo que eu amo. </span><br></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/12/2073_4bbaa1376b14edc982aed8e76c05a88a.53" style="width: 100%;"><span style="color: rgb(0, 0, 255); font-weight: bold;"><br></span></p><p><span style="font-size: 24px; color: rgb(0, 0, 255); font-weight: bold;">Fale sobre o Piauí. </span><br></p><p><span style="font-size: 18px;">Meu amor pelo Piauí &eacute; muito grande. Digo com todo orgulho que sou piauiense e amo de paixão esse lugar que nasci e morei at&eacute; os 16 anos; e sempre que puder estarei por lá, revendo e curtindo tudo que adoro na minha terra!</span></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/12/2073_aaa71c97b8813a65d89329709fe94ba4.53" style="width: 100%;"><span style="font-size: 18px;"><br></span></p><p><span style="font-size: 18px;"> </span><br></p>]]> <![CDATA[&lt;p&gt;&lt;span style=&quot;font-size: 18px;&quot;&gt;Alice Maria &amp;eacute; uma estudante piauiense, 16 anos, que, por conta do trabalho do seu pai, hoje mora em Boa Vista, Rora&iacute;ma, na regi&atilde;o Norte do Brasil. Mas sente aquela saudade do Piau&iacute;, de sua culin&aacute;ria, fam&iacute;lia e, principalmente, do mais lindo litoral do mundo que, para ela, &amp;eacute; o do Piau&iacute;....]]> Piauiense que mora em Ribeirão Preto diz que a maior saudade é da liberdade que tinha na sua terra natal fhg /blog/eitasaudadedopiaui/34-piauiense-que-mora-em-ribeirao-preto-diz-que-a-maior-saudade-e-da-liberdade-que-tinha-na-sua-terra-n.html <![CDATA[Eita Saudade do Piauí!]]> /blog/eitasaudadedopiaui/34-piauiense-que-mora-em-ribeirao-preto-diz-que-a-maior-saudade-e-da-liberdade-que-tinha-na-sua-terra-n.html Tue, 30 Nov 2021 07:49:22 -03 <![CDATA[<p><span style="font-size: 18px;">A piauiense Dinailma Oliveira, mais conhecida como Diná, nasceu e viveu a infância e adolescência em Anísio de Abreu. Há 30 anos foi para São Paulo em busca de um tratamento de saúde e terminou se apaixonando pelas terras paulistanas. </span></p><p><span style="font-size: 18px;">Lá, tudo para ela era deslumbrante, as pessoas eram bonitas e havia a hist&oacute;ria de que podiam prosperar e fazer um bom p&eacute;-de-meia. Hoje, ela reside na cidade de Ribeirão Preto, interior paulista, onde mora com as filhas e netas. Mas a saudade do Piauí ainda &eacute; grande.</span></p><p><span style="font-size: 18px;">Na pandemia, Diná se juntou a um grupo de mulheres de Ribeirão Preto em torno de um projeto voluntário. Elas coletam caixas de leite vazias na vizinhança e fazem mantas t&eacute;rmicas para distribuição gratuita entre pessoas em situação de rua que sofrem com o frio.</span></p><p><span style="font-size: 18px;"> </span></p><p><span style="font-size: 18px;">Para fazer uma manta t&eacute;rmica são usadas 18 caixinhas. Seis delas são emendadas, formando três tiras de lâminas costuradas uma na outra. Depois juntam as lâminas na máquina de costura, fazem o acabamento e está pronto para uso.</span></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1618_a22fa47b04fea006a9bfa2cd8a26f01d.jpeg" style="width: 100%;"><br></p><p><br></p><p><b><span style="font-size: 18px; color: rgb(0, 0, 255);">QUAL SUA MAIOR SAUDADE DO PIAUÍ?</span></b></p><p><span style="font-size: 18px;">Tinha muita saudade de tudo, do acolhimento, das pessoas, das amizades e de conhecer todos os vizinhos. Em São Paulo, na capital, o que faz sentir muita falta do Piauí &eacute; a amizade dos vizinhos. Aqui, a gente mora um ano ou 10 anos no mesmo endereço, e não conhecemos a vizinhança.</span></p><p><span style="font-size: 18px;">Normalmente as pessoas nem falam bom dia entre si, &eacute; sempre uma correria. Atualmente moro em Ribeirão Preto, interior do estado. Aqui eu at&eacute; que me sinto melhor devido ao clima, que &eacute; bem parecido com o do Piauí, &eacute; bastante quente e seco. Mas quando morei na capital paulista, minha saudade era constante. Sempre tinha vontade de voltar a morar no meu estado. Então, eu acho que minha maior saudade &eacute; o aconchego, o acolhimento e amizade dos vizinhos.</span></p><p><span style="font-size: 18px;"> </span></p><p><span style="font-size: 18px;">Apesar de não ter mais pai e mãe vivos, sinto saudade dos demais familiares, das pessoas, do lugar, da liberdade, porque quando eu morava no Piauí, era livre, havia uma sensação de liberdade enorme. Você podia andar a qualquer hora da noite, e todos se conheciam e se cumprimentavam. Então, a gente era livre. Por aqui, essa liberdade não existe. Vivemos atrás de grades, em casas fechadas, e sempre preocupados em trancar tudo. </span></p><p><span style="font-size: 18px;">Na minha cidade onde vivia na juventude era uma cidade onde se andava a qualquer hora, e não havia perigo algum. Disso eu tenho mais saudade, das pessoas se cumprimentarem, se conhecerem, ir um na casa do outro, fazer visitas a qualquer hora, e a questão da liberdade.</span></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1618_ae8961e7f8cff502047367358c1570d3.jpg" style="width: 100%;"><br></p><p> </p><p><br></p><p><b><span style="font-size: 18px; color: rgb(0, 0, 255);">FALE UM POUCO SOBRE SUAS EXPERIÊNCIAS DE VIDA, COSTUMES, NOVAS AMIZADES, HIST&Oacute;RIAS NO PIAUÍ.</span></b></p><span style="font-size: 18px;"> </span><p><span style="font-size: 18px;">Tenho muita saudade dos costumes, da culinária, das coisas que comíamos. O cuscuz, o beiju, que &eacute; chamado de tapioca em terras paulistas. Eu estou resgatando para que minhas netas possam conhecer a culinária piauiense. Minha irmã trouxe um capote outro dia e eu fiz, para que elas conheçam algumas comidas típicas do nosso Piauí.</span></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1618_62eb698df5b7c8cc6aef0bfd34422030.jpg"><br></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1618_11f653472cd68635725f60a3ba17d198.jpg" style="width: 100%;"><br></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1618_48f47fb999a45da195c3e4820d1d513a.jpg" style="width: 100%;"><br></p><p><br></p><p><b><span style="font-size: 18px; color: rgb(0, 0, 255);">O QUE LEVOU VOCÊ A SAIR DO PIAUÍ?</span></b></p><p><span style="font-size: 18px;">Eu não vim para São Paulo com a intenção de morar. A primeira vez que viajei para cá foi por questões de saúde, estava em busca de um tratamento. Isso no início dos anos 1980. Fiquei na capital durante um ano realizando esse tratamento. S&oacute; que me apaixonei pelas terras paulistanas, pois criei uma ilusão de que as pessoas eram bonitas, pr&oacute;speras, que dava para ganhar muito dinheiro, que era legal, que as pessoas conseguiam trabalhar e ter uma boa estabilidade.</span></p><p><span style="font-size: 18px;">Tinha 17 para 18 anos. Aí nesse ano que fiquei em Sampa, não trabalhei, apenas fiz meu tratamento e eava pela cidade. Meus tios me levavam em vários lugares legais. Daí, criei essa ilusão já mencionada. Depois desse período que estive por lá, regressei ao Piauí. Ao chegar em minha terra não conseguia mais viver por aí, já que aquela ilusão estava muito forte em minha cabeça. Eu queria voltar para São Paulo a qualquer custo.</span></p><p><span style="font-size: 18px;">Lembro que tive de criar várias confusões, várias coisas para retornar &agrave; terra da garoa. Quando regressei a São Paulo, fui enfrentar a realidade que não tinha em mente. Várias coisas aconteceram. Tive que tomar conta da minha pr&oacute;pria vida, trabalhando e procurando sobreviver. Depois que completei 20 anos &eacute; que conheci a realidade, que eu me toquei de ter que morar sozinha, me virar para pagar aluguel.</span></p><p><span style="font-size: 18px;"> </span></p><p><span style="font-size: 18px;">Foi uma confusão. Mas graças a Deus, at&eacute; hoje estou morando em São Paulo, s&oacute; que na cidade de Ribeirão Preto. Mas o que me trouxe para cá foi a questão da ilusão, do sonho de que São Paulo era uma cidade maravilhosa, pr&oacute;spera, muito bonita, que tudo &eacute; fácil. S&oacute; que não &eacute; nada fácil. Trabalha-se muito e gasta-se muito.</span></p><p> <img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1618_e5d5e2ea16964fbc79e8e495cf7a3240.jpg" style="width: 100%;"></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1618_66b8623fd67bd4832d7c6a0d799cd92e.jpg" style="width: 100%;"><br></p><p><b><span style="font-size: 18px; color: rgb(0, 0, 255);">COMO &Eacute; A CIDADE EM QUE VOCÊ VIVE HOJE?</span></b></p><p><span style="font-size: 18px;">Nunca tive muitas amizades em São Paulo. At&eacute; que me mudei para o interior em 1987, e por aqui, tenho muitas hist&oacute;rias boas a contar. Morei durante três anos em uma cidade chamada Monte Alto, e depois me mudei para Ribeirão Preto, no ano de 1992. Ribeirão foi a cidade que mais me acolheu, onde vivi uma vida melhor, mais saudável e mais livre. Constituí muitas amizades. Minhas três filhas estudaram em boas escolas. </span><span style="font-size: 18px;">Aqui eu pude ter um pouco mais de paz e de sossego. Essa cidade &eacute; bem evoluída, uma pequena metr&oacute;pole com 1,1 milhão de habitantes, baseado em dados estatísticos. Minhas filhas se formaram aqui tamb&eacute;m. Uma estudou na USP de Ribeirão e na Faculdade de Ribeirão Preto. E at&eacute; hoje, estamos tranquilos por aqui. Uma cidade muito boa para se estudar e trabalhar. Al&eacute;m do povo bastante acolhedor.</span></p><p><span style="font-size: 18px;"> </span></p><p><span style="font-size: 18px;">Quando eu me mudei para Ribeirão Preto, fiquei um pouco assustada, porque era tudo novo. Tive que recomeçar minha vida. Já tinha filhos pequenos. Entretanto, não tenho nenhuma experiência negativa. Por aqui, s&oacute; coisas boas! Fui morar em uma travessa onde podíamos fechar as entradas dela para as crianças brincarem; e um grupo de mulheres se reunia para cuidar dessas crianças em determinados horários, com revezamentos, para que elas pudessem brincar sossegadas. Então, minha experiência &eacute; muito boa. Atualmente trabalho como costureira em casa, mas já fui vendedora de m&oacute;veis, assistente de sala em uma escola infantil e vendedora de roupas.</span></p><p> <img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1618_7374c5935e3fcd636263bc4906d4ad8b.jpg" style="width: 100%;"></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1618_c7216f141d57a1557f1b8c196a98286f.jpg" style="width: 100%;"><br></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1618_1a96a4242bcd50bb110b28ac4188db32.jpg" style="width: 100%;"><br></p><p><b><span style="font-size: 18px; color: rgb(0, 0, 255);">O QUE &Eacute; O PIAUÍ PARA VOCÊ? PRETENDE VOLTAR OU S&Oacute; EAR?</span></b></p><p><span style="font-size: 18px;"> </span></p><p><span style="font-size: 18px;">Eu morro de vontade de, na minha velhice, voltar a morar no Piauí, em Anísio de Abreu, minha cidade. Entretanto, acho que isso não acontecerá porque minha família já criou raízes aqui em Ribeirão Preto; acho meio difícil retomar moradia no Piauí. Mas tenho muita vontade, sim. E sempre vou a eio. Há um ano estive em Anísio de Abreu, gosto demais. Amo Teresina e o Piauí. Mas voltar a morar acho que não vai rolar. S&oacute; acontecerá se for por um milagre. Tenho tanta saudade do Piauí, que estou fazendo um curso para aprender a tocar sanfona.</span></p><p> <img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1618_bb91cc27dab2dd5a78b0dbea3096b8a4.jpeg" style="width: 100%;"></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1618_e4f7a0587554587ed194ed74113f2dda.jpg" style="width: 100%;"><br></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1618_fe33c818ddd8aeb010c7a508e51adc83.jpeg" style="width: 100%;"><br></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1618_ab840f7dae675853747a1362a3669c9d.jpeg" style="width: 100%;"><br></p><p> </p>]]> <![CDATA[&lt;p&gt;&lt;span style=&quot;font-size: 18px;&quot;&gt;A piauiense Dinailma Oliveira, mais conhecida como Din&aacute;, nasceu e viveu a inf&acirc;ncia e adolesc&ecirc;ncia em An&iacute;sio de Abreu. H&aacute; 30 anos foi para S&atilde;o Paulo em busca de um tratamento de sa&uacute;de e terminou se apaixonando pelas terras paulistanas. &lt;/span&gt;&lt;/p&gt;&lt;p&gt;&lt;span style=&quot;font-size:...]]> Médico Cubano w5s que retornou a seu país, diz que sua maior saudade do Piauí é do povo que fez ele ficar bem /blog/eitasaudadedopiaui/28-medico-cubano-que-retornou-a-seu-pais-diz-que-sua-maior-saudade-do-piaui-e-do-povo-que-fez-ele-ficar.html <![CDATA[Eita Saudade do Piauí!]]> /blog/eitasaudadedopiaui/28-medico-cubano-que-retornou-a-seu-pais-diz-que-sua-maior-saudade-do-piaui-e-do-povo-que-fez-ele-ficar.html Tue, 23 Nov 2021 08:45:41 -03 <![CDATA[<p><span style="font-size: 18px;">O m&eacute;dico cubano Alexis Rodríguez Hung, natural de Holguín, cidade paradisíaca, de belas praias e muita beleza, concedeu entrevista exclusiva para o portal. Ele disse que não vê a hora de voltar ao Piauí. Atuou no Programa "Mais M&eacute;dicos", de 2016 a 2018, no município de Beneditinos, na Grande Teresina, durante um ano. Ap&oacute;s o período, foi remanejado para o Rio Grande do Norte.</span></p><p><span style="font-size: 18px;"><br></span><br></p><p></p><p><span style="font-size: 18px; font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 255);">QUAL SUA MAIOR SAUDADE DO PIAUÍ?</span></p><p>A minha consideração em relação &agrave;s pessoas do Piauí &eacute; muito grande. Tenho muita saudade daquelas pessoas que ficaram interagindo com a gente, que sempre falavam: "Você &eacute; o máximo, &eacute; 10". Obrigado a todos. Graças a eles que a gente ficou bem por lá, no Piauí. Eles nos ajudaram muito, eles foram como a minha segunda família, eles cuidaram muito bem de mim. A fala era tudo voltado para o entendimento, tudo certinho. Sempre foram assim, acompanharam muito a gente. O povo do Piauí &eacute; muito parecido com o povo cubano. Aquele calor... aquilo de ficar sempre perto da gente na hora que você precisa. No Piauí, parece que a gente não sentiu tanto a saudade dos nossos parentes.</p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1398_0898e4d873326a533ab7507cf028a712.jpeg"><br></p><p><br></p><p><span style="font-size: 18px; color: rgb(0, 0, 255); font-weight: bold;">FALE UM POUCO SOBRE SUAS EXPERIÊNCIAS DE VIDA, COSTUMES, NOVAS AMIZADES, HIST&Oacute;RIAS NO PIAUÍ.</span></p><p>No tempo em que estive no Brasil foi muito bom. Todas as minhas experiências profissionais e de amizades que eu trouxe de lá, a maioria aconteceram na região Nordeste, principalmente no Piauí. No caso relacionado &agrave; questão do costume, digo o seguinte: Aquela cultura e a forma da alimentação, a tradição do churrasco, que tamb&eacute;m fazemos em Cuba, são encantadores. Lembro muito disso. Aquela questão das carnes de porco e de gado e da celebração sempre com cerveja. A tradição do milho verde eu achei muito interessante, muito bom, muito parecido com o nosso costume em Cuba.</p><p><br></p><p><span style="font-size: 18px; color: rgb(0, 0, 255); font-weight: bold;">PRETENDE VOLTAR A MORAR NO PIAUÍ OU S&Oacute; VEM A EIO?</span></p><p>Eu pretendo voltar para o Brasil, se for desejo do governo cubano, se eles nos mandarem novamente para lá. Quero sim voltar, mas ficar lá, s&oacute; pelo tempo que o governo determinar, porque tamb&eacute;m tenho pessoas aqui que precisam da gente. Eu posso ir de f&eacute;rias, ar um tempo por lá, mas quero sempre voltar para Cuba. Esta &eacute; minha terra, mas para sempre vou levar as duas no meu coração - Brasil e Cuba.</p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1398_996d090345f877e0f019ab683d58de3f.jpeg"><br></p><p><span style="color: rgb(0, 0, 255); font-size: 18px;"><br></span></p><p><span style="color: rgb(0, 0, 255); font-size: 18px; font-weight: bold;">O QUE &Eacute; O PIAUÍ PARA VOCÊ?</span></p><p>Para mim, o Piauí &eacute; a minha segunda casa. Aquele povo que fez atendimento com a gente &eacute; a minha segunda família, a minha família do Brasil. Eu tenho muito que agradecer a vocês piauienses e brasileiros. Confesso que ainda hoje tenho saudade de tudo no Piauí, no Nordeste e no Brasil, um país lindo. Tudo o que tenho hoje tem a ver com o Piauí, com o Brasil, com vocês. Para mim, &eacute; bom, &eacute; o máximo, &eacute; 10! Eu apoio a causa de vocês 100%. Assim que precisar, conte com a gente. Para mim, o Piauí &eacute; a minha segunda Cuba. Muito amor!</p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1398_ed0e7b6081d19ac90aed401544c3d963.jpeg"><br></p><p><br></p><p><span style="font-weight: bold; font-size: 18px; color: rgb(0, 0, 255);">QUAL SUA PERCEPÇÃO SOBRE O POVO PIAUIENSE?</span></p><p>Outra coisa que achei muito parecido no Piauí com Cuba foi a situação que vivenciei na igreja cat&oacute;lica. &Eacute; at&eacute; engraçado porque lembro que uma vez assisti a uma missa em um domingo na catedral de Teresina. Aí todo mundo rezava a oração do padre, mas eu rezava a mesma missa s&oacute; que em espanhol, porque o meu português não dava para falar tudo do jeito que vocês falam. Aí, o pessoal do lado olhava para mim como se tivesse falando "Oxente"!</p><p>Então, era engraçado porque a mesma coisa que o padre falava em português eu falava em espanhol. Mas tive que rezar toda a missa em espanhol, e acho que at&eacute; o padre achou engraçado. Aí no final a gente falou com o vigário. Então, essa foi uma das vezes que tive a oportunidade de ter esse encontro religioso, cultural e, de certa forma, humorístico.</p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1398_cd15e2858480ab054b38d4690541a4e2.jpeg"><br></p><p><br></p><p><span style="font-weight: bold; font-size: 18px; color: rgb(0, 0, 255);">O QUE VOCÊ TEM A DIZER SOBRE A PAISAGEM DO PIAUÍ?</span></p><p>De forma geral, eu achei a cultura do Nordeste e do Piauí parecidas com a nossa cultura, que &eacute; a cultura do povo de tratar bem um forasteiro. O acolhimento no Piauí foi o máximo, foi 10. Eu achei tamb&eacute;m muito parecida a paisagem de lá com a nossa paisagem, e o clima tamb&eacute;m. Então, por isso que a gente ficou mais &agrave; vontade e não sentiu tanta saudade da nossa terra. Eu achei muito interessante. Geralmente, a gente acha que quando vai a outro país, o pessoal não está nem aí. Mas foi tudo o contrário. N&oacute;s cubanos, que ficamos no Piauí, sempre tivemos aquela opinião de que aí era a nossa segunda casa.</p><p><br></p><p><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 255); font-size: 18px;">QUE COISAS DO PIAUÍ VOCÊ NÃO TROCARIA JAMAIS?</span></p><p>O que eu não trocaria do Piauí &eacute; o costume de vocês de ficar em família, de acolhimento sempre ao pessoal que chega de fora. Tamb&eacute;m, o hábito de vocês fazerem reuniões aos fins de semana, organizar esse encontro. As tradições religiosas que vocês têm. São muito parecidos com a gente. Por isso que ficamos &agrave; vontade no Piauí. Os piauienses são muito parecidos com a gente, entende?</p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1398_23737b4360b9ec77b1bff6533c37e1fd.jpeg"><br></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1398_1ffa6697f14b5516f50a33090b146da0.jpeg"><br></p><p><br></p><p></p><p><span style="color: rgb(0, 0, 255); font-size: 18px; font-weight: bold;">O QUE LEVOU VOCÊ A VIR MORAR NO PIAUÍ?</span></p><p>O que nos levou a morar no Piauí foi, inicialmente, o chamado que o então governo Lula fez a Cuba, já que o Brasil precisava de ajuda m&eacute;dica. Então, aqui em Cuba, desde criança, somos ensinados que onde precisar, a gente vai e faz atendimentos. &Eacute; um juramento m&eacute;dico que fizemos. Onde quer que tenha uma pessoa doente que o governo nos chame para prestar ajuda, a gente vai, sendo aqui ou em outro país. Aí a gente foi lá prestar ajuda pessoalmente. Achei interessante conhecer outra cultura, outro país, outro povo, e ter mais uma experiência de trabalho. Foi muito bom por essa parte. Al&eacute;m disso, o Brasil &eacute; muito lindo, tem muitas paisagens, uma cultura muito parecida com a nossa. N&oacute;s estudamos como eram vocês, e a gente achou que &eacute;ramos muito parecidos, que ia dar certo. Então, decidimos morar lá por isso.</p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1398_8d7fc271d1c431f17dc1ff7f7d0b58f3.jpg"><br></p><p><br></p><p><span style="font-weight: bold; font-size: 18px; color: rgb(0, 0, 255);">QUAIS AS LEMBRANÇAS E HIST&Oacute;RIAS MAIS MARCANTES QUE TEVE NO PIAUÍ?</span></p><p>Eu lembro quando cheguei ao Piauí. A primeira coisa que perguntei para as meninas da coordenação do programa Mais M&eacute;dicos foi: "Tem praia aqui?". Elas ficaram sorrindo, e falaram que no município não havia praia. Aí a gente ficou um pouco triste com aquilo, porque aqui em Cuba tem praia demais. Então, foi a primeira coisa que eu tentei entender: como ia ser não enxergar uma praia, meu Deus? Imaginei que ia ser um pouco ruim, mas foi uma experiência muito boa.</p><p></p><p>Uma das experiências que tive lá foi quando conheci o ex-presidente Lula. Eu estava em Teresina com amigos que fazem parte do PT, então eles falaram que se eu quisesse, me levariam ao Teresina Hall, onde Lula estava. Lembro que foi em um domingo (visita de Lula a Teresina foi em setembro de 2017). Então, a gente foi. Eu, de início, não acreditava que o ex-presidente estava lá, mas deu certo. Ele estava muito contente. Aí estava todo mundo lá em cima do palco falando com ele, e eu estava embaixo na aglomeração com o público.</p><p>At&eacute; que uma pessoa da equipe de um jornal nos reconheceu, pois eu tinha falado que era do Programa Mais M&eacute;dicos. Aí eles acharam que era interessante que eu falasse com o Lula. Então eu gostei. Aí logo que falaram da gente, fomos ao seu encontro, agradecemos pelo programa e amos a nossa mensagem, a mensagem do povo cubano a Lula e ao PT, e que ele tem todo nosso apoio sempre. O encontro com o Lula foi muito bom.</p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1398_4aa9e3c378111aa66e40157db9cba335.jpeg" style="width: 100%;"><br></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1398_0871e6302e321203fda7c67317b90bfe.jpeg" style="width: 100%;"><br></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1398_2f09617e6ad0d14ecba2a3e88247b892.jpg" style="width: 100%;"><br></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1398_aa0bb0ac1130880dc52055b13dea7008.jpg" style="width: 100%;"><br></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1398_538c89bc7a7a11b4b55d51263c616b8c.jpeg"> </p>]]> <![CDATA[&lt;p&gt;&lt;span style=&quot;font-size: 18px;&quot;&gt;O m&amp;eacute;dico cubano Alexis Rodr&iacute;guez Hung, natural de Holgu&iacute;n, cidade paradis&iacute;aca, de belas praias e muita beleza, concedeu entrevista exclusiva para o portal. Ele disse que n&atilde;o v&ecirc; a hora de voltar ao Piau&iacute;. Atuou no Programa &quot;Mais M&amp;eacute;dicos&quot;, de 2016 a 2018, no munic&iacute;pio de Beneditinos, na Grande...]]> <![CDATA[Fotos cedidas pelo médico cubano Alexis]] 4v2b26 "Minha maior saudade é do abraço piauiense" 59683l diz jornalista do Piauí que mora no Rio de Janeiro /blog/eitasaudadedopiaui/26-minha-maior-saudade-e-do-abraco-piauiense-diz-jornalista-do-piaui-que-mora-no-rio-de-janeiro.html <![CDATA[Eita Saudade do Piauí!]]> /blog/eitasaudadedopiaui/26-minha-maior-saudade-e-do-abraco-piauiense-diz-jornalista-do-piaui-que-mora-no-rio-de-janeiro.html Fri, 12 Nov 2021 06:43:56 -03 <![CDATA[<p>A jornalista Larissa Machado &eacute; piauiense. Aquariana, ela se auto intitula "Filha da Chiquita Bacana" em referência &agrave; canção de mesmo nome do cantor e compositor baiano, Caetano Veloso.</p><p>Ama o carnaval e tudo o que traz alegria. Atualmente, trabalha como assessora de comunicação no âmbito da agricultura familiar no Rio de Janeiro. Companheira de Rodrigo Dias, mãe da Maria Valentina (11) e do Felipe (01). Lava louça ouvindo Gipsy Kings, Olodum, Banda Relexu's, Belchior, Noite Ilustrada, Nat King Cole e mais uma salada musical! Sua maior paixão &eacute; a dança!</p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1046_aec16cc9bf218dbcb3fb386ead9d9ad1.jpeg" style="width: 690px;"><br></p><p><span style="font-weight: bold;"><span style="color: rgb(0, 0, 255);"><span style="font-size: 18px;"><br></span></span></span></p><p><span style="font-weight: bold;"><span style="color: rgb(0, 0, 255);"><span style="font-size: 18px;">QUAL SUA MAIOR SAUDADE DO PIAU</span></span><span style="font-size: 18px;"><span style="color: rgb(0, 0, 255);">Í?</span></span></span></p><p>Minha maior saudade &eacute; do abraço piauiense. Quem nasce no Piauí já traz consigo o dom do melhor abraço. &Eacute; dentro dele onde me sinto segura, amada, reconhecida como ser humano. Quando um piauiense abraça, tenha certeza que &eacute; um ato legítimo; &eacute; de verdade! E disso, tenho muita saudade!</p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1046_5671ed7047c8257da5638a9bd1b26424.jpeg" style="width: 690px;"><br></p><p><b><span style="font-size: 18px; color: rgb(0, 0, 255);"><br></span></b></p><p><b><span style="font-size: 18px; color: rgb(0, 0, 255);">QUE COISAS DO PIAUÍ VOCÊ NÃO TROCA JAMAIS?</span></b></p><p>Eu não troco os amigos piauienses por nada. Os meus amigos são os melhores do mundo! Tamb&eacute;m não troco nossa culinária tão bem representada por delícias como a maria isabel, o baião-de-dois, a carne de sol, o bolo frito, o caranguejo mais saboroso das galáxias. A manga rosa doce feito mel. Nada melhor para se refrescar debaixo desse calor tão nosso quanto uma cajuína geladinha.</p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1056_757118655a5bec046d8be990b1910d87.jpeg" style="width: 690px;"><br></p><p> </p><p><b style="color: rgb(0, 0, 255);"><span style="font-size: 18px;"><br></span></b></p><p><b style="color: rgb(0, 0, 255);"><span style="font-size: 18px;">O QUE LEVOU VOCÊ A MORAR EM OUTRO ESTADO?</span> </b></p><p>Morar fora do Piauí nunca foi um desejo, um pensamento. Pelo contrário. Sempre me reconheci feliz no meu estado. Acontece que o destino nos prega peças. Comecei a namorar um carioca e a coisa foi ficando cada vez mais s&eacute;ria. </p><p>Por conta das nossas agendas, nos encontrávamos em tudo que era cidade do Brasil e de maneira bem espaçada. At&eacute; que ficou insustentável e decidimos morar juntos. Eu e minha filha, Maria Valentina, &agrave; &eacute;poca com nove anos, nos mudamos em janeiro de 2019 para o Rio de Janeiro, onde moramos atualmente.</p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1046_b935ebea2c0e971c2b0f7daef0552d6e.jpeg" style="width: 690px;"><br></p><p><b style="color: rgb(0, 0, 255);"><span style="font-size: 18px;"><br></span></b></p><p><b style="color: rgb(0, 0, 255);"><span style="font-size: 18px;">FALE UM POUCO SOBRE SUAS EXPERIÊNCIAS DE VIDA, COSTUMES, NOVAS AMIZADES, ESCOLAS PARA OS FILHOS.</span></b></p><p>Mudar para um estado onde não se conhece ningu&eacute;m &eacute;, no mínimo, desafiador. Me vi recomeçando a vida quase do zero. Por sorte, destino, ou sei lá o quê, consegui um trabalho no Rio dois meses depois da mudança; o que me encheu de esperança de que tudo daria certo. Eu tinha tamb&eacute;m muito receio de como seria a adaptação da minha filha, onde estudaria e tantas outras questões envolvidas no ato de recomeçar. Pois bem. Mais uma vez, por sorte, destino, ou sei lá o quê, consegui uma excelente bolsa para Maria Valentina estudar em uma escola tradicional que, "por coincidência", fica bem na frente do pr&eacute;dio onde moramos. Acredita? </p><p>Depois disso, entendi que quando Deus planeja algo, isso inclui o percurso inteiro. Minha filha começou a estudar e fez mais amizades do que já havia feito em toda sua vida morando em Teresina. Se adaptou superbem e já está at&eacute; chiando como os cariocas (risos). Sobre minhas amizades aqui, ainda estou em um movimento meio tímido.</p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1046_93bf32b8f12f22f74c393decdcf875d9.jpeg" style="width: 690px;"><br></p><p> </p><p><b style="color: rgb(0, 0, 255);"><span style="font-size: 18px;"><br></span></b></p><p><b style="color: rgb(0, 0, 255);"><span style="font-size: 18px;">PRETENDE VOLTAR A MORAR NO PIAUÍ OU S&Oacute; A EIO?</span></b></p><p>Ainda não pensei sobre isso, mas o Piauí &eacute; minha casa. Se algum dia, por alguma razão, não morar mais aqui, certamente, voltarei para o meu lugar. No momento, vou s&oacute; a eio, mas s&oacute; de pensar em talvez um dia voltar a morar no Piauí, meu olho já brilha.</p><p><br></p><p><b style="color: rgb(0, 0, 255);"><span style="font-size: 18px;">VOCÊ DEIXOU ALGUM ANIMAL DE ESTIMAÇÃO EM TERESINA OU ADOTOU ALGUM DEPOIS QUE CHEGOU AÍ?</span></b></p><p>Não. Nem deixei em Teresina, nem adotei aqui. Criar um animal requer muita responsabilidade material e emocional. Sempre trabalhei muito e, por receio de não corresponder &agrave;s necessidades deles, não os tinha. Aqui no Rio, &eacute; a mesma questão, acrescida a outra. Não &eacute; permito ter animais de estimação no apartamento onde moro.</p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1046_3db63844f22193e7d414bd6068d008ca.jpeg" style="width: 690px;"><br></p><p><b style="color: rgb(0, 0, 255);"><span style="font-size: 18px;">O QUE &Eacute; O PIAUÍ PARA VOCÊ?</span></b></p><p>No Dia do Piauí deste ano, fiz um poema dizendo como vejo meu estado. Olha s&oacute;!</p><p><br></p><p><b><span style="font-size: 18px; color: rgb(0, 0, 255);">AMOSTRADO</span></b></p><p>Deito e olho o contorno do seu corpo.</p><p>O trajeto da minha visão desenha uma meia.</p><p>São tantas curvas e tamb&eacute;m retas</p><p>Nos vaiv&eacute;ns da sua vida.</p><p>Dunas, mares, rios</p><p>Verde e tamb&eacute;m aridez no solo,</p><p>Mas nunca no peito.</p><p>Tem vento gerando energia</p><p>E sol que produz luz tamb&eacute;m.</p><p>A maciez das tuas águas</p><p>Se contrapõe ao ardor dos teus raios logo cedo.</p><p>&Eacute;s a mordida suculenta na fruta colhida &agrave; mão</p><p>Quando debaixo de cada sorriso mostra tua força</p><p> </p><p>Sem nunca perder a doçura e o tesão de ser quem &eacute;!</p><p><br></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1056_b049e40634f9c0275fb62ca2fd582687.jpeg" style="width: 690px;"><br></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1046_794c8f35004a7b8dc50b86b54993d1c1.jpeg" style="width: 690px;"><br></p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/1046_e914891f1b045e487f8229063c9fb25c.jpeg" style="width: 690px;"> </p>]]> <![CDATA[&lt;p&gt;A jornalista Larissa Machado &amp;eacute; piauiense. Aquariana, ela se auto intitula &quot;Filha da Chiquita Bacana&quot; em refer&ecirc;ncia &amp;agrave; can&ccedil;&atilde;o de mesmo nome do cantor e compositor baiano, Caetano Veloso.&lt;/p&gt;&lt;p&gt;Ama o carnaval e tudo o que traz alegria. Atualmente, trabalha como assessora de comunica&ccedil;&atilde;o no &acirc;mbito da agricultura familiar no Rio de Janeiro....]]> “Eita Saudade do Piauí” 4i1i10 diz piauiense que foi embora para estudar e trabalhar e hoje mora no Japão /blog/eitasaudadedopiaui/25-eita-saudade-do-piaui-diz-piauiense-que-foi-embora-para-estudar-e-trabalhar-e-hoje-mora-no-japao.html <![CDATA[Eita Saudade do Piauí!]]> /blog/eitasaudadedopiaui/25-eita-saudade-do-piaui-diz-piauiense-que-foi-embora-para-estudar-e-trabalhar-e-hoje-mora-no-japao.html Wed, 10 Nov 2021 10:21:21 -03 <![CDATA[<p>O Portal O Piauí.com &eacute; um produto de comunicação com a cara do Piauí e voltado para públicos variados, abraçando o prop&oacute;sito de dar maior relevo &agrave; criatividade dos piauienses. </p><p>&Eacute; baseado numa visão de neg&oacute;cio que traz para a cena tudo que &eacute; invisível diante da grande mídia e dos portais de notícias tradicionais. </p><p>O portal traz para o centro o compromisso com o Piauí e com os públicos e segmentos ditos <b>invisíveis</b>. Tem embutido vários aspectos relevantes, dentre eles, o amor do piauiense por sua terra, o resgate das tradições culturais do povo, a valorização do que &eacute; nosso e das nossas belezas. </p><p>Assim, inicia hoje a publicação de uma s&eacute;rie de entrevistas com piauienses que foram embora para outros Estados e para o exterior, mas que ainda amam muito o Piauí, sentem muita saudade e vontade de voltar.</p><p><br></p><p><b><span style="font-size: 18px; color: rgb(0, 0, 255);">VEJA A ENTREVISTA DA RITA LÂNDIA, UMA PIAUIENSE NO JAPÃO</span></b></p><p>Rita Lândia &eacute; piauiense de Anísio de Abreu, no corredor ecol&oacute;gico entre os parques nacionais das Serras da Capivara e das Confusões. Ela foi embora para São Paulo há mais de 20 anos em busca de estudo e trabalho. &Eacute; formada em Direito e Arquitetura. Atualmente mora no Japão com o marido, que &eacute; descendente de japoneses, e os dois filhos. A família tem empresa de consultoria jurídica e academia de artes marciais.<b><br></b></p><p></p><figure class="img-legenda"><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/951_9ac9b7cd97e10c8f420c6e017023bf48.jpg" style="width: 701px;"><figcaption class="img-legenda-texto">RITA LÂNDIA COM O ESPOSO E OS DOIS FILHOS. O CASAL TEM DUPLA NACIONALIDADE</figcaption></figure><br><p></p><p><b style="color: rgb(0, 0, 255);"><span style="font-size: 18px;">QUAL SUA MAIOR SAUDADE DO PIAUÍ?</span></b><br></p><p>Eita! A saudade que tenho do meu Piauí &eacute; pra lá de grande! Fui embora para São Paulo há mais de 20 anos, mas já voltei várias vezes a eio, então já começo a lembrar das conversas na calçada com as amigas, de toda a família junta, das visitas &agrave; casa da v&oacute; e das tias. </p><p>Sinto saudades de toda a geografia, que &eacute; realmente deslumbrante. A natureza do Piauí &eacute; linda. As praias, cachoeiras e rios são belíssimos. Na região em que nasci e me criei tem os parques Serra da Capivara e Serra das Confusões, os museus do Homem Americano e da Natureza, que são verdadeiros espetáculos. O Piauí tem, realmente, um aspecto natural muito diferente dos demais Estados brasileiros. A culinária do Piauí &eacute; encantadora, muito rica e diversificada. Tenho saudade do carneiro ao molho, do bode assado na brasa, da galinha caipira com arroz, do cuscuz com ovo, do leite de cabra, do milho assado, da pamonha, do umbu, da umbuzada, do feijão verde e paçoquinha. </p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/951_f0b529e8db9404b1f91ee28fc1aa9008.jpeg" style="width: 701px;"><br></p><p><b><br></b></p><p><b style="color: rgb(0, 0, 255);"><span style="font-size: 18px;">O QUE LEVOU VOCÊ A MORAR FORA?</span></b></p><p>O desejo de realizar alguns sonhos foi o que me levou &agrave; cidade de São Paulo. Eu sonhava ter melhor o aos estudos pois há vinte e poucos anos em minha cidade, Anísio de Abreu, a mais de 500 quil&ocirc;metros de Teresina, isso estava muito . Agora sei que está fácil, tem escolas boas, universidades estaduais, ensino &agrave; distância, mas antes, não era assim. Então, a gente ouvia que em São Paulo as oportunidades de emprego e uma boa estrutura educacional eram mais íveis. Cursar o ensino superior e ter um trabalho era o começo de uma vida.</p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/951_22a1de03ccccddd63c40ea0760ae219d.jpeg" style="width: 701px;"><br></p><p><b style="color: rgb(0, 0, 255);"><span style="font-size: 18px;"><br></span></b></p><p><b style="color: rgb(0, 0, 255);"><span style="font-size: 18px;">CONSEGUIU REALIZAR O SONHO?</span></b></p><p>Sim. Cursei Direito e Arquitetura. Trabalhei em minha área por algum tempo em São Paulo. Constitui família. E em 2016, viemos para o Japão. Meu esposo &eacute; descendente de japoneses e já tinha morado no Japão. O pai dele chegou ao Brasil com os pais logo ap&oacute;s a segunda Guerra Mundial. Eles viram de perto o horror da guerra, principalmente porque o Japão havia sido derrotado.</p><p><br></p><p> </p><p><b style="color: rgb(0, 0, 255);"><span style="font-size: 18px;">COMO FORAM AS EXPERIÊNCIAS EM OUTRO ESTADO EM RELAÇÃO A COSTUMES, AMIZADES E FAMÍLIA?</span></b></p><p>Em relação &agrave;s experiências fora do meu estado, no início foram complicadas. Em São Paulo, de cara, senti um choque. Era tudo muito diferente do Piauí, principalmente a cultura, a maneira de falar das pessoas, os costumes, o sotaque. Na escola, a gente se sentia um pouco excluída. Ouvia comentários do tipo: "Nordestina... olha o sotaque dela! Veio buscar dinheiro para depois ir embora". </p><p>Isso foi há mais de 20 anos, e agora vejo que sofria o famoso bullying. As piadinhas ainda existem em relação aos nordestinos, mas as coisas estão mais bem definidas e as pessoas, mais esclarecidas. Naquela &eacute;poca, eu não ligava muito para o que os outros diziam. Não me importava. S&oacute; pensava que precisava estudar. Apesar de tudo, São Paulo &eacute; uma terra muita boa, oferece muitas oportunidades. Encontrei pessoas boas, acolhedoras e me deram muitas dicas importantes que me ajudam a viver melhor em qualquer lugar. </p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/951_19348a5b72745bac675474536fe2dbae.jpg" style="width: 701px;"><br></p><p><b><span style="font-size: 18px; color: rgb(0, 0, 255);"><br></span></b></p><p><b><span style="font-size: 18px; color: rgb(0, 0, 255);">PRETENDE VOLTAR A MORAR NO PIAUÍ?</span></b></p><p>O Piauí &eacute; a minha paixão! Mas, depois que constitui família e saímos de São Paulo para morar no Japão, o Piauí vai continuar sendo minha paixão, mas não tenho planos de voltar a morar na minha terra. Quero matar a saudade, indo a eio para rever a família, amigos e visitar os parques e curtir todas as belezas. Pela internet, consigo conversar com meus familiares e acompanhar algumas coisas que estão acontecendo no Piauí. </p><p>Levando em conta a estrutura que temos no Japão, como de empregos, segurança, saúde e educação, não vejo uma possibilidade de retorno ao Brasil. A estrutura aqui &eacute; muito completa no que diz respeito &agrave; educação, saúde, segurança, oportunidades de trabalho. </p><p>Estamos programando uma visita ao Brasil e ao Piauí, em breve. Quero mostrar para meus dois filhos a roda de São Gonçalo, que &eacute; uma dança tradicional da minha terra. Não sei se vou conseguir porque esta &eacute; uma dança e uma reza da &eacute;poca dos meus pais, tios e av&oacute;s, e muitos já faleceram e levaram consigo este costume. Quero que eles conheçam o Museu do Homem Americano, a Serra da Capivara, o Museu da Natureza, as praias do Piauí, a culinária, o artesanato, acho importante para que minha família entenda mais sobre nossa cultura e que conheçam mais as nossas origens.</p><p> <img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/951_0c7186c543768968a62aafbe85224b3c.jpeg" style="width: 480px;"></p><p><b><span style="font-size: 18px;"><br></span></b></p><p><b><span style="font-size: 18px; color: rgb(0, 0, 255);">COM O QUE NÃO SE ACOSTUMOU AINDA NO JAPÃO?</span></b></p><p>Não consegui ainda me acostumar com o Yamato, que &eacute; o idioma japonês. São três alfabetos: Hiragana, Katacana e Kandis. Consigo ler e escrever sobre coisas básicas. Estou estudando a língua e já consigo me comunicar com as pessoas. Entendo sobre o que estão conversando nas ruas e me viro bem nas compras. Quando sinto alguma dificuldade em relação &agrave; língua tamb&eacute;m consigo me comunicar em inglês.</p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/951_e87e3929ba33be5a38ebe8ffbbb6d15d.jpg" style="width: 540px;"><br></p><p><b><br></b></p><p><b style="color: rgb(0, 0, 255);"><span style="font-size: 18px;">QUAL A DICA PARA QUEM VAI PARA O JAPÃO?</span></b></p><p>Existem tradições e costumes que devem ser conhecidos antes de se viajar para o Japão. O país tem uma das sociedades mais avançadas do mundo, mas tamb&eacute;m uma das mais antigas e conservadores. Tem uma hist&oacute;ria construída ao longo de milênios e esse &eacute; o motivo pelo qual diversos elementos culturais são raros para quem habita nos países ocidentais.</p><p>O que mais me choca aqui &eacute; o que vou detalhar. No Japão, para cada situação existe uma forma de tratamento. Isso varia de acordo com a ocasião e, principalmente, com a classe hierárquica de uma pessoa. Por exemplo, o japonês acrescenta um sufixo aos sobrenomes, que mudam de acordo com a posição social, com a relação e com a idade da pessoa. Al&eacute;m disso, não podemos negar, existe muito preconceito em relação aos estrangeiros, como ocorre em outros países.</p><p><img src="/hf-conteudo/s/posts/2021/11/951_c5e5388aa29ed7048b330215d6b640c0.jpg" style="width: 701px;"><br></p><p><br> </p>]]> <![CDATA[&lt;p&gt;O Portal O Piau&iacute;.com &amp;eacute; um produto de comunica&ccedil;&atilde;o com a cara do Piau&iacute; e voltado para p&uacute;blicos variados, abra&ccedil;ando o prop&amp;oacute;sito de dar maior relevo &amp;agrave; criatividade dos piauienses. &lt;/p&gt;&lt;p&gt;&amp;Eacute; baseado numa vis&atilde;o de neg&amp;oacute;cio que traz para a cena tudo que &amp;eacute; invis&iacute;vel diante da grande...]]> <![CDATA[Rita Lândia com o esposo e os filhos no Japão]] 5oo3k Diretoria da Obra Kolping prestigia inauguração de cisternas no Quilombo Mimbó 1qe2t /blog/eitasaudadedopiaui/7-diretoria-da-obra-kolping-prestigia-inauguracao-de-cisternas-no-quilombo-mimbo.html <![CDATA[Eita Saudade do Piauí!]]> /blog/eitasaudadedopiaui/7-diretoria-da-obra-kolping-prestigia-inauguracao-de-cisternas-no-quilombo-mimbo.html Thu, 04 Nov 2021 10:13:06 -03 <![CDATA[<p>O evento de inauguração das 53 cisternas de placa de cimento no Quilombo Mimb&oacute;, em Amarante (PI), no último dia 28, contou com as participações de membros da diretoria da Obra Kolping do Piauí, com sede em Teresina, como o presidente Raimundo Ferreira, o vice-presidente João Arilson, que &eacute; prefeito de Lagoa do São Francisco, o diretor de comunicação Ant&ocirc;nio João e a diretora da Juventude Auri Cardoso.<br><br>Al&eacute;m das lideranças da comunidade, houve tamb&eacute;m as participações de beneficiários do projeto, representantes da Prefeitura de Amarante, vereadoras e vereadores do município, da ex-miss de Amarante e moradora do Mimb&oacute;, Leonarda Carvalho, e do pedagogo e agente comunitário da comunidade, Rodrigo Jos&eacute; Miranda de Brito, dentre outros. A vice-governadora Regina Sousa e a deputada federal Rejane Dias justificaram a ausência.<br><br>O presidente da Obra Kolping, Raimundo Ferreira, disse que o projeto das cisternas no Mimb&oacute; tem uma grande importância por ajudar as famílias a superarem o problema da falta de água nos períodos mais secos. Ele disse que ficou feliz em poder presenciar a alegria das pessoas diante dos benefícios alcançados e acrescentou que a Kolping mant&eacute;m a luta em defesa da inclusão social e da cidadania.<br><br>O vice-presidente da Kolping, João Arilson, falou que a inauguração das cisternas foi um momento de muita alegria para os moradores e tamb&eacute;m para a instituição que vem fazendo grande esforço na construção de parcerias que ajudam a manter os projetos de inclusão social durante a pandemia. Ele lembrou que o projeto das cisternas &eacute; fruto da ação conjunta firmada entre a Kolping Piauí, Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), a Associação Programa Um Milhão de Cisternas (AP1MC), F&oacute;rum Piauiense de Convivência com o Semiárido e o Minist&eacute;rio da Cidadania.<br><br>O coordenador estadual da Obra Kolping, Raimundo João da Silva, afirmou que a cisterna não &eacute; apenas mais um reservat&oacute;rio de captação de água das chuvas, mas um instrumento de transformação cidadã da vida das pessoas que convivem com o problema da falta de água nos períodos mais secos. Segundo ele, a família que tem uma cisterna em casa, a a ter mais tempo para cuidar da agricultura familiar e dos filhos. "O ato de se preocupar em buscar água em locais distantes tira o tempo que as famílias podiam ses dedicar em cuidarem melhor de suas roças e da educação dos filhos, por exemplo", acrescentou.</p><p><br></p><p>DEPOIMENTOS DE MORADORES<br><br>A moradora Idelzuita Paixão, que &eacute; beneficiária do projeto das cisternas, disse que &eacute; muito grata &agrave; Obra Kolping do Piauí pelo benefício e que tem a expectativa de que a instituição vai articular novos recursos para a construção de mais cisternas do Quilombo Mimb&oacute; que hoje tem em torno de 173 famílias. Segundo ela, ainda existem mais de 100 residências que precisam ser incluídas no projeto. "Com f&eacute; em Deus, a Kolping vai conseguir trazer mais cisternas para a nossa comunidade", acrescentou. Durante a inauguração, ela fez uma apresentação cultural para ressaltar a cultura viva do Mimb&oacute; cantando grandes clássicos da Música Popular Brasileira que exalta as lutas dos negros no Brasil contra a opressão, preconceito e a discriminação.</p><p>A ex-miss de Amarante, Leonarda Carvalho, que nasceu e se criou no Quilombo Mimb&oacute;, disse que o momento &eacute; de gratidão &agrave; Kolping do Piauí pelo fato da instituição ter voltado sua atenção para a comunidade que, há vários anos, vem sofrendo com o problema de escassez de água para o consumo. Ela lembrou que as cisternas vão suprir o problema da falta de água nas torneiras e evitar que as famílias sejam obrigadas a buscar água no Riacho Mimb&oacute; que fica distante e tem um percurso complicado por causa da longa subida.<br><br>O morador Edmilson Barbosa, que &eacute; beneficiário do projeto, falou que está muito feliz com a cisterna, de onde está tirando água de qualidade para fazer a comida, lavar os utensílios dom&eacute;sticos e &agrave;s vezes regar algumas plantas do quintal. Ele explicou que, antes do projeto, sua família sofria muito para conseguir água para o consumo. "A vida era assim: Ou esperava o carro-pipa ou ia buscar algumas latas d"água a uma longa distância, o que dava muita canseira. Agora, não, com esta beleza que temos agora, a nossa situação está bem melhor", falou Edmilson.</p><p><br></p><p>SITUAÇÃO DE DESABASTECIMENTO &Eacute; GRAVE</p><p><br></p><p>As famílias do quilombo enfrentam s&eacute;rias dificuldades de abastecimento de água. Atualmente os moradores recorrem a dois poços tubulares para ter água de beber e para usos dom&eacute;sticos. Quando estes secam, a opção &eacute; o Riacho Mimb&oacute; que fica distante das residências. Al&eacute;m disso, o percurso conta com uma ladeira que prejudica as famílias durante a obtenção da água para o consumo em suas residências.</p><p>No Semiárido do Piauí já foram construídas quase 68 mil cisternas para garantir o &agrave; primeira água, que &eacute; a água para consumo humano (beber e cozinhar prioritariamente). Com os cortes de orçamento federal que vem ocorrendo, o número de construções decaiu a cada ano, contabilizando 94% de queda nos últimos seis anos em toda região semiárida do Brasil. No estado do Piauí ainda há uma demanda de 47,17% para que as cisternas de primeira água sejam universalizadas. </p>]]> <![CDATA[&lt;p&gt;O evento de inaugura&ccedil;&atilde;o das 53 cisternas de placa de cimento no Quilombo Mimb&amp;oacute;, em Amarante (PI), no &uacute;ltimo dia 28, contou com as participa&ccedil;&otilde;es de membros da diretoria da Obra Kolping do Piau&iacute;, com sede em Teresina, como o presidente Raimundo Ferreira, o vice-presidente Jo&atilde;o Arilson, que &amp;eacute; prefeito de Lagoa do S&atilde;o Francisco, o diretor de...]]>